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quarta-feira, 24 de março de 2010

Do Fundo do Meu Coração (Roberto/Erasmo Carlos) X É mágoa (Ana Carolina)

Pra variar, o post dessa semana veio com atraso. Sete dias depois, eis-me aqui, terminando com mais uma espera do meu assíduo Edu. O tema é simples e complicado ao mesmo tempo. Não tem quem não tenha sentido e quem não tenha ouvido falar, mas o turbilhão de sensações que o tema nos faz sentir, aumentam a minha responsabilidade em algo tão frágil e difícil de abordar: a dor de um amor não resolvido. Ou o fim de um amor que urge em viver. Ou apenas, dor de cotovelo, se assim preferirem. Pra tal feitio, uso de “Do fundo do meu coração”, de Roberto e Erasmo - que aliás, fica belíssima na voz da Calcanhoto – e “É mágoa”, da intensa e sentimental Ana carol.

Falar desse tema é algo desafiador, pois exalta a parte hemorrágica que há em mim, que adora e necessita falar de dor de cotovelo, porque cada um tem uma visão tão diferente dos sofrimentos de amor,e é sempre bom ver uma situação por novos ângulos.

Começo meu ritual: leio as letras e começo ouvir as canções em pauta, e sangra pelos meus poros uma vontade de falar tanta coisa que me vem à mente e não consigo traduzir em palavras. Droga. No fim das contas, vou ser incompleta. Mas quando se trata de fim, é assim mesmo. Sempre nos sentimos amputados, faltando um pedaço vital nosso, que não entendemos como sobreviveremos sem.

Na letra de Roberto e Erasmo, o fim é tratado com lamentos e uma mágoa dolorida. É um alguém que se lamenta ainda amar e se entregar a um outro alguém, que pouco se importa com as feridas que abre nesse coração que ama sem receber amor. E essa pessoa, intensa, que ama e teme dizer seus sentimentos cada vez que é questionada sobre eles, esquece do seu orgulho, se sufoca em sua solidão, esquece o desprezo que sofreu e tenta novamente se entregar, achando que agora, será diferente. E percebe a estupidez quando o doce fica amargo e o sorriso do abandono é indiferente às cicatrizes que permanecem sangrando em sua alma.

Já Ana, não padece muda curtindo a sua dor. Ela grita. Ela tem raiva, mágoa viva, latejante em seus olhos coléricos, de quem tem pulsando dentro de si a vontade de se libertar de todo o mal que a indiferença aos nossos sentimentos nos faz sentir. Ela já diz de antemão, que está com três pedras na mão, portanto, que o semeador desses sentimentos passe longe. Ela diz que “só queria distância da nossa distância”, como quem quer distância de estar longe, porque sente saudades e quer ficar perto. E ao mesmo tempo, como quem quer distância disso tudo, porque não agüenta mais a situação e quer mesmo sair procurando uma contramão.

Ela sabe que cada um devia ficar na sua, mas quer, de toda forma, atingir quem a fez sofrer. E quando tenta fazer isso, se arrepende, por que lá no fundo do seu coração, teme acertar quem ela queria acertar. E quando vê que não dá em nada, percebe que não tem nenhum valor, porque não conseguiu acertar o coração. Pior que ter boca e não falar, ter olhos e não ver, é ter coração e nada sentir. E ela via um coração que era imune a qualquer atitude dela.

Ana, se vê como o alvo, de tanto que tinha sofrido. Na canção de Roberto, ele também se vê como alvo, carregando consigo as cicatrizes desse amor que o faz ficar ali, chorando a mesma dor e tendo que saber como é viver sem a pessoa amada. Ambos se sentem sós, um que tinha até a sua solidão na dela, outro, depois de tanta solidão, não querendo a volta nunca mais. Acabe com essa droga de uma vez, não volte nunca mais pra mim. E se eu for embora, não sou mais eu. Porque eu, nunca iria embora e te deixaria pra trás. Só que água de torneira não volta pelo ralo. E eu vou embora como ela. Adeus. Ponto final.

Será que com o fim decididamente decretado, tem-se a garantia do fim da dor lacerante?

A raiva, não ajuda em nada. Lamentar, muito menos. Porque nenhuma dessas alternativas é garantia de um coração mais leve e uma vida mais aliviada, se libertando dos fantasmas que tanto nos angustiam. Somos meros mortais, choramos água com sal. Mas o que tem uma importância relativa pra nós, fica guardado em um lugar especial, um lugar inatingível que não gostamos que seja afetado, nem destruído. E por isso, as dores demoram a se curar, porque não queremos nos libertar de tudo aquilo, porque a parte sonhadora que há em nós ainda acredita que um acontecimento extraordinário irá mudar o rumo das coisas e consertar os erros, fazendo a relação ser retomada de forma mágica.

