tag:blogger.com,1999:blog-61787495797264100302024-03-13T11:36:57.349-07:00"Eu canto em Português errado..."A idéia desse espaço é respirar música, falar música, sentir música. Interpretações e interligações musicais me interessam. E Como disse Nietzsche: "Nada faria sentido sem a música".
Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.comBlogger51125tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-5241317901621462972010-11-24T12:29:00.000-08:002023-09-25T19:34:01.738-07:00"Por Enquanto" (Legião Urbana)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TO11xOFPBjI/AAAAAAAABE0/i5IbkyY5H9w/s1600/por%2Benquanto.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 292px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TO11xOFPBjI/AAAAAAAABE0/i5IbkyY5H9w/s400/por%2Benquanto.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5543216204817040946" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">A voz no alto-falante anunciava que eu deveria embarcar no meu vôo. Demorei a escutar, estava viajando, em algum universo paralelo, perdida entre lembranças. Não devia ser a primeira nem a segunda vez que a voz falava que era chamada final para o embarque, e quando fui voltando à realidade onde me encontrava, o aeroporto, pra dentro do meu eu, me direcionei ao portão de embarque, com o cartão de embarque e o passaporte na mão e o coração na boca.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Éramos como irmãs, desde pequena. Crescemos juntas, sendo cúmplices uma da outra, fazendo descobertas, guardando segredos, dividindo intimidades e tendo um mundo onde ninguém além de nós poderia entrar. É o que as pessoas entendem como uma amizade que transpõe o limite da vida, do tempo, da distância. Aquilo indestrutível, que é mais espiritual do que a fé de muitos falsos profetas.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Éramos inseparáveis. Dormíamos trocando confidências, aprendemos juntas a andar de bicicleta e éramos sócias do nosso restaurante imaginário, onde eu cozinhava, ela fazia entregas a domicílio com a minha caloi pelo quintal de casa. Ninguém entendia o fato de ela me entender em coisas estranhas. Ninguém entendia o fato de eu entender ela, quando ela parecia magoar meu coração. Mas era tudo além disso: um laço eterno, sujeito a momentos difíceis que eram superados com provas de amizade. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Lembranças, eram incontáveis, infinitas...O tempo passou, e crescemos juntas. E as provas de amizade foram ficando mais difíceis e elaboradas, mas sempre estavam ali, mostrando o devido lugar de cada uma na vida da outra. Até aquele dia, onde tudo mudou por um motivo que ninguém lembra ao certo qual é. E tão parecidas, donas do mesmo gênio, se trancaram em suas dores, sem compartilhá-las, como era de praxe. Só o tempo, e a necessidade de ter aquela parceria, as trouxe de volta àquela amizade, alguns anos mais tarde, mas aí já era tarde pra algumas coisas.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Algumas descobertas, alguns momentos e fases deliciosas de se repartir, já haviam passado, sem deixar neles, marcas de alegrias compartilhadas.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Agora, ela morava do outro lado do oceano. Não era fácil de chegar, sequer de usar o telefone. Mas a sintonia telepática continuava, e quando elas se precisavam, sentiam, e sabiam que deveriam se falar. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E assim, à distância, aos trancos e barrancos, foram recuperando o tempo perdido, e voltaram a ser as mesmas de sempre, como se o tempo não tivesse passado. Aparentemente, pelo menos.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E num dia, sem mais nem menos, percebo que ela não está bem, são problemas maiores que ela. Está lá, sozinha, longe do alcance da minha ajuda, e do meu apoio. A culpa vem, teria sido tudo diferente se aquele abismo de alguns anos não tivesse existido. E agora, ela é um outro alguém, que mudou com o tempo e as experiências de uma pessoa que não é mais uma menina. A vida teve que lhe ensinar, “é preciso saber viver”, sozinha, longe de casa, longe do porto seguro.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Sempre tive orgulho disso tudo, e pensei que não conseguiria no lugar dela. Mas o preço, às vezes é alto demais, e temos que saber se vale o risco de ousar ser feliz longe de tudo, sendo que o tudo é essencial pra nós.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">O sorriso dela não era o mesmo, e eu podia sentir pelo tom da sua voz. E eu sei que alguma coisa aconteceu, ta tudo assim, tão diferente. Não havia diferença antes, nos tempos em que chegamos a acreditar que tudo era pra sempre, mas o pra sempre, sempre acaba. E isso eu fui aprender bem depois.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E mesmo assim, não me importava, só queria resgatar ela de volta. E sabendo de como estava tudo lá, aos extremos, tomei a decisão de pegar um avião, sem avisar, sem pensar em mais nada. E salvá-la. Do mundo, das pessoas e dela mesma. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Ela, que era tão diferente lá, longe das origens que ela tinha. Diferente e sozinha, e até meio triste, como nunca fora antes. Não dá pra ver só um lado dos nossos sonhos, eles precisam saber coexistir, pra que uma parte de nós não morra com a parte sufocada dos nossos desejos.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Não sabia como seria recebida, não nos entendemos quando nos falamos pela última vez, e falamos o que não devia nunca ser dito por ninguém. Mas eu precisava. Depois de tanto tempo, de tantas diferenças e de tanta distância emocional, dar uma prova de amizade, mais uma, entre tantas.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Quem me dera ao menos uma vez ter de volta todo ouro que entreguei a quem conseguiu me convencer que era prova de amizade, se alguém levasse embora até o que eu não tinha. E eu não tinha mais nada, eu precisava arriscar.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Mudaram as estações, e nada mudou, pelo menos pra mim. E agora, estou aqui, prestes a embarcar. Tomei a decisão tarde demais, e agora não tem mais o que fazer.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Mas não importa o que você pense, diga, sinta, nada vai conseguir mudar o que ficou, pois quando penso em alguém, só penso <st1:personname productid="em voc↑. A■" st="on">em você. Aí</st1:personname> então, estamos bem, irmã.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Nunca gostei da idéia de finitude, e me mata saber que o pra sempre, acaba um dia.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E mesmo com tantos motivos pra deixar tudo como está, eu dei a prova, como nos velhos tempos.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Nem desistir, nem tentar, agora tanto faz.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Estou indo de volta pra casa... E te trago pra sempre, no coração.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight:normal">By<span style="mso-spacerun:yes"> </span> Nine <o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Link da Letra:</p> <p class="MsoNormal"><a href="http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46970/">http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46970/</a></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-11105141880761365632010-11-19T16:19:00.000-08:002022-02-09T18:39:22.180-08:00"Oito Anos" (Paula Toller)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TOcUNEGOHII/AAAAAAAABEc/N8wNkx5j59M/s1600/oitoanos3.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 399px; height: 304px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TOcUNEGOHII/AAAAAAAABEc/N8wNkx5j59M/s400/oitoanos3.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5541420081173372034" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><em>“Queria voltar a ser criança porque os joelhos ralados curam bem mais rápidos do que um coração partido.”<o:p></o:p></em></p> <p class="MsoNormal"><em><span style="font-family:Arial"><o:p> </o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">Depois de passar um longo tempo sem escrever aqui, volto. Os posts dessa semana estão mais que atrasados. Idéias legais que vieram à mente pro dia das crianças e por turbulências no caminho, ficaram arquivadas. Parindo a idéia de voltar no tempo, pois o passado me traz uma lembrança do tempo que eu era criança, usarei de Paula Toller na fofíssima “Oito Anos”. Letra que mostra toda curiosidade do filho da compositora, e é uma forma deliciosa de viajar na máquina do tempo de volta à “melhor idade”. <o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">Quem não lembra de como é ter oito anos?<o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">É já saber ler, é aprender a andar de bicicleta, é ser um pequeno filósofo, levantando grandes questões que parecem não ter resposta. Mas por quê? Por quê? <o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">É esperar pelo natal, e ele nunca chega. E esse misterioso Papai Noel? Ouvi dizer que não existe, mas eu já vi! Será que descobri um segredo que nenhuma criança sabe? <o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">Lembro do cheiro de pipoca doce na saída da escola quando eu tinha oito anos. E de acreditar que o país das maravilhas era no fundo do meu quintal, com suas árvores enormes e tantas flores diferentes, algumas dormiam quando a gente tocava nelas, e só acordavam segunda-feira! <o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">Por que existe bicho com cara de palhaço? Cen-to-péia! Porque se eu encostar o dedo nela dói? Porque a manga da blusa tem o mesmo nome da fruta da mangueira? Por quê?<o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">E nesse mar de fantasias sem pé nem cabeça, entre casas engraçadas, sem teto e sem chão, e perguntas infinitas, nós viajávamos. Até crescer e esquecer de perguntar os porquês. Qualquer resposta nos satisfaz, e não questionamos mais. Por quê?<o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">Por que o céu é azul? Me explica a grande fúria do mundo. <span style="mso-spacerun:yes"> </span>Por que existe fúria no mundo? Ele não é um país das maravilhas. Por que as pessoas só são felizes pra sempre nos contos de ficção? Como se escreve reveillon? <o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">Well, well, well, Gabriel...<o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">Por que os dedos murcham quando estou no banho? O que significa “Impávido colosso”?<o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">Não sei, vamos aprender juntos?<o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">Por que os ossos doem enquanto a gente dorme? Por que as ruas enchem quando está chovendo? <o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">Porque é isso que acontece se a gente jogar lixo no chão. <o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">Por que as unhas crescem? Por que o vidro embaça? <o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">Não sei, nessa você me pegou.<o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">Porque os dentes caem? Por onde os filhos saem? <o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">Ops...Vamos chamar seu pai pra explicar?<o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><em><span style="font-style:normal; mso-bidi-font-style:italic"><o:p> </o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">Se as nossas perguntas que afundam sem respostas fossem tão simples quanto as que circundam o universo de uma criança, seríamos mais confiantes das respostas. Mas seríamos mais felizes? <o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><em><span style="font-style:normal;mso-bidi-font-style:italic">Perdemos com o tempo, a nossa capacidade de questionar indeterminadamente. Hora ou outra, cedo ou tarde, uma resposta qualquer vai bastar para nos calar. Onde foi parar a magia? Até bem pouco tempo atrás poderíamos mudar o mundo. Quem roubou nossa coragem? <o:p></o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><em><span style="font-style:normal; mso-bidi-font-style:italic"><o:p> </o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><em><span style="font-style:normal; mso-bidi-font-style:italic"><o:p> </o:p></span></em></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Por que deitar agora? É tarde, e você tem que ir pra escola amanhã.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Por que as cobras matam? Elas só se defendem, quando se sentem ameaçadas.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Do que é feita a nuvem? De algodão doce. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Do que é feita a neve? Aposto que é de sorvete.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Quem é Jesus Cristo? O melhor Homem que já existiu.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Quanto é mil trilhões vezes infinito? Por que o fogo queima? Por que a lua é branca?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Por que o sangue corre? Por que você se pinta? Por que que a gente espirra? Por que que a gente morre?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Muitas perguntas não tem respostas, sabe. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Mas por quê? <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Eu gostaria de saber. Com o tempo, você entende. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- E por que o tempo passa? </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">- Well, well, não sei Gabriel, não sei. Queria ficar aqui pra sempre. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal">By Mônica </b>(A mãe do Gabriel, que um dia vai existir.)</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Link da Letra:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://letras.terra.com.br/paula-toller/211582/">http://letras.terra.com.br/paula-toller/211582/</a></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-9200700687045615592010-11-05T18:18:00.000-07:002010-11-05T18:19:21.892-07:00"Vento no Litoral" (Legião Urbana)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TNSs4tCw-LI/AAAAAAAABEE/gcPTFHgebuY/s1600/vento+no+litoral.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 267px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TNSs4tCw-LI/AAAAAAAABEE/gcPTFHgebuY/s400/vento+no+litoral.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5536239932109027506" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Hoje acordei num dia daqueles. Dia cinza, árvores dançando com o vento e um baú de memórias se abrindo, bagunçando meus sentimentos desorganizados, que custam a se comportar. Eles insistem em não esquecer, o que fez com que até a terapia não tenha trazido resultado.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Era tarde nostálgica, como as preferidas de Anne. Ela adorava filosofar sobre as inquietudes do mundo ao som do sino dos ventos. Em dias como hoje, sinto mais falta dela do que nos demais. Pareço estar num vazio infinito. E hoje, isso pode piorar. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Abro gavetas, procurando por fotos, por cartas, por lembranças. Por qualquer coisa que Anne tenha tocado. Por algo que ainda tenha o cheiro suave das mãos dela. Por algo que ela tenha quebrado na tentativa de consertar, e eu guardei, porque eu nunca ficava bravo, era um eterno colecionador das suas desventuras. Acho a foto. Aquela, onde ela está mais radiante. Foi nosso primeiro dia junto ao mar, pelo menos daquela forma. E ela parecia criança com brinquedo novo, quando viu os cavalos- marinhos num lago formado pelo mar entre as pedras. Adorávamos ver o pôr-do-sol ali, sorrindo, nos amando e amando mais nossas existências por termos um ao outro. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Hoje isso é apenas fotografia antiga na minha gaveta, se apagando com o tempo, como provavelmente se apagará o rosto de Anne da minha memória com o passar dos anos e o avançar da idade, e não poderei evitar. E isso acaba comigo. Me mata um pouquinho a cada dia, com a tentativa de que morrendo em vida, eu possa ter direito a um último desejo e vê-la novamente, com o intuito de nessa condição, estar mais perto dela, mesmo sem poder tocá-la. E o sorriso vai ficando fraco, como a fotografia que não tem a mesma luz de outros tempos. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Todos sempre acharam louca demais a nossa história. Insana demais para dar certo. Quantas pessoas você conhece que encontram o amor de suas vidas de cara e são felizes para sempre?<span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E quando nos encontramos no universo imenso, achamos o nosso próprio espelho. E largamos o mundo, para podermos segurar um ao outro. Casamos, porque nos amávamos. Tivemos um filho, porque dividir o amor por dois era insuficiente e precisávamos estender isso para uma parte em comum de nós dois, a fusão de um amor que não tem fim.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">“Tudo muito precipitado” - é o que todos diziam. E não ligávamos, e fazíamos tantos planos, que uma vida inteira não parecia suficiente para pôr em prática. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E agora, tenho que criar forças nessa tarde vazia, e eu não quero ir lá, onde todos vão no dia de hoje. Não é lá que vou encontrar ela. Ela era diferente, e marcou pela eternidade nossos encontros à beira mar. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E subi nas pedras, as mesmas de sempre, deixando o vento no meu rosto levar com ele a dor que parece nunca ter passado. Sei que faço isso pra esquecer. “Já fazem três anos, cara” – digo a mim mesmo. E a linha do horizonte me distrai. E dá um aperto no peito quando sinto falta dos planos que fazíamos, diante de um futuro planejado.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Eu sei, não foi minha culpa. Fiz tudo o que pude. Ela não me culpa. Mas deveria ser eu, não ela. Não depois do que houve ao nosso bebê. O pra sempre, sempre acaba...Mas nada vai mudar o que ficou. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E do meu lado, ninguém. Ninguém pra olhar comigo na mesma direção. Sinto sua falta todos os dias, Anne. Aonde está você agora além de aqui, dentro de mim? Quando penso em alguém, só penso em você.<span style="mso-spacerun:yes"> </span><span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">O mundo nunca entendeu o que só nós podíamos sentir. E agimos certo, sem querer. Foi só o tempo que errou. Ele te tirou de mim cedo demais. Está muito difícil sem você, porque você está comigo o tempo todo. E lembro das suas conversas insanas que me arrepiavam, dizendo pra seguir em frente e ser feliz, caso você não pudesse estar comigo. As ondas quebram mais forte nas pedras, e eu lembro que a vida continua, mesmo contra a minha vontade. E você dizia, que se entregar é para os fracos, não passava de bobagem. Lembra que o plano era ficarmos bem? Mas eu não consigo seguir sem você, Anne. Já que você não está aqui, o que posso fazer é cuidar de mim. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Ei, olha o que tem aqui. Cavalos marinhos. Lembra?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Me levanto, e dou mais um adeus, entre tantos. E deixo a onda me acertar. E o vento vai levando tudo embora... </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal">By Mônica<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Link da Letra:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/22505/">http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/22505/</a></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-1986873794397886512010-09-23T11:28:00.000-07:002022-02-09T18:38:00.924-08:00"Pedra, Flor, Espinho" (Barão Vermelho) X "Pense e Dance" (Barão Vermelho)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TJuca7Pir-I/AAAAAAAABDs/c16-TVJJkiU/s1600/rosa+espinho.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 353px; height: 400px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TJuca7Pir-I/AAAAAAAABDs/c16-TVJJkiU/s400/rosa+espinho.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5520177754666086370" /></a><p class="MsoNormal"><i><span class="Apple-style-span" >“Aprendi com a primavera a deixar-me cortar e voltar sempre inteira”<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal"><i><span class="Apple-style-span" >(Clarice Lispector)</span><o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Primavera chegou, e eu sempre volto a falar de flores, ou pelo menos tentar. Daí, fiquei a pensar em músicas que me trouxessem flores para as pautas que eu vou rabiscar, e lembrei do meu primeiro post aqui, que falava justamente sobre flores, onde usei músicas especiais, de Titãs, Legião e Barão. Ah! Barão! Tem aquela música legal...Que fala de flor, mesmo que metaforicamente, ou apenas no nome. Com o que combinar uma letra tão boa? Depois de várias “finalistas”, enfeito o jardim que começa a florir nessa primavera, com “Pedra, flor, espinho” e “Pense e dance”, ambas do Barão Vermelho. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Mas que flores são essas que não falam de amor, e só falam de desejo? E quem disse que não há desejo no amor? São aquelas teorias furadas de que o amor é o “sem graça”, “sem fogo”, “água com açúcar”, o inocente e intocável dos sentimentos. O oposto daquela tal de paixão, a avassaladora que tira a pureza e o juízo de quem ousa pensar em seu nome. Blá, blá, blá, tudo besteira, fingimento e encenação, visto que amor é continuidade da paixão, tanto quanto letra e melodia, sol e calor, chuva e arco-íris. E essas “flores” falam disso. Primavera desperta aquela sensação de romantismo, Romeu e Julieta, com açúcar e afeto, que só acenderá o fogo quando o verão chegar, com o seu calor e desejo de sentimentos ardentes numa noite quente à beira mar. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Como eu sou ansiosa e intensa em tudo que eu sinto, eu promovi a primavera, parafraseando os meninos do Barão, que dizem que hoje não querem ver o sol. E eu desprezo os dias cinzentos, vou pra noite, tudo vai rolar (“A noite vai ser boa, e tudo vai rolar...”). Saudações a quem tem coragem, aos que tão aqui pra qualquer viagem. Automóveis piscam os seus faróis, sexo nas esquinas, violentas paixões. Não é disso que nos alimentamos hoje em dia? Sair e ver no que vai dar. Compromisso pra que, se de tudo posso aproveitar um pouco, sem a nada me apegar? </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Pra que perder tempo desperdiçando emoções? Não fique esperando a vida passar tão rápido, pois se você quiser, tudo pode acontecer no caminho. E não me diga não, não me diga o que fazer, sou eu quem escolho e faço os meus inimigos. E as minhas verdades eu invento sem medo, não me venha falar de medo, todo mundo tem um pouco de medo da vida. Eu não esqueço de quem um dia amei, e não penso em tudo que já fiz. Não me fale de você. Fale de você. Que eu quero ver você, e exorcizo as minhas fantasias. Quero te satisfazer, ser o seu maior brinquedo.<span style="mso-spacerun:yes"> </span>Eu faço tudo pelos meus desejos, para que grilar com pequenas provocações, se esse seu ar obscuro é o meu objeto de prazer? </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Eu quero te ter, ataco se isso for preciso. Alimento todos os desejos, e se você quiser, eu bebo o seu vinho. Não me diga não, o seu instinto é o meu desejo mais puro, e o meu coração é só um desejo de prazer, e eu rasgo o couro com os dentes. Não quer flor, não quer saber de espinho. Mas se você quiser, sou pedra, flor, espinho. E beijo uma flor sem machucar. Nenhum desejo pode ser mais excitante do que amar de verdade. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Penso como vai minha vida - Vida vazia, de jogos de poder. Eu que domino, mas não sou egoísta. É que o mundo é o meu eixo pra eu girar em torno de mim mesmo - Olhos negros, olhos negros. Olhos que procuram em silêncio, ver nas coisas, cores irreais. E eu aproveito pra sonhar enquanto é tempo, pois a felicidade é um estado imaginário. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Saudações a quem tem coragem, e não me venha falar de medo, pois é preciso pensar – antes de descartar um coração com desejos puros. E dançar - conforme a música da vida, que passa tão rápido. Desprezando dias cinzentos, beijando flores sem machucar. Deixando-se cortar pelos espinhos, e voltando inteiro para quem um dia amei. Sendo pedra, flor, com sonhos, enquanto é tempo. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal">By Mônica <o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal">Links das Letras:</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><a href="http://letras.terra.com.br/barao-vermelho/44429/">http://letras.terra.com.br/barao-vermelho/44429/</a></p> <span style="font-size:12.0pt;font-family:"Times New Roman";mso-fareast-font-family: "Times New Roman";mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR; mso-bidi-language:AR-SA"><a href="http://letras.terra.com.br/barao-vermelho/79053/">http://letras.terra.com.br/barao-vermelho/79053/</a></span>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-18702332922882922132010-09-17T15:34:00.000-07:002022-02-09T13:57:40.329-08:00"A Câmera que Filma os Dias" (Ana Carolina) X "Relicário" (Nando Reis) </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">A luz que eu vi naquele dia escuro e ruim, que era uma tarde linda que não queria se pôr, era luz por encomenda para te filmar. E através de teus gestos solitários pela lente sem fim, você invadia mais um lugar onde eu não vou. E eu, entre milhões de vasos sem nenhuma flor, via as ilhas dançando sobre o mar. Mas lento, o tempo parecia desfocar. E tanta coisa e<div class="separator" style="clear: both;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjGl_V26WmvfEDgx7r-C3HnDcNYDRZHkWFLYQ0btsAm-V3vsqXdHSbnO1H635V98VzJ5DnGsTsTp7QXZmwdqT8TPkhxyphPm4ofZGm95AwPifUs0w7BAHjlCBNR2z7nJZEd2zFsb369QoKJZDS-JhHeDq3Z98_BRZZodeIBzYvH0LClqiw7KbhC3w=s400" style="display: block; padding: 1em 0; text-align: center; "><img alt="" border="0" width="320" data-original-height="300" data-original-width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEjGl_V26WmvfEDgx7r-C3HnDcNYDRZHkWFLYQ0btsAm-V3vsqXdHSbnO1H635V98VzJ5DnGsTsTp7QXZmwdqT8TPkhxyphPm4ofZGm95AwPifUs0w7BAHjlCBNR2z7nJZEd2zFsb369QoKJZDS-JhHeDq3Z98_BRZZodeIBzYvH0LClqiw7KbhC3w=s320"/></a></div>scapa sem o olho ver, e o mundo está ao contrário, e ninguém reparou. E eu te vi assim, sem jeito e sem querer. E isso foi o tiro certo para começar nosso enredo.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Não lembro o dia em que isso tudo comecei, mas era um dia de inverno quando você chegou, e se não fosse seu abraço, compraria um moletom. E eu tinha medo de ser um tipo ensaiado, não inventa pose que eu fico invocada. E a lua corria, porque longe vai? Sobe o dia tão vertical, o horizonte anuncia com o seu vitral, que eu trocaria a eternidade por essa noite. Porque está amanhecendo? Peço ao contrário ver o sol se pôr. Porque está amanhecendo? Se não vou beijar seus lábios quando você se for. Como meu dia vai nascer feliz?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E entre o sonho criar asas, na iminência ou não de virar realidade, a vida ia passando no seu vai-e-vem, mas não demora, a porta já fechou ali no armazém. Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me falta? Essa imagem não se cansa de me assaltar. A câmera que filma os dias tomou conta de mim, e passei aquele inverno inteiro a te focar. O que está acontecendo? Eu estava em paz quando você chegou. Sua cartilha tem o A de que cor? O mundo é azul? Qual é a cor do amor? </p> <p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;text-indent:35.4pt; line-height:12.0pt">E entre trocas de afeto e juras de amor, foi crescendo a sensação de que a vida é melhor, agora que você está no mundo. E eu não quero nada pra mim, eu vim pelo que sei, e pelo que sei, você gosta de mim. E eu guardei a canção que eu fiz pra você pra você não esquecer que eu tenho um coração, e é seu. Por isso eu te transformei nessa canção, pra poder te gravar em mim, como um filme todo em câmera lenta. Porque eu acho que eu gosto mesmo de você, bem do jeito que você é. </p> <p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;text-indent:35.4pt; line-height:12.0pt">E o que você está fazendo? Um relicário imenso desse amor. Quem nesse mundo faz o que há durar? Pura semente dura: o futuro amor. Eu sou a chuva pra você secar. Pelo zunido das suas asas você me falou. O que você está dizendo? Milhões de frases sem nenhuma cor. O que você está fazendo? Por que é que está fazendo assim? </p> <p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;text-indent:35.4pt; line-height:12.0pt"> O mundo começa agora. E o amor tem sempre a porta aberta, e vem chegando a primavera. Nosso futuro recomeça. Venha, que o que vem, é perfeição. </p> <p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;text-indent:35.4pt; line-height:12.0pt">E o desfecho? Tenho ainda nas paredes que grafitei. A câmera que filma os dias deu um giro e parou. Na nossa história, que não estará pelo avesso sem final feliz. Desde que você chegou, o meu coração se abriu. Hoje eu sinto mais calor e não sinto nem mais frio. E o que os olhos não vêm, o coração pressente. Mesmo na saudade você não está ausente. E em cada beijo seu. E em cada estrela do céu. E em cada flor no campo. E em cada letra no papel. Que cor terão seus olhos? E a luz dos seus cabelos? </p> <p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-indent:35.4pt;line-height:12.0pt">Só sei que vou chamá-lo...amor.</p> <p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-indent:35.4pt;line-height:12.0pt">