Grandes acontecimentos milagrosos só acontecem em filmes água com açúcar, e a realidade é um pouco mais amarga que isso. E engorda um bocado, contraditoriamente. Uma relação não precisa apenas de amor, porque ele só não basta. Ela exige, sim, muito esforço de ambas as partes e o reconhecimento dos passos errados, para que não se estabeleça uma guerra de culpas que termina em tragédia.

E se nada adiantar, ainda há a renovação. Todo fim leva ao começo de algo novo. Temos medo do novo, e de reviver situações e repetir sofrimentos, mas só há como saber vivendo, experimentando, porque as delícias que nos envolvem devem ser degustadas como pratos únicos e sem nos lambuzarmos, que gosto tem?

Citando uma frase de um filme bom que vi esses dias, “500 dias com ela”, a menina, ao aconselhar o irmão, que está abalado pelo fim de um amor que ele acreditava ser mais perfeito que tudo, lhe mostra, que na verdade, não era bem assim que as coisas funcionavam. Mas era apenas esse o ponto de vista dele da relação.

E ela lhe diz “Quando você olhar pra trás, dê um segundo olhar, e tente não ver apenas o lado bom”. Com isso, ela o faz perceber que esse amor perfeito era apenas uma ficção de sua mente, porque no fim das contas, amor mesmo, só ele sentia. E amor é um fluxo de ir e vir, não pode simplesmente ir e não voltar, ele precisa ser retroalimentado.

“Pra terminar, dizer que o amor chegou ao fim, esqueça de me perguntar se ainda há amor em mim”, diz Ana em outra canção. Porque quando ainda há amor de uma das partes, a sensação de fim não chega, fica uma idéia de “pausa para intervalo” como se a qualquer momento fossemos apertar o play e seguir em frente, mas não é assim. Isso de “dar um tempo” não funciona, porque, ou o amor existe, ou não.

Quando o tempo do amor passa, e o tempo age no desgaste dos sentimentos que deveriam se renovar todos os dias, não há nada que possa ser feito além de encerrar decentemente uma história que teve começo, meio e fim. E o final feliz? Fica pra mais tarde, após virar a página e iniciar o próximo capítulo. De preferência, sem repetir os erros. Contando coisas bonitas. E até lá, devemos viver. Temos muito ainda por fazer. Não olhe tanto pra trás, o mundo começa agora. E nós, apenas começamos.

(Obrigada, Boa noite.)

By Mônica


Links das Letras:

http://letras.terra.com.br/ana-carolina/75939/

http://letras.terra.com.br/roberto-carlos/48582/

quarta-feira, 10 de março de 2010

Clube dos Cinco

Caros leitores, amigos e bisbilhoteiros de plantão. Essa semana, resolvemos inovar, reinventar, e criar mais um tópico utópico para dar cores ao nosso espaço musical pluriexistencial.

Resolvemos fazer um intercâmbio temático. Pra isso, nada melhor que...Amigos. Tema? Já devem ter percebido, e puxo sardinha pro meu lado, nosso lado, nós, mulheres. Que temos um dia internacional, que nesse espaço, virou uma semana internacional.

Então, convidamos amigos queridos e leitores especiais do nosso blog, pra falarem de músicas com o tema mulher. E eles foram além do nosso alcance. Nos surpreenderam, empolgaram, e nos deram a honra de palavras da mais alta categoria, agora postado nesse espaço. Espero que leiam, apreciem e possam sentir o que nós sentimos ao ler.

Queridos amigos, Obrigada! Isso foi muito importante pra nós, e a parceria se reacenderá em outras oportunidades. Para os que passarem curiosos, sendo mulheres, deliciem-se. Sendo homens, percebam. O mundo existe com a soma magnífica entre um homem e uma mulher. Mas sem a existência dela, não haveria cor, doçura e encantamento.

Tudo bem, meninos...É melhor vocês se cuidarem, ela vai partir seu coração em dois, em alguns momentos. Ela pode ser uma provocadora que faz coisas pra agradar. Garotinho, ela vai sorrir, ela vai te fazer de bobo, ela é uma mulher fatal. Todas, doidas ou santas, são mulheres fatais, com partes adormecidas e partes ensandecidas dentro de seus universos de pimenta e mel, com cheiro de flor. Mas acima disso tudo, mostrando seu lado angelical ou mulher fatal, ouve o jeito que ela fala, perceba o jeito como ela anda. Ela é uma boneca perfeita...*

Mônica (E seu Edu)

* Com trechos de “Femme Fatale”, Velvet Underground

Luiza (Tom Jobim) X Beatriz (Chico Buarque)

O post dessa semana é especial pra mim, por vários motivos: pelo MEU dia internacional, por termos convidados especiais e por falar de músicas com um significado especial: Luiza, de Tom Jobim e Beatriz, de Chico Buarque. Músicas especiais porque parecem traduzir o infinito particular que existe em cada uma de nós, pequenas deusas em terra de mortais. Luiza é especial em particular pra mim, porque um dia, do meu ventre para o mundo, a Luiza brilhará. E Beatriz, cuja musa inspiradora de Chico se chama...Marieta Severo, sua ex-esposa, que é atriz. Ser atriz. To be atriz. Beatriz. Logo, fala um pouquinho de todas nós, "Beatrizes" ou não. "Atrizes" ou não, mas que somos protagonistas das nossas próprias vidas. Autoras dignas de oscar das nossas histórias reais.

Beatriz é como uma bailarina, leve e delicada, dançando por onde quer que passe. Ela é moça, porque podemos ser jovens em todas as idades. É triste, porque carregamos fardos, por vezes, demasiadamente pesados. É ao contrário, porque viramos do avesso e temos fases: TPM, euforia,carência, melancolia. Ela é pintura, perfeita, feita à mão: é um quadro e uma escultura, com mil perfis em um só, como toda boa atriz: é estrela, divina, comédia, mentira. São papéis que interpreta, em lares que habita, com paredes de giz, frágeis e passíveis de desmoronar, como louça, que evaporam como éter, são insanos como a loucura, pré-montados para espetáculos como cenários de sua vida. Nada é constante, nem ela o é. Um dia, dança no sétimo céu. Em outro, chora num quarto de hotel.

Pra entrar em sua vida, é preciso aprender a andar sem os pés no chão, é aprender a arriscar-se, pois "para sempre" é por um triz. É preciso não temer
desastres, tragédias, terremotos, porque pode ser perigoso ser feliz.
Sempre há quem peça bis, nós somos todas meio assim. Divinas estrelas a decorar nossos papéis, bailarinas de outro país, prestes a despencar do céu, mas com um anjo a nos passar o chapéu.

Luiza é o outro lado que há em nós, que flutua, navegando no azul do firmamento, entre um silêncio em câmera lenta e um trovador cheio de estrelas. Amadores apaixonados tentam esquecê-la, mas são aprendizes do seu amor: eles desejam sempre os desejos dela, e querem ser exorcizados por essa vontade incontrolável de matar a sede de paixão que ela desperta.
E ela se mantém forte, aparentando distância. Embaixo dessa neve mora um coração?

Acorda, amor, que existe um coração que bate, uma mente que seduz, uma alma enigmática que atrai os sete mil amores guardados somente pra ela. Ela, com raios de sol nos cabelos, rosas na boca e um céu inteiro ao seu dispor, com uma lua a iluminar os sonhos e com as estrelas de um trovador envolvido pelo seu mistério.

"Luizas" e "Beatrizes" ganham canções de seus admiradores. "Luizas" e "Beatrizes" nada mais são do que as nossas versões, nossas faces, nossas vidas paralelas que convergem em um só ponto. A multiplicidade de um ser ímpar. O universo de sentimentos que se resume em um sorriso ao receber uma flor de um apaixonado, uma lágrima com o nascimento de um filho, uma lembrança de um momento especial, um novo patamar alcançado.

Todas somos bailarinas equilibristas, sensíveis, resistentes, choronas, determinadas, sensuais, princesas. Andando na corda bamba entre o nosso lado doce e o lado amargo, e despertando a fera, o bicho, o anjo e a mulher que existe no íntimo das nossas vaidades. Em comum, temos: esse ar de mistério e sedução, que desperta o amor, a proteção, o desejo, a paixão. E um pouquinho mais. E nesse vai-e-vem, entre arriscar, cair e se reerguer como mulheres maravilhas, continuamos. Sem parar de dançar. São dois pra lá, dois pra cá.

By Mônica

Links das Letras:

http://letras.terra.com.br/tom-jobim/20019/

http://letras.terra.com.br/chico-buarque/45115/

Elas, por eles. Elas, por elas.