</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i><span class="Apple-style-span" ></span><o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal">By Mônica <o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Links das Letras:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://letras.terra.com.br/nando-reis/47567/"><span><span class="Apple-style-span" >http://letras.terra.com.br/nando-reis/47567/</span></span></a></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p><span class="Apple-style-span" > </span></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://letras.terra.com.br/totonho-villeroy/302549/"><span><span class="Apple-style-span" >http://letras.terra.com.br/totonho-villeroy/302549/</span></span></a></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-28540205231867963582010-09-08T20:56:00.000-07:002010-09-08T20:58:36.279-07:00"Notícias Populares" (Ana Carolina) X "Panis et Circenses" (Os Mutantes)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TIhbBm9_WlI/AAAAAAAABCw/ehHfI3CDQLs/s1600/panis+et+circenses.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 181px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TIhbBm9_WlI/AAAAAAAABCw/ehHfI3CDQLs/s400/panis+et+circenses.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5514757826913720914" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">A idéia para a semana era óbvia como uma equação matemática: falar sobre a independência na semana da independência, onde todos fogem dos desfiles e tudo mais, mas aproveitam o feriado, é claro. Mas difícil foi fazer a escolha, se alegrar com ela, depois de mudar mil vezes e chegar numa escolha nada prevista, porém aceita, devido ao apressar da carruagem: “Notícias Populares”, da Ana Carolina e “Panis et Circenses”, dos Mutantes ilustres na música brasileira, Caetano e Gil.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Ok. Músicas escolhidas. Ops...Mas e a idéia da Independência? Quá. Acho que foi pro brejo, como o nosso país e o respeito que deveríamos ter por ele, em unanimidade, não só em minorias em extinção. <span style="mso-spacerun:yes"> </span><span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Panis et circenses, ou no melhor, curto e grosso português: Pão e circo. Que é o que os governantes do nosso país nos oferecem como recompensa e atrativo por termos usado nosso poder de mudança pra votar em quem continua a fazer o mesmo que foi feito até agora – porcaria nenhuma. Mas isso não vem ao caso, parabéns pra nós, os donos do poder em uso inadequado. É por isso que devemos ler os manuais de instruções, eles sempre explicam os problemas decorrentes, está tudo ali, compre se quiser. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Ana fala de Notícias Populares, aquilo que atrai o povo – Pão e circo, lógico. Comer porcarias e rir de besteiras, ou vice-versa. É o que a alienação nos permite querer, numa era onde se idolatra o sensacionalismo e nos importamos mais com as crises internacionais (quando pensamos em nos preocupar com alguma causa) do que com a nossa própria desgraça. Mas quem vai querer se importar com a pobreza tirando o seu sarro? O meu vidro já está todo blindado. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Podemos até esquecer a crise da Argentina, mas lá pelas Globos, Bands e Records da vida, temos notícias sobre o Onze de setembro e o Iraque aparecendo até nas TVs das lanchonetes. E quem procura saber se a água se acaba, e se há mendigas descabeladas dormindo na vertical em épocas onde o Código da Vinci ( ou código da Venda) é tão popular quanto os Nikes, bikes, Cocas lights e canivetes do camelô em cheques pré-datados que não estipulam datas para finalizar a nossa miséria material e intelectual? No dia <st1:personname productid="em que S. Eliot" st="on"><st1:personname productid="em que S." st="on">em que S.</st1:personname> Eliot</st1:personname>, Velvet Underground e Manoel de Barros forem notícias populares, as pessoas vão parar de viver fazendo proveito apenas do pouco que restar. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Os mutantes terráqueos falam das pessoas da sala de jantar. Essas pessoas da sala de jantar. São as pessoas da sala de jantar. Que só estão preocupadas em nascer e morrer, nada que aconteça nesse mero intervalo de tempo chamado vida. Não se importando com as canções cantadas iluminadas de sol, tampouco com os panos soltos sobre os mastros no ar e os tigres e leões soltos no quintal. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Enquanto estivermos mergulhados nessa inércia mental que nos faz sermos essas pessoas na sala de jantar encenando papéis decorados, preocupados somente em nascer e morrer, as notícias populares vão continuar voando pelos ares e ninguém sabe se alguém recua ou se alguém invade. Se alguém tem nome ou se alguém tem fome, pois tanta gente vive só com o que dá pra aproveitar. E não adianta plantar folhas de sonho no jardim do solar, pois as folhas sabem procurar pelo sol, mas nós não sabemos procurar por nós mesmos. É querer demais procurar um ideal, um sonho e uma independência que nunca virá enquanto formos dependentes de cenários pré-montados com desfechos programados em falsos finais felizes com aplausos de pé. Pão e circo cansa, e é pra controlar marionetes, felizes com um cantinho pra deitar e uma bola pra acalmar. Mesmo que seja tudo forjado. Mesmo que seja tudo bossal. Mesmo que seja tudo absurdo. ‘Tudo errado, mas tudo bem...” </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Eu furo os planos, eu furo o dedo, “mando vê”, aperto o passo, eu não sou louca. É que tomei um tiro no vidro do meu carro. E quando a pobreza leva meu dinheiro e meu livro caro, deixo que façam bom proveito da grana que roubaram, porque eu trabalho e outro dinheiro eu vou ganhar. Pra que me importar então? Vou ser só mais uma pessoa no ilustre banquete na sala de jantar, apenas preocupada em nascer e morrer, porque o resto exige potencial de mudança demais, e isso pode dar indigestão, nada pode estragar a festa na sala de jantar.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Mandei fazer de puro aço luminoso punhal para matar o meu amor e matei, às cinco horas na avenida central. E ninguém se chocou, afinal, tudo se acaba, olha o noticiário. Como a vida de alguém se acaba antes do final? São as pessoas da sala de jantar. Mas as pessoas da sala de jantar. São ocupadas em nascer e morrer. Independência? Não, não sei o que é...Me dá mais pão? O espetáculo vai começar. Sem segundo turno, espero. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal">By Mônica<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Links das Letras:</p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><a href="http://letras.terra.com.br/ana-carolina-seu-jorge/476360/">http://letras.terra.com.br/ana-carolina-seu-jorge/476360/</a></p> <p class="MsoNormal"><a href="http://letras.terra.com.br/mutantes/47544/">http://letras.terra.com.br/mutantes/47544/</a></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-51130410993314863452010-08-25T19:08:00.000-07:002010-08-25T19:09:49.517-07:00"Astronauta" (Lulu Santos/Gabriel O Pensador) X "O Astronauta de Mármore" (Nenhum de Nós)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/THXMspFQDhI/AAAAAAAABCg/4YUyNe0Phyw/s1600/astronauta2.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 390px; height: 372px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/THXMspFQDhI/AAAAAAAABCg/4YUyNe0Phyw/s400/astronauta2.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5509534786471857682" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">“ - O que você quer ser quando crescer, Aline?” </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">“ – Astronauta!!!”</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">“ – Mas porque Astronauta?”</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">“ – Por que eu vivo no mundo da lua!!!”. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Quem na infância, sob diferentes justificativas abstratas, não quis ser astronauta? Ver a Terra de longe, grande e azul, e milhares de vidas acontecendo na sua frente, e você só enxergando imensidão, estrelas cadentes e...Quem sabe não vê um extraterrestre ou um OVNI? E se eu descobrir um planeta novo onde existem pessoas como nós? </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Eu sei, é muita ficção num mundo que já é uma novela por si só, mas são hipóteses que vagueavam pelo meu imaginário, no meu “Eu” de oito anos de idade. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Vamos falar do post dessa semana, e de músicas que eu aprendi a gostar em momentos diferentes, viajando nas letras como se fossem a minha nave especial. Vai que o mundo das maravilhas com o qual eu sonho não se encontra na Terra, mas existe em algum lugar? Viajando pelo universo infinito, peço carona ao “Astronauta” que é uma parceria entre Lulu Santos e Gabriel, O pensador e “O Astronauta de Mármore”, do Nenhum de Nós. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Começo pelo Astronauta de Lulu e Gabriel, que sente falta da Terra, mesmo tendo guerra, gente no bagaço, morrendo de cansaço de tanto lutar por um espaço, e ele lá com o espaço inteiro à sua disposição, quer voltar aqui pro chão, e pra toda essa nossa grande ignorância e nossa vida mesquinha, pois a solidão é tão lacerante que ele prefere essa vida difícil daqui, e o negócio tá feio, tá todo mundo feito cego em tiroteio. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E enquanto as pessoas olham pro alto procurando salvação e orientação, ele está perto de Deus, sabendo as respostas das grandes perguntas e não quer mandar tudo pela internet. Não adianta querer se livrar do peso da responsabilidade, a gravidade somos nós quem construímos, com toda nossa loucura, nossa tortura que nos permite conseguir sobreviver no meio do ódio, mentira e ambição.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span style="mso-spacerun:yes"> </span>E só estando face a face com a solidão, se percebe que nesse planeta doente, só nós podemos achar a cura pra cabeça e o coração da gente, e aí sim, seremos alguma criatura inteligente, como buscamos achar no espaço, definindo-os como nossos similares. Mas vida inteligente é algo longe de existir nessa merda de lugar, então não me mande nenhum e-mail com notícias, porque eu tô de saco cheio e vou me desconectar.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">É tanto progresso que eu pareço criança, porque tudo evolui e nada cresce? Engatinho nessa loucura, a Terra é um planeta em extinção. É minha conclusão, nesse mundo de muita gente, onde só se encontra solidão. Cada um de nós dentro da sua própria bolha, em nossas redomas inquebráveis, nos fechando em solidão sem perceber, e fugindo dela, querendo voltar pra Terra. Estamos na Terra o tempo todo, querendo sobreviver, sem colocar os pés no chão e sonhando alto demais, nossos sonhos egoístas e mesquinhos, que valem pouco para repartir. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Vivendo no mundo da lua, no escuro deserto do céu, como astronautas de mármore. Queremos fugir da solidão, mas não usamos o machado pra quebrar o gelo. Queremos dar uma volta na nave, estamos de mala pronta, de partida, com a passagem só de ida, preparados pra seguir viagem, prontos pra decolar, mas a trajetória escapa o risco nu e as nuvens queimam o céu, nariz azul. Será que tenho uma chance de tentar viver sem dor? Vivendo fora de órbita, temos que assumir o risco que o vácuo nos traz e não podemos querer estar aquém do mundo ouvindo as vozes do rádio. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Sempre estar lá e ver ele voltar, não era mais o mesmo, mas estava em seu lugar. Que bicho te mordeu aí na lua, astronauta, que te fez querer voltar? Você não está feliz onde você está? <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">A lua inteira agora é um manto negro, estrela por aqui é o que não falta. A lua o lado escuro é sempre igual. E o mundo da lua é feito um motel, aonde os deuses e deusas se abraçam e beijam no céu. E observando tudo a distância, como a Terra é pequenininha. E no espaço, a solidão é tão normal...Desculpe estranho,eu voltei mais puro do céu. O tolo teme a noite, como a noite vai temer o fogo. E o fim das vozes no meu rádio, me fizeram acordar do sonho agora mesmo. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Nós, na Terra, olhamos pro céu e pedimos paz. Queremos viajar sem volta, pra um lugar que nos afaste desse pequeno universo de mentes inteligentes que transbordam loucuras e torturas e não são capazes de absolver a própria solidão. Antes só do que acompanhado demais. Porque preferimos reduzir nossos valores e multiplicar os bens. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Nós, no céu escuro, olhamos pra Terra e sentimos falta. Queremos voltar, pedimos notícias, a solidão é de matar. Como acabar com a solidão do mundo se não somos capazes de resolver nossas dores particulares? Cultivamos o deserto, e não aprendemos a nos curar. O simples mistério de amar. Como os deuses e deusas, no céu...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E o Astronauta, não é de mármore. Apenas de carne, osso, mente e coração. Porque eu não fiquei por lá, que era o melhor a fazer? Com todo aquele espaço na mão, agora eu olho pra lua implorando por paz. Vou chorar sem medo, vou lembrar do tempo de onde eu via o mundo azul...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal">By Mônica <o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Links das Letras:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://letras.terra.com.br/nenhum-de-nos/28026/">http://letras.terra.com.br/nenhum-de-nos/28026/</a></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://letras.terra.com.br/gabriel-pensador/65577/">http://letras.terra.com.br/gabriel-pensador/65577/</a></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-52994714029162421022010-08-18T20:36:00.000-07:002010-08-18T20:37:41.805-07:00"Bandeira" (Zeca Baleiro) X "Móbile no Furacão" (Paulinho Moska)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TGymxzM8vGI/AAAAAAAABAs/gNJ9vD8q21A/s1600/balao.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 395px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TGymxzM8vGI/AAAAAAAABAs/gNJ9vD8q21A/s400/balao.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5506959818855595106" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="apple-style-span">Depois de algum tempo em ócio mental, o retorno é sempre esperado, e ao mesmo tempo, temido. Fica aquela sensação de que desaprendi a escrever, porém isso é besteira, pois um dia eu vou aprender, por enquanto eu só rabisco. Então, pensei em uma música que há tempos quero usar. E não sabia o que casaria com ela. E lancei essa dúvida ao Eduardo, e ele me devolveu com uma resposta que dei à ele, quando ele me questionou sobre o mesmo fato: <span style="mso-spacerun:yes"> </span>“a ponte somos nós quem fazemos”. Então, lembrei de uma outra música, que gosto de longa data, e que por tempos teve uma frase de impacto que me definia, e acho que ainda define, um pouco. Ou muita coisa. Então, vamos lá tentar fazer as pontes, entre “Bandeira” de Zeca Baleiro e “Móbile no Furacão”, de Paulinho Moska.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="apple-style-span">Começo pelo Zeca, que foi minha idéia inicial, por eu não querer passar agosto esperando setembro (se bem me lembro). Mas fato é que setembro é um mês especial pra mim, e agosto...Bem, agosto é agosto, e todo mundo lembra de azar, então que venha setembro e a primavera, pro nosso futuro recomeçar. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><st1:personname productid="Em sua Bandeira" st="on"><span class="apple-style-span">Em sua Bandeira</span></st1:personname><span class="apple-style-span">, nome que remete a várias idéias, ele fala de expectativas, amor, entrega, insatisfação. Bandeira, que ele dá pra mulher, mostrando que a quer, sem esconder isso de ninguém. Bandeira como de um time, de uma nação: ele leva de cabeça erguida, e estampada em sua face, que não é de meios desejos e não se satisfaz com metades, como Moska diz em uma outra letra sua “A Seta e o Alvo”.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="apple-style-span"><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Ele não quer ver você cuspindo ódio, fumando ópio e chorando veneno, mesmo que seja pra sarar a dor. Ele não quer beber seu café pequeno, já que tem sentimentos grandes. Ele não quer o impossível – braço da Vênus de Milo* acenando tchau. Ele não quer o que ele não consegue reter – o Tejo** escorrendo das mãos. Ele não quer analisar os fatos e viver de expectativas – Pra que medir a altura do tombo e passar agosto esperando setembro, se o melhor futuro é esse hoje escuro, misterioso e sem amanhã?<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="apple-style-span">Moska, que como eu, é um móbile solto num furacão, e “Qualquer calmaria me dá solidão...”, diz que não é o mesmo de ontem e que a pessoa que ele amou não o reconhece mais. E tudo que ele possa fazer ou dizer já não satisfaz. Mas você não percebe que quando eu mudo é porque estou vivendo <b style="mso-bidi-font-weight:normal">cada segundo e você</b> como se fosse uma eternidade a mais. Nada tenho vez em quando tudo. Tudo quero mais ou menos quanto.