"Maria Maria" (Milton Nascimento) Por Vanessa




Atendendo ao pedido dos queridos amigos donos desse blog vou escrever um texto sobre mulheres, já que esse mês tivemos o dia internacional da mulher.
É evidente que todos os dias são delas, já que, como diria Cazuza: O tempo não pára, e a vida também não. Inúmeros são os papéis representados diariamente por essas que, além de gerarem dentro de si novas vidas, normalmente tem a função de educá-las, de passar os primeiros valores morais, éticos, etc.
Pra ficar mais a cara desse blog, e não fugir ao objetivo de usar letras de músicas, utilizarei “Maria, Maria” de Milton Nascimento e Fernando Brant.
Riquíssima, a música já começa assim: “... É um dom, uma certa magia, uma força que nos alerta...” Ser mulher, moderna, nos dias de hoje, com tantas responsabilidades, tendo que mostrar sua capacidade no trabalho, não descuidar dos inúmeros afazeres de sua casa, e ainda estar sempre bonita, bem cuidada, sorrindo, cuidando dos que as cercam, é um dom feminino, é como mágica, pois fazem parecer simples, fácil e natural realizar tudo isso. No trabalho, normalmente ganham menos que os homens que realizam a mesma função, o que ao meu ver é puro preconceito já que a capacidade é a mesma e o resultado também. Assim como é puro preconceito quando dizem: “lugar de mulher é na cozinha... “ Não existe um lugar de mulher. Qualquer lugar onde estejam transformam em um bom lugar e superam as expectativas sobre sua capacidade.
“Uma mulher que merece viver e amar como outra qualquer do planeta.” Parece uma coisa simples viver e amar, não? Mas infelizmente não é algo tão fácil. Para algumas mulheres viver é quase um castigo, é como se tivessem que pedir desculpas diariamente por suas vidas, por serem mulheres. Amar então nem se fala, mal podem fazer suas próprias escolhas, apenas aceitam aquilo que lhes é imposto.
A Maria do Milton representa bem todas as mulheres, ou quase todas, já que não se pode generalizar. São fortes, suportam as adversidades da vida da maneira mais leve possível. São a representação do restante do mundo, que sofre e que ri apesar disso, que sobrevive ao invés de viver, que luta mas tenta levar a vida com graça e suavidade, e não esquece dos seus sonhos, mantendo sempre a fé de que tudo um dia muda, tudo um dia melhora.

Vanessa é canceriana legítima. Dramática, emotiva, intensa, maternal, apaixonante. Amiga, cúmplice, irmã. Tem os pés no chão e os sonhos nas estrelas. É nervosinha, marrenta e docemente encantadora. É mais forte que as ondas do mar. Mais rara que um diamante, mais brilhante que estrela no céu. É psicóloga, e sabe bem ouvir as pessoas. Tem alma leve e coração grande. É saudosista e sonhadora. E ela sabe bem onde pode chegar.

Link da Letra:


"Desconstruindo Amélia" (Pitty) Por Pri


Desde a história antiga, a mulher estava relacionada com a fertilidade. Era considerada o alicerce da família, limitada pelo trabalho doméstico (considerado uma virtude) e o papel que desempenhava na sociedade era de colaboradora do marido. No início do século XX, eis que de repente ela resolve então mudar. Uma revolução de operárias em busca de melhores condições de trabalho e melhores salários, torna-se o marco dessa mudança. A mulher percebe que não foi apenas educada pra cuidar e servir. Foram em busca do direito de se expressarem. Muitos protestos ocorreram em vários países. Quase cem anos depois, a mulher brasileira conseguiu o direito a voto.

No século XXI, a mulher vira a mesa, assume o jogo. Não é difícil ver uma mulher em destaque. No trabalho, na política ou na sociedade em geral. O reconhecimento muitas vezes é falho. Existem aquelas ainda que a despeito de tanto mestrado, ganha menos que o namorado e não entende porque. Mesmo assim, disfarça e segue em frente todo dia até cansar.

Uma das características mais marcantes da mulher é conseguir ser forte sem perder o encanto e a sutileza. Luta pelo seu espaço e faz questão de se cuidar. O instinto materno, que já é de sua natureza, faz com que ela defenda seus ideais como se estivesse protegendo seus filhotes no ninho. Tudo isso sem perder a beleza excêntrica e zelada.

Tem talento de equilibrista. Busca sempre a dosagem certa entre a razão e a emoção. Quando não consegue, faz a mistura perfeita entre o concreto e o abstrato. O exato e o humano.

Quando você se depara com uma mulher, está diante de várias. É o dom da diversidade. Ela é muitas se você quer saber. Consegue ser mãe, esposa e profissional ao mesmo tempo. E não termina por aí. Depois do lar, do trabalho e dos filhos. Ainda vai pra nigth ferver.

As mulheres são estereotipadas como sexo frágil. Essa busca por igualdade é justamente para se livrar desse rótulo. E o que foi deixado para trás, foi a dependência do homem. As mulheres querem se mostrar, sem a necessidade de estarem escondidas numa figura masculina. Nem serva, nem objeto. Já não quer ser o outro. Hoje ela é o também.

Priscila é mineirinha, aparentemente calada. Mas quando fala, se faz brilhar. Amiga, boêmia, romântica, bobiça, engraçada. Autêntica, sempre surpreende. Tem bom gosto musical. Tem opinião e a fórmula da juventude. Notável pra quem vê, essencial depois de uma simples conversa. É analista contábil. E entende de números tanto quanto cultivar uma amizade.

Link da Letra:

http://letras.terra.com.br/pitty/1524312/


"Anna Julia" (Los Hermanos) Por Kon

Eu não sou o maior fã de Anna Julia. Pronto, falei. Confissão difícil essa!

Mas, antes de levar pedradas de fãs fervorosos da alegre canção, acredito que devo me apresentar: sou Conrado Heoli, publicitário em formação e cinéfilo confesso. E sim, sou dotado de egocentrismo inegável, visto que comecei um texto sobre uma música falando de mim... Mas enfim, antes de mais nada, e de sair da escrita em primeira pessoa, quero agradecer o espaço cedido através de um convite feito pela minha excelente amiga Mônica e seu namorado querido Eduardo. Casal que brilha muito e tem um caminho iluminado pela frente, sem dúvidas!

Retomando Anna Julia e minha relação de amor e indiferença para com a canção e a moça que a intitula, devo mencionar primeiramente minha adoração por Los Hermanos. Hermanos meus que conheci através da supracitada canção! E o que me causa desinteresse por Anna Julia hoje é ver que esses meus hermanos cresceram tanto, e desenvolveram tantas outras canções tão mais belíssimas e dilacerantes, que acabo achando a música que projetou um dos melhores grupos para o cenário musical contemporâneo brasileiro bastante insossa. Inocente, até.

Mas é impossível negar a importância de Anna Julia. A música e a moça foram responsáveis pelo primeiro contato de 10 entre 10 atuais fãs com Los Hermanos. Hermanos esses, que hoje se distanciaram para seguir caminhos diferentes... Mas essa já é outra história. Mas a Anna, moça que encantou e deixou Alex Werner (que, em 1999, era empresário da banda) de coração quebrado, deve ser agradecida eternamente. Sem ela, hoje não ouviríamos canções tão emocionantes quantoÚltimo Romance”,Sentimental” eDe Onde Vem a Calma” tocando incessantemente em nossos players, memórias e corações.

Essa Anna Julia que, como tantas outras moças, inspirou devaneios de tantos jovens, que criou sentimentos complexos em rapazes apaixonados - e nunca os correspondeu. Histórias mil existem como essa, se replicam constantemente em corações imaturos ainda não muito calejados ou despedaçados. O hino Anna Julia foi e continua sendo declamado por muitos, mesmo após mais de 10 anos, mas não são todos que assumem a empatia com a composição de Marcelo Camelo. Ainda que a melodia não me comova com a simpatia que já me causou tempos atrás, fica a lembrança das vezes que me identifiquei com todas as palavras da canção, incluindo as mais melancólicas: "Quando tudo tiver fim, você vai estar com um cara, um alguém sem carinho, será sempre um espinho, dentro do meu coração".

Oh Anna Juliaaaaaa! Obrigado por inspirar meus hermanos barbudos a elaborarem uma canção com seu nome e sobre você. E você teve suas recompensas por isso, não é mesmo? Seu nome foi cantado ao redor do país por tantas vozes diferentes que fica difícil conseguir imaginar um número para quantificar tal afirmação. E, além de todo o amor e dor de cotovelo declarados à você por desconhecidos, você ficou famosa ao redor do mundo na voz de George Harrison, o ex-Beatle favorito de muita gente... Tem conhecimento da importância disso?

Finalizando, declaro que meu texto é para todas as Annas do mundo. Nos dêem uma chance, pode ser? Somos os românticos incuráveis, que como o Joel de "Brilho eterno de uma mente sem lembranças" se apaixonam apenas por receber um sorriso. Sejam nossa Clementine, não nossa Anna Julia.

"Uou uou uou".

Conrado é cinéfilo, amante da arte e de afetos sinceros. Sabe se fazer presente na ausência. Sabe ser especial a quilômetros de distância. Sabe semear sorrisos e cultivar amizades. É ocupado, mil e uma tarefas em um único ser humano, reles mortal com ares de anjo. Cuida, protege, é cúmplice e engraçado. É doce, cativante, especial. É publicitário, com alma criativa e desejo urgente em reinventar os outdoors das nossas vidas. Ele tem sonhos. E vai. Ao infinito, e além.


Link da Letra:

http://letras.terra.com.br/los-hermanos/17958/



"Maria de Verdade" (Carlinhos Brown) Por Ed

Fui convidado para a difícil, mas ao mesmo tempo agradável função de escrever sobre a canção “Maria de verdade” gravada magistralmente por Marisa Monte em seu álbum Verde Anil Amarelo Cor de Rosa e Carvão (adoro o nome desse álbum ). Passado o espanto pela coragem de Eduardo e Mônica de me recrutar para tal tarefa, veio o famoso branco total, e agora?

Como definir uma Maria de verdade? Como encontrá-la? Onde mora essa Maria, que um apaixonado e delirante Carlinhos Brown procura até mesmo entre fadas, besouros e pierrôs?

Não precisamos ir tão longe assim, a Maria de verdade mora dentro de cada mulher que sai pra trabalhar, cuida da casa, dos filhos e ainda tem que dar atenção ao seu homem (marido ou namorado) que mesmo sem saber, é programado por ela, e só lhe resta ficar ali parado, emoldurado, esperando chover desse céu que é Maria: amor.