<span style="mso-spacerun:yes"> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="apple-style-span">Ele tentou mudar de nome pra que não pudesse ser achado nem por si mesmo, mas por ironia a sua vida o levou de volta ao ponto de partida, como se nunca tivesse saído de lá. E nesse efeito bumerangue, ele se viu sozinho, como um móbile na calmaria, buscando o furacão, que só estava presente quando algo o tirava de seu próprio eixo. Como quando a âncora de seu navio encosta no fundo, se acende o pavio e detona sua explosão, lançando a outros lugares e novos presentes, todos levando ao mesmo lugar: o maior desejo da boca, que é o beijo. Vida, vida, noves fora, zero. E fazendo a prova real da vida, pra ter certeza, eles querem tudo, cada um a sua maneira. Seja um furacão que afaste a calmaria. Seja o Guanabara, o Rio Nilo***, tua língua em meu mamilo, água e sal, suor e uma eternidade a mais. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="apple-style-span">Eu não quero aquele, eu não quero aquilo. Que me faz passar o presente esperando o futuro, que é escuro e menos saboroso. Eu não quero calmaria e solidão. Eu sou um móbile, e preciso de um furacão para me lançar a novos presentes. Ninguém me sente, se bem me lembro. Porque não me satisfaço só com metades. Quero viver, quero ouvir, quero ver. Quero tudo ter, estrela, flor, estilo, pois somente eu posso saber o que me faz feliz. Se é assim, quero sim, acho que vim pra te ver. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span">* Vênus de Milo, ou Afrodite, como é conhecida a deusa do amor, em sua escultura, não possui braços.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span">** Tejo é um Rio conhecido por ser grande em extensão. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span">*** Nilo é um Rio que era considerado o maior do mundo, e perdeu o posto para o Amazonas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><b style="mso-bidi-font-weight:normal">By Mônica <o:p></o:p></b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span">Links das Letras:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style=" Trebuchet MS";font-family:";font-size:10.0pt;color:#666666;"><o:p> </o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><a href="http://letras.terra.com.br/paulinho-moska/48074/">http://letras.terra.com.br/paulinho-moska/48074/</a></p> <p class="MsoNormal"><a href="http://letras.terra.com.br/zeca-baleiro/49376/">http://letras.terra.com.br/zeca-baleiro/49376/</a><span class="apple-style-span"><span style="Trebuchet MS"; font-family:";font-size:10.0pt;color:#666666;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal"><span class="apple-style-span"><span style=" Trebuchet MS";font-family:";font-size:10.0pt;color:#666666;"><o:p> </o:p></span></span></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-66303560369340012452010-08-04T18:47:00.000-07:002010-08-04T18:53:37.411-07:00"Saudade" (Vinícius de Moraes), Por Jade<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TFoY1waWXKI/AAAAAAAAA_8/IMpMiOTg8Sk/s1600/post+jade.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 307px; height: 400px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TFoY1waWXKI/AAAAAAAAA_8/IMpMiOTg8Sk/s400/post+jade.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5501737206594034850" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Falar sobre amizade não é difícil...nem fácil.</span></span></span><span class="apple-converted-space"><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> </span></span></span><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><br /></span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">São tão raros os amigos verdadeiros, aqueles que estão sempre ao nosso lado, não importa o que aconteça ou o tempo que passe.</span></span><span class="apple-converted-space"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><br /></span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Aqueles que verdadeiramente sentem a nossa falta quando estamos distantes, os que verdadeiramente torcem pela nossa felicidade, sem competição.</span></span><span class="apple-converted-space"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><br /></span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Os que nos ouvem quando precisamos desabafar, os que falam quando querem nos proteger, nos cuidar. E falam com aquele carinho especial, com aquele jeito de quem vai falando e passando a mão pelo nosso cabelo, como se nos pegassem no colo.</span></span><span class="apple-converted-space"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><br /></span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Alguns passam pela nossa vida, simplesmente passam. E deixam uma saudade imensa, com a qual demoramos a nos acostumar.</span></span><span class="apple-converted-space"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> <o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-converted-space"><span><o:p><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> </span></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Um poema de Vinícius de Moraes diz isso de uma forma linda:</span></span></span><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><br /><br /></span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">“Um dia a maioria de nós irá se separar</span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><br /></span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos compartilhados.”</span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><br /><br /></span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Se isso acontecer, e cada momento for mais raro, teremos as lembranças.</span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><br /><br /></span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">E se um dia meus filhos, ou quem sabe meus netos me perguntarem, vendo aquelas fotos “antigas”, quem são estas pessoas? E estas roupas esquisitas?</span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><br /><br /></span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Após um breve riso direi com orgulho:</span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><br /></span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">- Foram meus amigos, com os quais vivi meus melhores momentos.</span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><br /></span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Neste instante a saudade vai apertar, doer de fato pela ausência.</span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><br /></span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Quem sabe algumas lagrimas de tristeza e felicidade cairão de meus olhos.</span></span><span class="apple-converted-space"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> <o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">É isso: meus amigos com os quais vivi e vivo meus melhores momentos.</span></span></span><span class="apple-converted-space"><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> </span></span></span><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><br /><br /></span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Alguns já não estão mais perto fisicamente, perdi o contato, não sei mais deles. Me deixaram uma saudade imensa. E sempre estarão presentes no meu coração.</span></span><span class="apple-converted-space"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><br /><br /></span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Os presentes, os que estão no meu dia a dia, eu prezo, respeito e cuido. Me são importantes, especiais. E se um dia, a vida nos separar, sei que estarei no coração deles como eles estarão no meu. São eternos em mim.<o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><span><o:p><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> </span></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Link da Letra:</span><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://www.poesiasonline.com/depressivas/saudadevinicius-de-moraes.html"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US">http://www.poesiasonline.com/depressivas/saudadevinicius-de-moraes.html</span></a><span class="apple-style-span"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;mso-bidi-font-style:italiccolor:black;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">Dos textos que fiz este mês para os amigos, o seu talvez seja o mais fácil e o mais difícil ao mesmo tempo... Fácil porque há quase dois anos nos cumprimentamos carinhosamente como “companheiro” e “companheira”. E exatamente por causa deste nosso companheirismo que este pequeno texto é complicado. Nosso companheirismo que no início era baseado em música e simples bate-papos corriqueiros, criou um grande laço afetivo entre nós dois e hoje considero você uma grande amiga, daquelas que podemos contar para todas as horas. <o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">É por isso que fico muito feliz de estar escrevendo sobre você em um (micro) texto sobre amizade.<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">Obrigado por estar presente em minha vida!</span><o:p></o:p></i></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-85183356719215943102010-07-27T19:27:00.000-07:002010-07-27T19:33:36.694-07:00"Que Bom Amigo" (Milton Nascimento), Por Vanessa<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TE-VlsxQ6mI/AAAAAAAAA_k/k01p5ATLHqs/s1600/post+vanessa2.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 273px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TE-VlsxQ6mI/AAAAAAAAA_k/k01p5ATLHqs/s400/post+vanessa2.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5498778144948152930" /></a><p class="yiv360032268msonormal" style="margin-top:0cm;margin-right:0cm; margin-bottom:10.0pt;margin-left:0cm;text-align:justify;text-indent:35.4pt; line-height:14.4pt"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Neste mês que temos o dia do amigo fui convidada mais uma vez pelos donos desse blog a escrever utilizando uma canção que fale sobre o tema amizade. Missão difícil. São muitas as músicas, mas poucas que eu realmente gosto e que estavam disponíveis, já que existiriam outros textos falando de algumas canções. Encontrei a canção “Que bom amigo” do Milton Nascimento, que achei perfeita pra ocasião.</span><span style="font-size:10.0pt;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="yiv360032268msonormal" style="margin-top:0cm;margin-right:0cm; margin-bottom:10.0pt;margin-left:0cm;text-align:justify;text-indent:35.4pt; line-height:14.4pt"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Na amizade mesmo que o tempo passe, mesmo com toda distância, mesmo sem se falar, o carinho continua igual. A amizade é a forma de amor mais pura e verdadeira que existe. O simples fato daquela pessoa existir já faz o mundo melhor. Mesmo sem vê-la sabemos que ela está ali. Nos piores e nos melhores momentos ela estará ao nosso lado, mesmo ausente fisicamente. Amigo de verdade nunca deixa de ser amigo. Pode-se brigar e até parar de falar, se afastar, afinal as pessoas são muito orgulhosas pra perdoar, admitir os próprios erros, compreender o outro... Mas quando há uma amizade verdadeira, e não só uma relação superficial e/ou de interesses, todas as divergências são superadas e a relação volta ao normal, como se nada tivesse acontecido, ou melhor, aprendendo com o que aconteceu. Como diz na canção: “Que bom amigo, poder saber outra vez que estás comigo, dizer outra vez a palavra amigo.... Sentir que tu sabes que estou pro que der contigo. Se bem que isso nunca deixou de ser.” E nunca deixa mesmo. Amigo é aquele que mesmo após uma briga, coisa natural da convivência nos relacionamentos humanos, se você precisar ele estará lá. E só a presença dessa pessoa já faz com que você se sinta seguro, feliz... Amigo é aquela pessoa que nos traz alegria sempre que pensamos nela. Amigo é aquele com quem queremos compartilhar nossas alegrias, tristezas, dúvidas... Com quem queremos compartilhar tudo, ou quase tudo. Amigo é aquele que briga com a gente quando necessário, discorda da nossa opinião se for o caso, cansa de ouvir as mesmas histórias, mas sempre as ouve com toda a paciência do mundo, como se fosse a primeira vez, e repete milhões de vezes os mesmos conselhos que não ouvimos antes, e quando ainda assim fazemos besteira podem até brigar mas também </span><span class="apple-converted-space"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">nos oferecem seu ombro. Amigo também erra, claro, é humano, mas isso não importa. Amigo é aquela pessoa que a presença faz com que nosso rosto se ilumine com um sorriso. Que alivia os sofrimentos da vida em uma conversa. Que nos ajuda a superar os problemas, a ver “uma luz no fim do túnel”, a encontrar soluções. Amigo é aquele que nos traz a vida toda vez que se aproxima de nós, seja pra uma conversa séria, pra “jogar conversa fora” ou pra ficar </span><st1:personname productid="em sil↑ncio. Amigo" st="on"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">em silêncio. Amigo</span></st1:personname><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> é aquele que nunca nos pede nada em troca, nem amizade, está com você pelo carinho que sente, mesmo que esse não seja retribuído, e se alegra com a felicidade do outro. Amigo nunca deixa de ser amigo. Amizade é uma das coisas mais valiosas da vida, nos resta aprender a valorizar melhor o que possuímos, a respeitar, a cuidar, a reconhecer e agradecer o que recebemos e temos, mesmo sem merecermos.<o:p></o:p></span></p> <p class="yiv360032268msonormal" style="margin-top:0cm;margin-right:0cm; margin-bottom:10.0pt;margin-left:0cm;text-align:justify;text-indent:35.4pt; line-height:14.4pt"><o:p><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> </span></o:p></p> <p class="yiv360032268msonormal" style="margin-top:0cm;margin-right:0cm; margin-bottom:10.0pt;margin-left:0cm;text-align:justify;line-height:14.4pt"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Link da Letra:</span><span style=" ;font-size:10.0pt;color:black;"><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://letras.terra.com.br/milton-nascimento/808232/">http://letras.terra.com.br/milton-nascimento/808232/</a></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><b><i><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">V</span></i></b><i><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">amos juntas caminhar<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal"><b><i><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">A</span></i></b><i><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">lém da vida, além do tempo<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal"><b><i><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">N</span></i></b><i><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">os meus caminhos mais brilhantes,<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal"><b><i><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">E</span></i></b><i><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">ncontrei você, pequena notável<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal"><b><i><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">S</span></i></b><i><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">orrindo, chorando, real e intensa<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal"><b><i><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">S</span></i></b><i><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">empre sonhando e ensinando a sorrir<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal"><b><i><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">A</span></i></b><i><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">miga, irmã. Dádiva, Vanessa.