Até ELE quando esteve aqui entre nós ficou sob os cuidados de uma Maria, e desde então este nome que atravessou séculos, criou uma força de revirar trens.

Quem somos nós diante de uma Maria de verdade? Filhos? Amantes? Devotos? Seja lá o que for, sempre que estivermos no profundo poço da poça do mundo, ela virá voando para nos socorrer, voando mesmo! Pois a alma boa sempre voa. Voa e sofre. Ser Maria é padecer no paraíso, mas mesmo que doa, nunca nos abandone Maria Mulher, Mulher Maria.

Edílson é primo, amigo e irmão. Seus pensamentos fervilham. Tem uma opinião sobre tudo e ao mesmo tempo é uma metamorfose ambulante. Ama cinema, Madonna e gosta de bancar o durão, mas tem um grande coração.

Link da Letra:

http://letras.terra.com.br/marisa-monte/47288/


"As Rosas Não Falam" (Cartola) X "Sou Sua Sabiá" (Marisa Monte) Por Jean

“Olha...

Será que ela é moça

Será que ela é triste

Sera que o contrário

Será que é pintura...”

(Beatriz – Chico Buarque)

Enquanto o mundo desaba em nossa cabeça e nós nos descontrolamos, vocês nos colocam em seus braços e dizem palavras de aconchego, às vezes se privando de serem perguntadas “Você está bem?”.

O medo que toma conta de nós – medo esse que escondemos para manter nossa postura altiva diante de vocês e, assim, manter o suposto controle – se esvai em um toque de suas mãos em nosso rosto e vocês dizem com os olhos “Eu estou aqui com você!” e nós esquecemos que vocês também sentem medo.

E quando o sol nasce junto ao sorriso em seus lábios e vem acompanhado de um singelo “Bom dia!”, nos tornamos mais fortes, sem perceber que o nosso abraço e o nosso “Bom dia!” também faria de vocês mais fortes.

E quando escutamos a voz do amor que há em vocês, somos as criaturas mais felizes deste mundo, e em troca vocês pedem apenas um... “Eu te amo!”.

Se as lágrimas caírem de nossos olhos, Vênus tem um jeito de consolar que nos torna crianças em seus braços, e o homem vira um garoto diante do seu abraço, e Marte nem lhe perguntou se você precisava de colo...

E como sabiás, se achegam cantarolando palavras que nos cativam, entre olhares e sorrisos que nos apaixonam.

Sempre buscam apaziguar as brigas que nós quase sempre provocamos por motivos banais, ou por ciúmes daquela que amamos, afinal decidimos nós mesmos (homens) que vocês são nossas, sem nem ao menos lhes perguntar se é isso que querem, ou se é isso que precisam... E ainda dizemos “Foi você que provocou!”.

Quase sempre dão tudo que podem e o melhor que tem. Dedicam seu tempo aos nossos interesses e ainda arrumam tempo para se mostrarem lindas aos nossos olhos.

Eu poderia dizer agora que vocês são como rosas... Mas como, se o poeta disse que “simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti”? Creio que as rosas que inspiraram-se em vocês.

E esse perfume que nos conquista e nos domina… Ah! Se todos os domínios fossem perfumados assim, não haveriam libertos!

O que vocês dizem com o olhar é o segredo que só vocês sabem, só entende quem tem a sensibilidade da alma e o amor do coração... Jamais sentiremos como vocês sentem, e jamais amaremos como amam.... Somos o corpo, vocês a nossa alma! Só nos resta agradecer... Obrigado mulher!

E a quem contestar este merecido 8 março...

Pense todos em todos os dias que foi cuidado por sua mãe, as noites em claro, os dias que somos amados por nossas lindas namoradas e esposas, dias em que nós homens nos apaixonamos pela milésima vez pela mesma mulher enquanto ela simplesmente arrumava o cabelo de forma singela, e com toda a delicadeza que cabe a um ser tão divino. Sem dizer nos dias que elas acordam estressadas (sem explicação aparente! Mas uma vez me disseram que mulher não é para ser entendida, é para ser amada! Então confie e ame!), mas ainda assim não perdem a beleza e você pensa: “Ela nervosa fica mais linda!”. Pense que elas não são tão incansáveis como aparentam, e que apesar de serem múltiplas em um único ser, elas carecem, mas não se deixam derrotar jamais! E apesar de tudo, nunca desistiram e ainda conseguem amar. E quando as tratamos como objetos, elas se mostram humanas e choram... Por isso, e o muito mais que só elas têm, que merecem um dia dedicados a elas!

Meninas... Mulheres... Agora olhem para si e não vejam apenas um belo corpo, apenas uma mãe, uma Amélia ou só como a esposa do fulano, do beltrano... Olhem e vejam que sem vocês nada seria possível!