<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal"><i><o:p><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;"> </span></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;"> </span></o:p></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-25983647500453421302010-07-27T19:20:00.000-07:002010-07-27T19:24:37.317-07:00"É Preciso Saber Viver" (Roberto e Erasmo Carlos), Por Jean<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TE-URBsM7gI/AAAAAAAAA_c/zmQD88mHNUU/s1600/post+jean.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 300px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TE-URBsM7gI/AAAAAAAAA_c/zmQD88mHNUU/s400/post+jean.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5498776690275184130" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman"">“Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade.”</span></i><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman""><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman"">[Confúcio]<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman"">Tá eu sei, demorei muito para escrever algo que me foi pedido a quase um mês... Mas sabe que pensando bem, eu gosto mais de escrever assim de supetão do que escrever com tudo planejadinho, bem arquitetado e cada palavra escolhida. Gosto do impacto de escrever o que vier a mente, de forma tão espontânea que cometo inúmeros erros de português tantando fazer com que a ponta dos meus dedos acompanhem meus pensamentos. Aliás, pensamentos que andam vagando por mundos desconhecidos e de descobertas incríveis a respeito de... AMIZADE! Eu sei que soa estranho eu dizer que é um mundo desconhecido, mas sinceramente, eu nunca vou entender por que dois seres humanos que biologicamente não tem nenhum laço ou grau de parentesco, ou nem mesmo se conheciam – até o dia em que se conhecem – conseguem cultivar um sentimento tão pleno de... AMOR! Vamos dispensar os pensamentos de amor carnal que pode existir entre amigos de sexos opostos e os pensamentos de mesmo gênero voltados para relações de sexo! Ta, eu sei que Freud associava tudo ao sexo como motivação para todos os sentimentos e atitudes – fosse ele de altruísmo ou rejeição – mas neste momento eu falo de algo mais grandioso que toda essa teoria.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman"">Pois bem, vou tentar explicar melhor meus delírios e devaneios – calma que eu vou chegar à música e ao soneto.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman"">Pense no maior numero de momentos em que você se sentiu muito feliz, momentos que marcaram sua vida de forma positiva. Pensou? Agora pense nos piores momentos da sua vida, aqueles em que você chorou e sentiu-se desprotegido. Lembre-se de quem esteve nos melhores e nos piores acontecimentos... São essas pessoas, ou essa pessoa, que é o seu amigo. Ta, não vamos generalizar, pois, por inúmeros motivos, alguns que te amavam tanto quanto esses poucos que você pensou, não puderam estar ao seu lado em tais momentos de aflição. Mas o fato é que, se pensarmos somente em pessoas com ligações de sangue que são as verdadeiras ligações afetivas e eternas, não achamos uma resposta plausível para explicar o porquê de um “desconhecido” estar ao nosso lado quando simplesmente ele podia se abster de suas dores e cuidar apenas das dele, visto que, na condição humana de ambos, ele também sofre igualzinho a você. E, afinal, ele não tem porquê cuidar de você, nem sequer é de sua família! Como escreveu Vinicius de Moraes em seu “Soneto do amigo”: “O amigo: um ser que a vida não explica”.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman"">Baseado no mesmo soneto e na composição de Roberto Carlos e Erasmo – “É preciso saber viver” –, consegui inspiração para escrever este texto que por pouco não se torna uma desculpa esfarrapada para uma não realização... Mas vamos esquecer o tempo, que o tempo é totalmente dispensável e desconhecido quando estamos entre amigos... E tudo acaba se tornando uma grande brincadeira!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman"">____________________________________________________________<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman"">E ele permaneceu ali (aqui!) comigo, sem hesitar, apenas com um olhar de... <span style="mso-spacerun:yes"> </span>“estamos juntos para o que der e vier”. Eu tenho certeza que sempre que tomávamos um café no fim da tarde ou contemplávamos a noite com filosofias baratas e sem aparente sentido, éramos como se fossemos os únicos amigos, um do outro. Esquecendo que tinhamos outros amigos que nos amavam tanto. Era tudo simples: você era incondicional a ponto de crer que tudo se resolvia com uma imitação hilária e inesquecível de mulher, eu apenas me colocava a sorrir e brindávamos aquele momento. Como eu podia rir tantas vezes da mesma piada? Cara você sabia como ninguém arrancar sorrisos e simpatia de quem quer que fosse! Mas, ainda assim, não tinha muitos amigos. Embora hoje eu veja que o real motivo para os tais poucos era a satisfação que você tinha de estar com as mesmas pessoas, fazendo as mesmas coisas e falando quase sempre dos mesmos assuntos. Você não queria mais, apenas estar ali já lhe bastava e isso era a tal da felicidade para você. Você realmente não tem explicação!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman"">“As coisas são como são.” Você sempre dizia isso no apogeu de suas filosofias negativistas, mas coerentes. E foi como foi. Mas, “eis que surge noutro o velho amigo”. Ganhei amizades tão cuidadosas quanto a sua. Amizades que me deram um novo sentido de ver a vida e entender como dois seres humanos podem ser encantadores com seus defeitos e qualidades. A perfeição de números e comportamento tornou-se até vergonhoso diante de tamanho altruísmo que encontrei pelo caminho. E com esses amigos eu pude beber Fernet¹ na Pedra do Arpoador – a pedra que conta a minha vida em detalhes –, com esses amigos eu pude filosofar sobre a felicidade plena e suas implicações, pude descobrir que pessoas valem à pena, conversei com eles até o amanhecer sem que o assunto terminasse. Percebi que Cazuza escrevia para ele, Renato escrevia para nós – algo que até então eu estava totalmente ignorante. Cara, ainda existem pessoas que te abraçam e dizem que te amam sem pedir nada em troca, beijam seu braço com suas dores e cicatrizes e dizem: Se cuida tá? Te amo Chuchu! É meu caro, não sei o que seria deste pobre ser se tais seres humanos não tivessem ao meu lado quando vi que a vida não era feita de ilusão. Loucura e solidão não são algo do qual irei padecer. As tais “pedras” ficarão pelo caminho, pois mesmo que eu não as retire eles estarão lá para me ajudar a superá-las. E por mais que algumas das minhas flores tenham espinhos, ainda que seja apenas quatro, eu as protegerei do frio e do vento, pois, sei que cada uma delas me protege contra a nevasca, os furacões, retiram os brotos de baobás e reviram meus vulcões.**<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman"">“É preciso saber viver”, mas quando temos amigos tudo fica mais fácil! Não tenho do que reclamar quanto a isso. Somente o que agradecer... OBRIGADO meus amigos!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman"">Dedico este texto a todos os meus amigos (sem citar nomes, para não esquecer ninguém, até porque eles sabem quem são, pois já ouviram de mim que eu os amo), mas em especial ao um irmão “preto”, como carinhosamente chamávamos ele, que deve estar rindo da minha cara me chamando de boiola por escrever um texto dedicado a ele. (rs) Mas como sempre foi e sempre será... Ele está sempre me protegendo... Alex seu preto safado, se tiver internet no céu da uma olhada no blog! rs<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman"">Amo os meus amigos aqui ou em qualquer lugar, porque sem vocês, sem exagero algum, eu não conseguiria absolutamente nada e estaria fadado a loucura e solidão!<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman"">Notas:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman"">¹Fernet<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman"">http://colunistas.ig.com.br/bebidinhas/2008/11/07/fernet-com-coca-cola-o-drinque-nacional-da-argentina/<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman"">²Referência ao livro infantil “O Pequeno Príncipe” http://www.mayrink.g12.br/pp/Cap00.htm<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman"">Link da Letra:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman""><a href="http://letras.terra.com.br/titas/48967/">http://letras.terra.com.br/titas/48967/</a><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:12.0pt; line-height:115%;font-family:"Times New Roman""><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman""><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">Amigo, brou, meu chapa e como não poderia deixar de ser... Companheiro. <o:p></o:p></span></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman""><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">Filosofias de boteco às três e meia da manhã, ombro amigo e abraços espremidos. Como é possível um coração tão grande caber num corpo tão pequeno? Não sei. Você é um enigma, meu amigo. Retribuindo uma frase sua para mim: “Você é uma pessoa essencial na vida de qualquer um...”<o:p></o:p></span></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i><span style="font-size:12.0pt;line-height:115%;font-family:"Times New Roman""><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">Te amo, brou!</span><o:p></o:p></span></i></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-47620737846836468532010-07-20T14:47:00.000-07:002010-07-20T14:54:56.407-07:00"Hey, Amigo" (Cachorro Grande), Por Priscila<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TEYa5EWDttI/AAAAAAAAA_M/dCsOsojCays/s1600/postpri.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 302px; height: 400px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TEYa5EWDttI/AAAAAAAAA_M/dCsOsojCays/s400/postpri.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5496109962973394642" /></a><br /><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family:";font-size:14.0pt;">Falar sobre a amizade é muito complexo. Acredito ser o exemplo mais concreto do sentimento amor. <span></span>E aquilo que é complexo demais, prefiro expressar da forma mais simples possível. Deixo ficar subentendido.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family:";font-size:14.0pt;">O título da música é nada mais que uma chamada entre camadas: Hey, amigo!<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family:";font-size:14.0pt;">Como se um amigo quisesse dizer para o outro, aquelas coisas que ele já sabe. Amizade é isso. Uma troca de olhares e já se entende tudo! Porque a gente sabe demais sobre nós dois.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family:";font-size:14.0pt;">A banda? Cachorro Grande. Dizem que o cão é o melhor amigo do homem. No momento da escolha não pensei nisso, mas foi bem percebido pela Mônica.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family:";font-size:14.0pt;">A letra da música? Repetir insistentemente “quero ser seu amigo de novo”. Não sei se existe isso. Uma vez amigo, sempre amigo. Uma vez que pisa na bola, percebemos que o sentido da palavra “amigo’, não servia para aquela pessoa. Prefiro pensar que a expressão “de novo” é conhecer o mesmo amigo mais de uma vez. Temos os amigos de infância. A amizade mais pura e sincera. Emprestar uma boneca para a amiguinha e ter o companheiro perfeito para as travessuras. Depois na adolescência, as pessoas mudam. Hey, quero ser seu amigo de novo. Amizade passa a ser cumplicidade. De segredos e descobertas. Mais tarde, já adultos. Hey, quero ser seu amigo de novo. Sentar numa mesa de bar e relembrar por horas e horas sobre a amizade que já é de longa data. Contar para o outro as conquistas alcançadas na sua vida. Depois vem a velhice. Hey, quero ser seu amigo de novo. Trocar receitas do bolo que vamos cozinhar para os nossos netos ou fazer companhia naquele final de tarde depois que todos já voltaram para suas casas.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family:";font-size:14.0pt;">Por esses motivos, talvez eu nunca irei encontrar, outro alguém com quem eu possa falar noite e dia, pela madrugada.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family:";font-size:14.0pt;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family:";font-size:14.0pt;">Hey, amigos. Quero ser sua amiga de novo.<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family:";font-size:14.0pt;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family:";font-size:14.0pt;">Link da Letra:<o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family:";font-size:14.0pt;"><a href="http://letras.terra.com.br/cachorro-grande/90390/">http://letras.terra.com.br/cachorro-grande/90390/</a><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><span style="font-family:";font-size:14.0pt;"><o:p></o:p></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i><span style="font-family:";"><span class="Apple-style-span" style="color:#CC66CC;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">P</span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">resente, mesmo longe<o:p></o:p></span></span></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i><span style="font-family:";"><span class="Apple-style-span" style="color:#CC66CC;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">R</span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">isadas, momentos, unidas pelo pensamento<o:p></o:p></span></span></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i><span style="font-family:";"><span class="Apple-style-span" style="color:#CC66CC;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">I</span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">ncríveis coincidências<o:p></o:p></span></span></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i><span style="font-family:";"><span class="Apple-style-span" style="color:#CC66CC;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">S</span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">urgiram entre nós...<o:p></o:p></span></span></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i><span style="font-family:";"><span class="Apple-style-span" style="color:#CC66CC;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">C</span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">omo amigas de infância<o:p></o:p></span></span></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i><span style="font-family:";"><span class="Apple-style-span" style="color:#CC66CC;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">I</span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">rmãs, mas disfarçadas<o:p></o:p></span></span></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i><span class="Apple-style-span" style="color:#CC66CC;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">L</span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">ua, sol, cometa<o:p></o:p></span></span></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; "><i><span class="Apple-style-span" style="color:#CC66CC;"><b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">A</span></b><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">miga, pra você dou meu universo inteiro.