Devo crer senhoritas que vocês, como unidade e multiplicidade, seja como Maria ou Mariana, Aline ou Beatriz, sendo você ou Janaína, no fundo são essência, amor e ternura... São mães, pais, avós, irmãs... Amigas, companheiras, amores e o tudo para nós.

Dedico esse texto e meu sincero amor para as mulheres poderosas da minha vida: Ana, minha mamãe; Luiza, minha afilhada sapeca; Thais, Jana, Lys, Nine, Wall, Vanessa (Val), Grazi, amigas que amo com minha vida! Sou um homem de sorte por tê-las comigo! PARABÉNS MENINAS!

E como tudo começa e termina com música...

“Garotos não resistem aos seus mistérios

Garotos nunca dizem não

Garotos como eu sempre tão expertos

Perto de uma mulher...

São só garotos!”

(Garotos II - Leoni)

Jean é um poeta, no sentido mais literal da palavra. Vê lirismo em tudo nesse mundo caótico, e esquece da vida se tiver que escrever palavras de afeto sincero pra alguém. Grande cinéfilo, anda tão a flor da pele que qualquer beijo ou “eu te amo” o fazem chorar.

Links das Letras:

http://letras.terra.com.br/cartola/44898/

http://letras.terra.com.br/marisa-monte/26833/

terça-feira, 2 de março de 2010

"Eduardo e Mônica" em: Eduardo, por Mônica

O post dessa semana levou mais de um mês para ser feito (enquanto o Edu, lóoogico, já estava com seu texto pronto me esperando, pacientemente), e tenho certeza que não busquei inspiração suficiente, e no fim, acharei que poderia ter sido melhor. É o que acontece quando falamos de amor, nenhuma palavra existente no vocabulário parece bastar para tentar expressar o que o coração sente.

Como, ao passar o carnaval, o ano começa verdadeiramente, eu saio do meu ócio reflexivo e venho recomeçar, de forma diferente: sem chocar duas letras, duas músicas em uma idéia, mas falando de alguém que me faz ter motivos para estar aqui. Falo do Eduardo, utilizando Eduardo e Mônica, da Legião Urbana. E tento fazer um paralelo entre o Eduardo da música, composto por Renato, e o meu Eduardo, composto PRA mim.

Ele é menino do Rio, tem um calor que me provoca arrepio. É moreno, alto, bonito e sensual. Preguiçoso, dorminhoco, irresistível, sensacional. Viciado em Coca-cola, e quando foi tomar juízo, só tinha vodca. De manhã, abre os olhos, mas pra que se levantar? Fica enrolando até perder a hora. Faz o melhor pão esperto da cidade, fazia jornalismo, agora faz publicidade. Nos cruzamos um dia, na internet sem querer, e como apenas bons amigos, começamos a nos conhecer. Adora sempre ter algo pra ler, se for jornal, ele delira, tanto quanto futebol na TV. Gol do flamengo?Ele pira. Adora debater sobre política, de Arnaldo Jabor até Xexéo, dois colunistas. Adora fórmula 1, Batman é seu herói, mas Cazuza está no topo, pois ele diz que “morrer não dói”, sabe tocar na ferida.

Era viciado em lanchonete, mas a Mônica disse que ele precisava se cuidar. Não anda sem fones de ouvido ouvindo algum rock legal, desde Led Zepellin até The Beatles e Frejat. Adora feijoada, adora churrascada, mousse de maracujá, com coca bem gelada, sem gás e com rum, românticos, libres. Celular pra quê? Quer ouvir 1001 discos antes de morrer. Quer fazer uma tattoo, tocar bateria, e pegar o diploma ao som de “Ideologia”. É filho único da mamãe, e cresceu com a “primaiada”, nem queria ouvir falar sobre Friends, até ter uma namorada viciada.

Nunca imaginei que o Eduardo existia, e tampouco que eu era a Mônica dele, e que a internet nos uniria. Ele só tinha 19, e eu já tinha terminado a faculdade, fazia pós-graduação e ele procurava estágio. A Mônica queria ir pro Médico Sem Fronteiras, o Eduardo, fazer revolução e acordar a vizinhança inteira. Ele ensinou à ela a gostar de Jornal, ele gostou de se sentir um cara atual. Ela ensinou à ele a jogar baralho, ela gostou de ganhar dele uma jogada. Eles brigaram mil vezes, e fizeram as pazes. Ele lhe apresentou o Arpoador, ela lhe deu amor sem fim. Ele fez mil declarações, ela escreveu a história linda. E eles dividiram filmes, músicas, críticas, lugares, lágrimas, abraços, vitórias e lástimas.

E assim, dispostos, se atraíram, e a vontade crescia, e crescia, e crescia. Como tinha de ser, porque não há razão pras coisas feitas pelo coração. E a sensação de reencontro crescia, preenchia e os tornava cúmplices. Querem construir uma casa, daqui uns dois anos, quando pretendem se casar na primavera. Vão juntar uma grana, e os melhores amigos para a melhor festa que sonharam. Eduardo e Mônica, voltaram-se um pro outro e o início da história dá saudade de lembrar. E eles já conseguem imaginar o jardim, as crianças, o sol e eles, todos juntos, a brincar. Não existe razão pras coisas sonhadas e vividas pelo coração. Mas e se tudo tiver razão?NEOQEAV.

By Mônica

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"Eduardo e Mônica" em: Mônica, por Eduardo

Bom... Este texto está sendo criado com no mínimo uma semana de atraso. Culpa de um pouco de preguiça desse que vos fala, e da viagem que fiz em companhia da homenageada do post. Calma, calma, eu não viajei com uma música, explicarei melhor no parágrafo abaixo.

Ao contrário de todos os textos já criados, este aqui não é uma homenagem à nenhuma música, mas para Mônica, minha parceira no blog e na vida.

Neste mês de janeiro que já está chegando ao fim, completamos um ano de namoro, comemorações, brigas e felicidade para se dar e vender.

Como não poderia deixar de ser, vou homenagear minha amada com a música que deu origem aos pseudônimos do blog: “Eduardo e Monica”, da Legião Urbana. Na verdade, vou fazer uma ponte da minha Mônica, com a Mônica do Renato.

Esse é um grande desafio, porque nunca gostei muito dos meus textos de amor, mas vou me esforçar ao máximo para tentar expor todo o meu sentimento em relação ao meu grande amor.

Foi num dia 22 de janeiro, depois de termos trocado telefones, telefonado, que decidimos nos encontrar. Não foi num parque (até porque o dia era chuvoso) e ela não tinha tinta no cabelo. Não fomos numa lanchonete e nem ver um filme do Godard, foi num centro cultural, com uma exposição sobre moedas. Lembro até hoje do meu nervosismo e ansiedade em encontrar aquela pessoa que mesmo sem conhecer, já admirava e compartilhava alguns gostos.

Pela primeira vez depois de um ano de namoro me pego analisando aquele dia friamente e lembrando tudo que aconteceu. Que engraçado, aquele encontro daria um filme, as conversas carregadas de nervosismo no início, o primeiro e crucial beijo, aquele Hall do elevador e a volta para casa.

Devo confessar que em 22 de janeiro de 2009 eu poderia imaginar qualquer coisa, menos que um ano depois teria feito um blog (sonho antigo, mas que nunca foi realizado por falta de motivação interna e externa), uma viagem e ido ao Circo Voador com ela.

A música é um gancho que me permito usar, pois assim como os verdadeiros Eduardo e Mônica, existe uma diferença de idade entre nós dois, fomos viajar e falamos sobre Arnaldo Jabor, Martha Medeiros, BBB, planalto central, magia, meditação, céu, terra, água, ar e religião, estão sempre em nossa pauta de assuntos, que parecem nunca ter fim, e que com certeza nunca terão, porque passei a vida inteira atrás de uma parceira que me compreendesse, questionasse e até me convencesse a mudar algumas opiniões.

Minha Mônica se formou no mesmo ano que passei no vestibular. É um exemplo para mim, é o meu grande espelho, diria até meu combustível, a pessoa que me faz levantar todo dia de manhã e que sei que irá me apoiar sempre, porque nossa cumplicidade é algo que me assusta às vezes, e não digo no mal sentido, pois essa cumplicidade é sempre visando o bem-estar do outro, porque ela nunca deixa de puxar a minha orelha quando necessário. Nesse um ano, já comemoramos tanto juntos e também brigamos juntos muitas vezes depois, e sim eu completo ela e vice-versa, que nem feijão com arroz.

O combinado é utilizar apenas “Eduardo e Mônica”, mas preciso homenagear minha musa, com o mestre Chico Buarque, porque acho que agora, Mônica e eu entendemos que o amor não tem pressa e futuros amantes, quiçá se amarão sem saber o amor que um dia deixei pra você.

Nesse um ano de namoro, parei de beber, decidi trabalhar, troquei de curso na faculdade e descobri o amor verdadeiro. Eu, que como bom fã de Cazuza, sempre preferi o lado meio-dark do amor, aquele das separações e frustrações, descobri que quando se aprende a amar o mundo passa a ser seu, e ofereço a você, Mônica, meu calor, meu endereço, seja por mar, por terra, ou via Embratel.

Antes de terminar, quero fazer um agradecimento especial para Renato Russo, Cazuza, Jennifer Aniston e sua Rachel Karen Green que com certeza são nossos padrinhos.

Te amo, e isso é tão certo quanto o calor do fogo!

N.E.O.Q.E.A.V!

By Eduardo

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