</span></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i><span style="font-size:14.0pt;"><o:p><span class="Apple-style-span" style="color:#CC66CC;"> </span></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="font-size:14.0pt;"><o:p> </o:p></span></i></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-52842525274147774172010-07-20T14:43:00.000-07:002010-07-20T14:46:31.717-07:00"Amigo Estou Aqui" (Randy Newman), Por Conrado<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TEYYrt_JiQI/AAAAAAAAA-8/9ItaOtScyLM/s1600/postkon.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 301px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TEYYrt_JiQI/AAAAAAAAA-8/9ItaOtScyLM/s400/postkon.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5496107534610172162" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; mso-bidi-language:#00FF">Quando criança, nunca fui de muitas amizades. Era aquele garoto que agradava mais aos adultos, que admiravam minha educação e o que chamavam de “maturidade”, que àqueles da minha idade. Na escola, dois ou três colegas próximos e um grande amigo inseparável. Dessa espécie de introspecção, que culminava em cumplicidade, dedicação e confiança para com pouquíssimas pessoas, surgiu um adulto que consegue se relacionar com muitos, mas que guarda a profundidade inerente às amizades verdadeiras para um número realmente seleto de colegas.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; mso-bidi-language:#00FF"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Tentando fugir da pieguice que muitas vezes se institui quando se fala de coisas tão caras e valiosas para o ser humano, vejo uma amizade hoje como um sentimento necessário, ou até mais, como um bem obrigatório. Amigo é aquele que se encontra quando não se procura, que se instala sem que se perceba num espaço preenchido apenas pelas melhores coisas de uma pessoa. Tais amigos se tornam parentes selecionados, relacionamentos insubstituíveis, companheiros para a eternidade.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; mso-bidi-language:#00FF"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Confesso que perdi alguns amigos ao longo dos anos... Alguns pela distância (seja física ou ideológica), outros pela evolução ou retrocesso que<span style="mso-spacerun:yes"> </span>altera nosso caráter em vários momentos da vida, e alguns ainda por motivos que nunca compreenderei. Mas devo muito à todos eles, pois sem essas relações, que admito serem muitas vezes mais importantes que as amorosas, aquele ser com quem convivo diariamente, conhecido por “eu mesmo”, seria tomado de uma amargura e depressão insuportáveis. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; mso-bidi-language:#00FF"><span style="mso-tab-count:1"> </span>A trilogia “Toy Story” tem uma importância imensurável para mim, e quem me conhece sabe que tal afirmação não é brincadeira – com o perdão do trocadilho. Cada filme entrou na minha vida em um espaço de tempo e fez com que muitas questões se esclarecessem, ou ao menos parecessem mais fáceis de serem solucionadas, além de ser uma peça fílmica que despertou minha atenção para a sétima das artes. <span style="mso-tab-count:1"> </span>Dentre as várias mensagens com que o filme trabalha, a amizade é possivelmente a maior delas, ou a que ganha maior destaque em minhas revisitas às aventuras de Woody, Buzz e todos os outros brinquedos do Andy. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; mso-bidi-language:#00FF"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Essa música representa para mim tudo o que você acaba de ler. Assim como em “I'll be there for you”, tema da melhor série sobre a amizade já feita, “You've got a friend in me” aborda tão bem tal questão que meu texto pode ter se tornado até redundante. Importante mesmo é ter pessoas em mente quando se ouve tal canção. Afinal, não é para todos que dizemos “você tem um amigo em mim”. E para menos ainda fazemos tal afirmação justificando que ela irá conosco para o infinito, e além.<span style="mso-spacerun:yes"> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; mso-bidi-language:#00FF"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; mso-bidi-language:#00FF">Link da Letra:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; mso-bidi-language:#00FF"><a href="http://letras.terra.com.br/toy-story/504541/traducao.html">http://letras.terra.com.br/toy-story/504541/traducao.html</a><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-size:14.0pt; mso-bidi-language:#00FF"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><i><span style="font-size:14.0pt"><span class="Apple-style-span" style="color:#CC66CC;"><b>C</b>omo uma estrela no céu<o:p></o:p></span></span></i></p> <p class="MsoNormal"><i><span style="font-size:14.0pt"><span class="Apple-style-span" style="color:#CC66CC;"><b>O</b>nde meus olhos alcançam o brilho<o:p></o:p></span></span></i></p> <p class="MsoNormal"><i><span style="font-size:14.0pt"><span class="Apple-style-span" style="color:#CC66CC;"><b>N</b>em distância, nem tempo<o:p></o:p></span></span></i></p> <p class="MsoNormal"><i><span style="font-size:14.0pt"><span class="Apple-style-span" style="color:#CC66CC;"><b>R</b>ompem e corrompem<o:p></o:p></span></span></i></p> <p class="MsoNormal"><i><span style="font-size:14.0pt"><span class="Apple-style-span" style="color:#CC66CC;"><b>A</b>migos, quando surgem, ficam pra sempre<o:p></o:p></span></span></i></p> <p class="MsoNormal"><i><span style="font-size:14.0pt"><span class="Apple-style-span" style="color:#CC66CC;"><b>D</b>oce, especial, eterno.<o:p></o:p></span></span></i></p> <p class="MsoNormal"><i><span style="font-size:14.0pt"><span class="Apple-style-span" style="color:#CC66CC;"><b>O</b> cowboy que vai ao infinito. E eu vou junto.<o:p></o:p></span></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="font-family:"Verdana","sans-serif"; mso-bidi-font-family:Tahoma;mso-bidi-language:#00FF"><o:p><span class="Apple-style-span" style="color:#CC66CC;"> </span></o:p></span></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-39113202285172134172010-07-13T17:34:00.000-07:002010-07-13T17:36:15.139-07:00"O Caderno" (Toquinho), Por Tainá<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TD0GLicslUI/AAAAAAAAA-k/v2lklk6AOaU/s1600/post+taina.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 266px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TD0GLicslUI/AAAAAAAAA-k/v2lklk6AOaU/s400/post+taina.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5493553915757368642" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height:115%;Times New Roman"font-family:";font-size:12.0pt;">Lápis de cor, brincadeiras, fim de tarde, ciranda, pó de pir-lim-pim-pim, tintas coloridas, a casa, a montanha, duas nuvens no céu, o sol a sorrir no papel... Agora, sinto cheiro de saudade. Saudade das minhas coisinhas que outrora valorizadas, agora estão esquecidas dentro de alguma gaveta velha; meus diários, minhas cartinhas, meus cadernos. Caderno que me acompanhou do meu primeiro rabisco e ainda me acompanha depois que surgiram meus primeiros raios de mulher.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height:115%;Times New Roman"font-family:";font-size:12.0pt;">Um caderno. Companheiro fiel que está presente nos momentos mais lindos de sua vida e também nos tristes. Um caderno, que sofre junto nas provas bimestrais, ajuda a resolver problemas e é sempre o confidente fiel. Um caderno, discreto escudeiro de fugas e desabafos. Um simples caderno, que se mantém firme se o pranto vir a molhar seu papel, ou quando a vida se abrir em um veloz carrosel e o papel forem rasgados. Assim como um amigo.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height:115%;Times New Roman"font-family:";font-size:12.0pt;">Olhar pra trás e lembrar-se do passado é como se, de repente, batesse uma ventania forte no seu rosto, fazendo você fechar os olhos e reviver as brincadeiras, os sorrisos, a molecagem e as amizades leves e inocentes da infância. E depois se lembrar dos amigos que você talvez tenha feito no colegial, mesmo com as confusões adolescentes e as intrigas de meninas malvadas típicas de colegial. E pra quem cresceu na rua e em bairro pequeno, vai lembrar-se dos amigos-vizinhos que brincaram de esconde-esconde e elástico, quando pivetes, e ainda hoje continuam a serem seus amigos. Também existem aqueles amigos que moram longe, de uma distância que faz doer no peito, mas nos promovem sorrisos quando, por exemplo, vemos algo por perto que nos lembre o tal amigo. Tem aquela galera que possui o mesmo sangue que você e que te acompanha desde seu nascimento. Companheiros de farras, de festas e de bares. Suas amigas mais grudadas que estão sempre com você, em qualquer lugar, a qualquer hora, pra farrear, fofocar e dar risada. Os amigos coloridos. Aquela galera do mal que nunca te acrescenta nada de bom, mas a companhia deles é sem igual. Amigos de curso, de trabalho, suas alegrias diárias. Aqueles que já se foram. Aqueles que são seus amigos e você nem percebe. Nossos amiguinhos animais. Os camaradas que não têm tanto contato ou intimidade, mas são bons amigos. Pra quem nem tem tanto amigo assim, mas os poucos que têm já preenchem de alegria o coração.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height:115%;Times New Roman"font-family:";font-size:12.0pt;">E pra você, meu amigo-caderno, só peço um favor, se puder: não me esqueça num canto qualquer.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height:115%;Times New Roman"font-family:";font-size:12.0pt;">(À minha querida amiga-mãe-caderno, Nine.)<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height:115%;Times New Roman"font-family:";font-size:12.0pt;">Link da Letra:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span style="line-height:115%;Times New Roman"font-family:";font-size:12.0pt;"><a href="http://letras.terra.com.br/toquinho/87320/">http://letras.terra.com.br/toquinho/87320/</a><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><b><i><span style="line-height:115%;Times New Roman"font-family:";font-size:12.0pt;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">T</span></span></i></b><i><span style="line-height: 115%;Times New Roman"font-family:";font-size:12.0pt;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">ão brilhante<o:p></o:p></span></span></i></p> <p class="MsoNormal"><b><i><span style="line-height:115%;Times New Roman"font-family:";font-size:12.0pt;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">A</span></span></i></b><i><span style="line-height: 115%;Times New Roman"font-family:";font-size:12.0pt;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">ssim, como uma estrela<o:p></o:p></span></span></i></p> <p class="MsoNormal"><b><i><span style="line-height:115%;Times New Roman"font-family:";font-size:12.0pt;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">I</span></span></i></b><i><span style="line-height: 115%;Times New Roman"font-family:";font-size:12.0pt;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">ntensa, menina flor, inteira<o:p></o:p></span></span></i></p> <p class="MsoNormal"><b><i><span style="line-height:115%;Times New Roman"font-family:";font-size:12.0pt;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">N</span></span></i></b><i><span style="line-height: 115%;Times New Roman"font-family:";font-size:12.0pt;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">ada apagará. O brilho da nossa amizade.<o:p></o:p></span></span></i></p> <p class="MsoNormal"><b><i><span style="line-height:115%;Times New Roman"font-family:";font-size:12.0pt;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">A</span></span></i></b><i><span style="line-height: 115%;Times New Roman"font-family:";font-size:12.0pt;"><span class="Apple-style-span" style="color:#FF99FF;">miga, Tainá.</span><o:p></o:p></span></i></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-50098150775780662492010-07-07T09:17:00.000-07:002010-07-07T09:21:15.820-07:00Queridos Amigos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TDSoxxOwnAI/AAAAAAAAA98/hSahLlT7PSU/s1600/amigos3.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 299px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TDSoxxOwnAI/AAAAAAAAA98/hSahLlT7PSU/s400/amigos3.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5491199418653776898" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Esse será um mês diferente, mas não menos utópico que os demais. Diria até, mais, e além. Como é o mês onde se comemora o dia do amigo, são nossos amigos que estarão aqui, fazendo as honras, com textos sobre amizade. Eles, diversos em idades, profissões, sexo, ideologia, espaço físico, sonhos, desejos, segredos. Eles, idênticos em sensibilidade, companheirismo, altruísmo, e um algo diferente que os tornam indispensáveis, essenciais, únicos, insubstituíveis. Eis aqui. Simples, como foram quando nos cativaram. Simples, como a amizade deve ser, para trazer doçura à vida e eternidade à nossa credibilidade no mundo. Eis aqui, uma parte brilhante e fundamental de mim, de nós, os sortudos que os mantém bem guardados. Com açúcar e com afeto.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-22094518475683207342010-07-07T09:09:00.000-07:002010-07-07T09:14:41.345-07:00"Canção da América" (Milton Nascimento) X "Minha Vida" (Rita Lee)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TDSngMcyDhI/AAAAAAAAA90/Sy6n_AoGW30/s1600/meu+post+amigos3.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 270px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TDSngMcyDhI/AAAAAAAAA90/Sy6n_AoGW30/s400/meu+post+amigos3.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5491198017211076114" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="apple-style-span">A idéia desse mês, eram dois amigos por semana, falando de amizade, e depois que todos se pronunciassem, entraríamos Edu e eu, para fechar o tema com nossos posts. Porém, contratempos, é isso aí. Abriremos o mês, a ordem dos fatores não altera o conteúdo. E para falar desse assunto, presente em nossa vida, simples e complexo, doce e por vezes, diverso, estou eu aqui, com “Canção da América”, de Milton Nascimento e “Minha Vida”, de Rita Lee. <span style="mso-spacerun:yes"> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="apple-style-span">Quem não tem amigos? Todos experimentamos, ao longo de nossas vidas, diversas vezes, o sabor de uma amizade verdadeira e talvez o de uma amizade simulada. Levamos conosco, afetos sinceros, deixamos pra trás, personagens inventados. O tempo passa, os dias vão e vem, mas quem ficou, no pensamento voou. E quem voou, no pensamento ficou. Porque AMIGO é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves, do lado esquerdo do peito. Dentro do coração. Assim eu ouvi, certa vez, numa canção que na América ouvi. A letra que sempre me emociona. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="apple-style-span">Quem nunca chorou ao ver um amigo partir? Pra um outro país, uma outra realidade, uma outra filosofia de vida, pra um outro mundo, para um outro plano. Não importa o tipo de separação: física, emocional, espiritual. Mesmo esquecendo a canção, com a lembrança o outro cantou. Mas se você não pode ser forte, seja pelo menos humano. É difícil quando alguém importante não pode estar ali, mais uma vez, dividindo um momento crucial de nossa existência. Todo mundo é parecido quando sente dor, mas só verdadeiros amigos ouvem a voz que vem do nosso coração, mesmo que o tempo e a distância digam não. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="apple-style-span">E guardado debaixo de sete chaves, ficam as lembranças, dos que passaram e passam por nós. Dos que permanecem e dos que deixaram apenas marcas. </span>Tem aquela amiga que era companheira de aventuras, de passar a noite fora e acordar no estacionamento do supermercado pra voltar pra casa de manhã. Tem lugares que me lembram minha vida, por onde andei. Tem a amiga que cresceu com você, com promessas de um futuro onde tudo seria dividido, e de alguma forma, isso ficou numa janelinha encantada que sempre vai esperar acontecer, mesmo que um oceano inteiro as separe. Cenas do meu filme em branco e preto. Tem a amiga que madrugou pra te levar pra fazer uma prova, que viajou com você por dias inesquecíveis, que te proporcionou a primeira chance de dormir fora de casa. Personagens do meu livro de memórias. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">A que estudava com você, madrugadas adentro, para provas na faculdade, fazendo mais bagunça do que estudando. Aquela que você mimava enquanto ela guardava uma vida dentro de si. As histórias, os caminhos. A amiga que você conheceu pela internet e nem se lembra mais que foi assim que se conheceram. Que se visitam com freqüência, ou pelo menos nos aniversários. A amiga que você conheceu pela internet, e só ela entende suas piadas, e só ela está com você todos os dias, te vendo rir e chorar, mais perto do que parece. Entre todos os amores e amigos, de você me lembro mais. Aquele amigo com quem você teve inesquecíveis momentos e que mesmo sumindo por vezes, não deixa o vento o levar embora. Que o vento levou, e o tempo traz. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Aquele amigo que você conheceu através de outra amiga, e que hoje, você não vive sem. Daria a vida por ele. Entre corações que tenho tatuados, de você me lembro mais. Aqueles que eram seus amigos, e você apresentou pra outros amigos seus. O destino que eu mudei. <span style="mso-spacerun:yes"> </span>Aquela com quem você dividia seus momentos adolescentes, de tietagem, jogos em tardes intermináveis. A que te viciaria em algo tão legal e benéfico, que te traria um mundo inteiro a descobrir. Que foi pra longe, e está sempre na memória. Desenhos que a vida vai fazendo. Aquela amiga que você conheceu por ter perdido alguém especial, e como “recompensa”, ganhou algo tão bom que nem podia acreditar. Aquela que se parece tanto com você, que assusta. A que você gosta de cuidar como se fosse mãe dela e a que você vê muito raramente, mas que é tão especial, que fica se perguntando por que as oportunidades de conviver estão ficando tão poucas, nessa vida corrida que nos toma tempo para ser gente grande. Tem pessoas que a gente não esquece nem se esquecer.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Tem aquela amiga que te deixou cedo demais, e nunca será esquecida. De você, me lembro mais. Tem aqueles que te deixaram por opção, e deixaram um espaço vazio que não dá pra explicar a sensação. Desbotam alguns, uns ficam iguais. Tem aquela que era pra ser mãe, mas é amiga. Porto seguro onde eu voltei. Meu mar e minha mãe. Aquele que era pra ser pai, mas te escuta. Meu bálsamo benigno. Aquela que é o sonho de todo mundo. Amigos como irmãos. Irmã amiga. Desde o início estava você. Tem aquele que já é especial por si só, mas não basta ser amor, precisa ser amigo. Não basta estar na alma, ocupa o coração. Entre todas as novelas e romances, de você me lembro mais. Mas venha, o que vier, qualquer dia amigo a gente vai se encontrar. <span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US">De vocês, não esqueço jamais...<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:12.0pt"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span lang="EN-US" style="font-size:10.0pt; font-family:"Trebuchet MS";color:#A3A3A3;mso-ansi-language:EN-US">“You just call out my name,<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:12.0pt"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span lang="EN-US" style="font-size:10.0pt; font-family:"Trebuchet MS";color:#A3A3A3;mso-ansi-language:EN-US">and you know wherever I am<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:12.0pt"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span lang="EN-US" style="font-size:10.0pt; font-family:"Trebuchet MS";color:#A3A3A3;mso-ansi-language:EN-US">I'll come running,<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:12.0pt"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span lang="EN-US" style="font-size:10.0pt; font-family:"Trebuchet MS";color:#A3A3A3;mso-ansi-language:EN-US">to see you again.<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:12.0pt"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span lang="EN-US" style="font-size:10.0pt; font-family:"Trebuchet MS";color:#A3A3A3;mso-ansi-language:EN-US">Winter, spring, summer or fall,<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:12.0pt"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span lang="EN-US" style="font-size:10.0pt; font-family:"Trebuchet MS";color:#A3A3A3;mso-ansi-language:EN-US">all you have to do is call<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:12.0pt"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span lang="EN-US" style="font-size:10.0pt; font-family:"Trebuchet MS";color:#A3A3A3;mso-ansi-language:EN-US">and I'll be there,<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:12.0pt"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span lang="EN-US" style="font-size:10.0pt; font-family:"Trebuchet MS";color:#A3A3A3;mso-ansi-language:EN-US">You've got a friend.”<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center;line-height:12.0pt"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span lang="EN-US" style="font-size:10.0pt; font-family:"Trebuchet MS";color:#A3A3A3;mso-ansi-language:EN-US"><o:p> </o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:12.0pt"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US">By Monica<span style="mso-spacerun:yes"> </span><o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:12.0pt"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:12.0pt"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US">Links das Letras:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><a href="http://letras.terra.com.br/milton-nascimento/27700/">http://letras.terra.com.br/milton-nascimento/27700/</a></p> <p class="MsoNormal"><a href="http://letras.terra.com.br/rita-lee/63084/">http://letras.terra.com.br/rita-lee/63084/</a></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-74922152496033536752010-06-30T11:19:00.000-07:002010-06-30T11:29:45.347-07:00"A Mulher do Viajante no Tempo" (Audrey Niffenegger) + "O Avesso dos Ponteiros" (Ana Carolina) + "Em Algum Lugar do Tempo" (Biquini Cavadão)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TCuLWJdzliI/AAAAAAAAA9M/3pcGe7GV_2M/s1600/viajante6.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 400px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TCuLWJdzliI/AAAAAAAAA9M/3pcGe7GV_2M/s400/viajante6.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5488633783495398946" /></a><br /><div><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><i style="mso-bidi-font-style: normal">“Lar doce lar. Não há lugar como a nossa casa. </i><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US">Take me home, country roads. </span>Lar é onde está o coração. Mas meu coração está aqui. Então devo estar <st1:personname productid="em casa. Clare" st="on">em casa. Clare</st1:personname> suspira, vira a cabeça e fica quieta. Ei, querida, cheguei. Cheguei em casa.”<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">O texto dessa semana era o texto de semana passada, meu post de aniversário, que foi prorrogado para essa semana, enquanto eu viajava no tempo. Isso de “mais um ano de vida”, mil pensamentos vem à tona, lembranças, mistos de passado, presente e futuro, e eu, que quase não viajo na minha imaginação, pensei como virar os ponteiros do avesso, e viajar por algum lugar do tempo. Então, uso de coisas especiais para isso, especiais pra mim, <st1:personname productid="em particular. Essa" st="on">em particular. Essa</st1:personname> semana, uso o livro “A Mulher do Viajante no Tempo”, de Audrey Niffenegger e o filme baseado no livro, com título em português de “Te amarei Para Sempre”, relacionando com “O Avesso dos Ponteiros”, de Ana Carolina e “<st1:personname productid="Em Algum Lugar" st="on">Em Algum Lugar</st1:personname> do Tempo”, do Biquíni Cavadão.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Bem, vamos lá, embarcar nessa loucura. Primeiramente, explicações: Sem sombra de dúvidas, esse é o livro da minha vida, e tomou o topo de qualquer outra história de amor, sério. A música ao avesso de Ana, também é uma das mais especiais pra mim, logo, já digo de antemão que me senti lisonjeada por conseguir achar uma ponte entre as histórias. O livro de Audrey, recorde de vendas pelo mundo. O filme, estrelado por Rachel McAdams e Eric Bana, não teria esses protagonistas a princípio. A idéia de torná-lo filme era antiga entre Brad Pitt e Jennifer Aniston, quando ambos eram casados, e eles seriam a Clare e Henry da história. Com o divórcio instituído e os direitos autorais já reservados à eles, ambos ficaram apenas na direção, e Aniston disse que não teria ninguém melhor que McAdams para substituí-la como Clare. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">A história gira em torno de Clare, uma garotinha de seis anos, que um dia, brincando perto de sua casa, conhece Henry, um viajante no tempo. Um homem que se sente excluído, o último membro de uma espécie antes numerosa. Um homem que vive de breves eternidades, numa grande variedade de tempos e lugares, revivendo cenas de seu passado, indo para um futuro além do que ele sabe. O futuro, aquela grande caixa de chocolates ainda fechada. O futuro é um lugar aonde eu possa ir? Ele vive se perguntando. O passado, aquela parte inalterável da história do universo, onde ele não pode fazer nada a respeito, pois só existe livre arbítrio quando se está no presente. Mas seja qual for o tempo em que ele esteja, é o presente dele. Ele não deveria ser capaz de decidir? </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E nessa tortura de ser deslocado contra sua vontade para o seu “eu” de seis anos e seu “eu” de 40 anos, sem levar nada: noção de tempo, roupas, proteção, ele revive cenas felizes do seu passado e futuro, como também se tortura com as cenas que não são tão felizes assim. “Era uma vez, eu tinha mãe. Tinha pai também, e eles eram muito apaixonados. E eles tinham a mim.”. E isso, ficou em algum baú do passado, que qualquer hora, ele torna a abrir. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E no fim das contas, tudo que Henry quer, é se livrar dessa cronologia invertida, de viver no avesso dos ponteiros. Há alguma forma para ficar no presente, abraçá-lo com todas as células do seu corpo? Parece que o tempo passa muito mais devagar para mim do que para os outros. Hoje é interminável. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E é esse Henry complexo que se apresenta pra uma garotinha de seis anos, que acredita nele, apesar de achar que ele se parece com o gato da Alice. Afinal, gente não aparece e desaparece do jeito que ele faz. Porém, uma sorte grande do futuro dessa menina, fez de alguma forma, com que ele a encontrasse ali no presente. E Henry sempre a avisava quando tornaria a aparecer. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E ela foi crescendo num misto de fascinação e adoração por essa pessoa mágica e misteriosa que apareceu em sua vida e que só ela tinha. E ela começou a perceber, que a maioria das garotas não tinha um Henry. Ou se tinham, nenhuma falava nada. E cada vez que ele ia até ela, era menos uma vez que ele estaria lá. E esse fascínio, com o passar dos anos, foi virando paixão. E Henry não podia lhe dizer que era ela, que lá, no futuro, era a sua esposa. Não para a menina de seis anos. Só lá pra adolescente, de 18, que precisava entender quando realmente o encontrasse no presente, que ele não a reconheceria, pois seria realmente a primeira vez, para o Henry que vive o presente e não sabe do seu próprio futuro, esse viajante do tempo, que sentia uma combinação entre liberdade e desespero. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span style="mso-spacerun:yes"><img src="http://2.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TCuLj7l5HhI/AAAAAAAAA9U/3WPpgTvcL30/s400/tempo1.JPG" /></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Então, acontece o encontro. Tão simples, como se andassem fazendo isso a vida inteira [...] Tão simples. Cá estamos nós. Aqui e agora, finalmente agora. E eles se beijam pela primeira vez, um beijo nascido de uma antiga conexão. Apaixonam-se e constroem uma vida juntos, casam-se. Finalmente juntos para qualquer um ver. Agora tudo começa. E ela, que achou que sua espera teria fim quando o encontrasse no presente, percebe que vai passar a vida inteira esperando. Esperando ele voltar de 1989, quando estava com ela aos 18 anos; de 2011, onde passeia com sua filha por um museu. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Por que tudo tem que ser complicado? Já não deixamos para trás a parte complicada? </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Para Clare, é difícil ser quem fica. Porque a ausência intensifica o amor? Creio que porque a saudade apaga os deslizes que cometemos e superestima os bons momentos, por serem raros. “Tenho a sensação de que cada minuto de espera é um ano, uma eternidade. Cada minuto é lento e transparente como vidro. A cada minuto que passa, vejo uma fila de infinitos minutos, à espera. Por que ele foi aonde não posso ir atrás?” </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Para Henry, “quando estou em outro tempo, me sinto pelo avesso, transformado numa versão desesperada de mim. Viro um ladrão, um andarilho, um bicho que corre e se esconde. Assusto velhas e assombro crianças. Sou um truque, uma ilusão da mais alta ordem. É incrível eu ser mesmo real [...] Odeio estar onde ela não está, quando não está. No entanto, vivo partindo, e ela não pode vir atrás.” </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Clare se sente como Penélope, à espera de Ulisses, em Odisséia, tecendo e desmanchando. Como se tivesse sido abandonada por um anjo da guarda. Henry, é mais simplista. Cá estou eu. Inteiro. Agora. Aqui neste chão de cerâmica marrom. Parece que é pedir muito ter continuidade. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Sempre chega a hora da solidão, pra Clare. Ela era uma menina, mas já virou essa página do diário. Diário onde anotava as visitas de seu amor atemporal. Ele só pede que ela não guarde mágoa dele, e que não o esqueça. Mesmo por vezes não merecendo o seu amor. E ele é como as ondas do mar, que sempre vão e vem, os beijos de adeus na estação de trem. Esse gosto de lágrimas no rosto, de quem são essas lágrimas em seu rosto? Ela não nota a lua mudando de formato, e as pessoas passando por ela, pra pegar o metrô.<span style="mso-spacerun:yes"> </span>E o diretor, o tempo, segue seu destino de cortar as cenas...<span style="mso-spacerun:yes"> </span>E a ausência pode ser presente como um nervo danificado, como um pássaro preto. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Não tenha medo de mim, não importa o que aconteça. Não me tire da sua vida, nem desapareça. “Nunca vou largar você. Ainda que viva me largando”, ela diz. Os carros na minha frente vão indo e eu nunca sei pra onde. Será que é lá que você se esconde? Penso quando você partiu sem olhar pra trás, como um navio que vai ao longe e já nem se lembra do cais. Tudo passa, e eu ainda ando pensando em você, pois em algum lugar do tempo, nós ainda estamos juntos. Pra sempre ficaremos juntos. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Nunca escolhi Henry e ele nunca me escolheu. Então como poderia ser um erro? Mais uma vez encaro o fato de que não podemos saber [...] Parece que o tempo se dobra sobre si mesmo. Vejo que sou feita de camadas representando meus dias passados e futuros. Mas c´est la vie, os tempos mudam, e cá estamos nós. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Então, para eles, só resta contemplar o pequeno instante onde estão juntos. Não é tarde demais, ainda não. Afinal de contas. Então que brindem. À felicidade. Ao aqui e agora. A mundo e tempo suficientes. Como na verdade, todos nós deveríamos fazer. Não somos viajantes no tempo, e não temos um viajante no tempo em nossas vidas, mas essa forma de encarar os fatos, mostrando a efemeridade das coisas, faz realçar seu devido valor, faz intensificar os bons momentos e nos fazer perceber que não podemos perder tempo com inutilidades, porque quando menos se espera, o nosso espelho, ou o nosso mundo, pode viajar para um tempo que não conseguiremos alcançar. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Então, eles absorvem o tempo do mundo. Nada jamais pode ser triste, não se pode perder ninguém, ninguém pode morrer nem estar longe: estamos aqui e agora, e nada pode estragar nossa perfeição nem roubar a alegria deste momento perfeito. Nem tempo nem lugar, nem a sorte nem a morte podem dobrar os mais insignificantes dos meus desejos o mínimo que seja. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Ela sente que pode chegar nele e tocar no tempo. Ele a ama. Como se fosse o brilho de sol vindo de outra galáxia. E ele apenas diz que a ama, sempre. O tempo não é nada. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E não importa o tempo que fiquem juntos. Ainda não é o bastante. Ainda não acabei. Quero estar aqui. É só minha memória que me segura aqui. Tempo, deixe-me desaparecer. Então, o que separamos por nossa própria presença pode ser unido. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E quando ele precisa partir, ela se sente a viajante. E fica em carne viva, não na pele, mas lá dentro onde uma ferida se abre. A dor recuou, mas o que ficou é a sua casca, um espaço vazio onde ela devia estar, mas em vez disso é a expectativa da dor que está lá. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Mas logo ele volta, porque outro mês aponta na folha do calendário. Esperei por você, e agora você está aqui. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><i style="mso-bidi-font-style:normal">É melhor ser extremamente feliz por pouco tempo, mesmo que se perca essa felicidade, do que passar a vida inteira apenas bem? <o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">O tempo faz tudo valer a pena, e nem o erro é desperdício. Tudo cresce. E o início deixa de ser início, e vai chegando ao meio. Aí começo a pensar que nada tem fim...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p><img src="http://4.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TCuL4xtnSPI/AAAAAAAAA9c/h0g3YqUczMQ/s400/viajante+montagem.jpg" /></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><i style="mso-bidi-font-style: normal">“O que há mais nesse universo, nesse desenho? Outras estrelas distantes. Cato nas minhas ferramentas e encontro uma agulha. Prendo o desenho numa janela e começo a perfurar o papel todo, e cada furo vira um sol em outro conjunto de mundos. E quanto tenho uma galáxia cheia de estrelas, perfuro a figura, que agora vira constelação para valer, uma rede de minúsculas luzes. Olho para a minha imagem, e ela me olha de volta. Ponho o dedo em sua testa e digo “suma”, mas é ela que vai ficar; sou eu quem está sumindo.”<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal">By Mônica <o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Links das Letras:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><a href="http://www.vagalume.com.br/ana-carolina/o-avesso-dos-ponteiros.html">http://www.vagalume.com.br/ana-carolina/o-avesso-dos-ponteiros.html</a></p> <p class="MsoNormal"><a href="http://letras.terra.com.br/biquini-cavadao/1021540/">http://letras.terra.com.br/biquini-cavadao/1021540/</a></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Trailer:</p> <p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"><object width="560" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/XfYo04GfOL8&hl=pt_BR&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/XfYo04GfOL8&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US">Veja no Youtube:</span></p><p class="MsoNormal"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US"></span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=XfYo04GfOL8">http://www.youtube.com/watch?v=XfYo04GfOL8</a></p></div>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-46229897276092461132010-06-08T19:58:00.000-07:002022-02-11T08:35:28.530-08:00"Meu Mundo Ficaria Completo (Com Você)" (Nando Reis) X "O Mundo Anda Tão Complicado" (Legião Urbana)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://3.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TA8DcYuEj7I/AAAAAAAAA80/hwD8RcH9mlY/s1600/presente.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 394px;" src="http://3.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/TA8DcYuEj7I/AAAAAAAAA80/hwD8RcH9mlY/s400/presente.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5480603057740091314" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Mais um desafio a superar, confesso. Falar de amor é sempre tão clichê, e ao mesmo tempo, difícil, quando se deseja expressar através de palavras, o que não se traduz. O sentimento que move o mundo, o sentimento que pode transformar o mundo. Por esse motivo, uso dois nomes que exercem grande influência musical em mim, pra tentar expressar um pouco isso. Peço licença a Nando Reis e seu “Meu Mundo Ficaria Completo (Com Você)” e ao meu trovador solitário Renato Russo, e o seu “O Mundo Anda tão Complicado”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Ambas as canções falam de amor, aquele simples, que todo mundo quer viver. Falam de coisas corriqueiras do dia-a-dia que se tornam muito mais saborosas e menos triviais, quando existe um amor no pacote. Daqueles onde há companheirismo, onde as pessoas crescem juntas, constroem juntas, se modificam juntas, uma para a outra e para si mesmas.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Nando, em seu mundo completo, pela presença de alguém essencial, mostra como contratempos comuns da nossa rotina passam despercebidos, e seriam fáceis de serem superados com a presença de alguém que faz nosso coração bater mais forte. Até grandes problemas da humanidade parecem pequenos, já que a fome que devora alguns milhões de brasileiros perto disso não tem importância. E a morte que nos toma a mãe insubstituível, de repente dela já nem me lembro. A derrota de 50 e a campanha de 70 perdem o sentido, assim como datas, fatos e aniversários passam sem vestígios. Qual a importância disso diante do amor? Injúrias, promessas, mentiras, ofensas, são superficiais. Nem se roubarem a carteira com meus documentos eu ligo. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Renato, em seu mundo complicado, conta o cotidiano de um casal que tenta construir uma vida em comum, onde hoje eu acordo meio dia, e amanhã é a sua vez. O nosso telefone chega sexta-feira, temos que consertar o despertador, e separar todas as ferramentas, porque a mudança grande chegou, não precisamos dormir no chão, pois a cama chegou na terça, e na quinta chegou o som. Eu, que sempre faço mil coisas ao mesmo tempo, agora que temos nossa casa, é a chave que sempre esqueço. Me empresta um par de meias? Estou com sono, vamos dormir. Isso lembra uma cena de “O Curioso Caso de Benjamim Button”, onde ele e sua amada estão de mudança, pintando as paredes da casa e dormindo num colchão no chão da sala, único móvel que eles têm. Na verdade, não se precisa de muita coisa pra preencher o espaço físico quando o espaço emocional está devidamente ocupado. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E entre todo esse ir-e-vir que nos acomete todos os dias, Renato mostra que devemos aproveitar as pequenas nuances que nos permitem mostrar nosso afeto, sair da rotina e ser românticos, mesmo que seja clichê e fora de moda. Vamos chamar nossos amigos, a gente faz uma feijoada. Esquece um pouco do trabalho, e fica de bate-papo. Porque precisamos viver o mundo a nossa volta e não se fechar em um mundo duplo, onde fica a carência da multiplicidade que sempre nos foi ofertada. Precisamos saber viver, tragar, sorver o amor. E isso só é possível quando ele nos abre um mundo novo, onde podemos dividi-lo com nossos afetos especiais, o que multiplica a felicidade. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Temos a semana inteira pela frente, e a vida inteira também, estamos apenas começando, então me diga como foi seu dia.<span style="mso-spacerun:yes"> </span>Você sujou a roupa bem na hora que já estava saindo? Você pegou o maior transito e acabou perdendo o cinema? A gente chega na sessão das dez, não tenho dúvidas que com você daria certo. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Não acha o papel onde anotou o telefone que está precisando? Cortou o dedo abrindo a lata e ainda continua sangrando? Foi mal na prova de geometria e periga de repetir de ano? O carro parou de madrugada por falta de gasolina? Não é porque tá muito frio, não é porque tá muito calor, o problema é que eu te amo. Juntos faríamos tantos planos, com você, meu mundo ficaria completo. E até que é fácil se acostumar com seu jeito. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E não é porque eu sei que ela não virá que eu não veja a porta já se abrindo. E que eu não queira tê-la, mesmo que não tenha a mínima lógica nesse raciocínio. E assim, o amor nos faz acreditar mesmo no improvável, e não deixar de desejar algo, pois não é porque não faz sentido, que eu vou dizer que eu não ligo, eu digo o que eu sinto e o que eu sou. E não é que eu esteja procurando no infinito a sorte pra andar comigo, se a fé remove ate montanhas, o desejo é o que torna o irreal possível. E podemos estar felizes, sorrindo e cantando, pois queremos ouvir uma canção de amor que fale da nossa situação, de quem deixou a segurança de seu mundo por amor.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Ei, não tenha dúvidas, que eu queria estar mais perto. Vem cá, meu bem, que é bom lhe ver. O meu mundo anda tão complicado, e hoje quero fazer tudo por você...Porque eu te amo, não tenha dúvidas, pois isso não é mais secreto. Juntos viveríamos por mil anos, porque o nosso mundo estaria completo. E juntos morreríamos, pois nos amamos, e de nós, o mundo ficaria deserto. E eu vejo nossos filhos brincando, lembrando, e depois cresceriam, e nos dariam os netos. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Eu só queria me casar com alguém igual a você, pois no meu coração fiz um lar, meu coração é teu lar. E não sei se esse mundo está são, nem se ele é bom, mas ele ficou melhor desde que você chegou. Meu mundo anda tão complicado,e ele não teria razão se não fosse por você. Com você, o meu mundo ficaria completo. Minha cor, minha flor, minha cara. Só é possível te amar...Vamos fazer um filme? Eu te amo...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><b style="mso-bidi-font-weight:normal">By Mônica<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Links das Letras:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><a href="http://letras.terra.com.br/nando-reis/84293/">http://letras.terra.com.br/nando-reis/84293/</a></p> <p class="MsoNormal"><a href="http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46961/">http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46961/</a></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><o:p> </o:p></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-54709632263756668102010-05-19T19:31:00.000-07:002010-05-19T19:32:34.850-07:00"Infinita Highway" (Engenheiros do Hawaii) X "A Seta e o Alvo" (Paulinho Moska)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/S_Se_0JnZ2I/AAAAAAAAA7s/YcstiTw-GzY/s1600/seta+e+alvo.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 347px; height: 400px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/S_Se_0JnZ2I/AAAAAAAAA7s/YcstiTw-GzY/s400/seta+e+alvo.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5473174266329917282" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">OH, My God. Olha eu inventando moda. Depois fico reclamando como uma velha ranzinza por não ter feito tudo como queria. Isso que dá inventar idéias mirabolantes. Essa idéia sempre foi grandiosa demais, mas mesmo assim, eu quis abraçá-la. Aí, começaram os contratempos: surgiram posts temáticos que me fizeram vir a adiar esse tema umas trocentas vezes, depois passei mais umas longas semanas em ócio criativo, e agora não tenho mais como fugir, sério. Não tenho pretextos, droga. Perdoem-me pelas linhas que se seguem, mas eu preciso tentar. Duas músicas de grande importância e complexidade pra mim*, num único post, só eu mesmo pra surtar com essas coisas. Então, lá vai: Infinita Highway, dos Engenheiros do Hawaii e A Seta e o Alvo, de Paulinho Moska. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Nem sei como começar a falar...Ambas são complexas, cheias de antíteses e mensagens subliminares, e tratam de milhares de coisas com uma simples melodia. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Começo pelos Engenheiros com sua Auto-estrada interminável. Gessinger diz a alguém, um alguém daqueles que toca nosso coração, com algo conhecido como paixão, uma coisa. Que essa pessoa o faz correr riscos. Os riscos da correria da nossa vida moderna. Nesse mundo onde estamos sós e nenhum de nós sabe exatamente onde vai parar.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Andando em um labirinto ou em uma estrada em linha reta, a 110, 120, 160, pra ver até quando o motor agüenta. Estamos vivos, e essa é a lei da infinita Highway. Sobreviver, sem saber pra onde vamos, mas precisamos ir. Não queremos ter o que não temos, nós só queremos viver, sem motivos e nem objetivos. Então me diz qual é a graça de já saber o fim da estrada quando se parte rumo ao nada? É isso que Moska diz, completanto a idéia de Gessinger. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Ele, em sua letra que fala de duas pessoas com pontos de vistas opostos, onde um fala de amor à vida e o outro, de medo da morte. Mas não adianta apenas querermos atingir nossas metas. Metas que são como setas nos alvos, mas o alvo na certa não nos espera. É sempre assim, como aquela história: João gosta de Maria que gosta de Paulo que não gosta de ninguém. É mais ou menos igual, mas essa teoria não se restringe somente ao amor, e nossos objetivos por alcançá-los. Ela serve pra tudo na nossa vida. Tudo que está milimetricamente planejado, como se fosse ocorrer de acordo com nossas expectativas.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Devemos ter objetivos, estarmos vivos não é tudo, não devemos nos deixar ser arrastados a toda velocidade numa das curvas da highway. Como diz Jennifer Aniston, “Não faça planos, faça opções”. Ou seja: torne palpável, não idealize. Tudo que é muito idealizado tende a ficar no platônico que há em nós, alimentado por mocinhos e vilões do nosso imaginário conto de fadas. Opções são diferentes de metas. São um estilo de vida a ser seguido, e não uma estrada com um destino final. Porque se colocamos um destino final, significa que quando chegarmos lá, não haverá mais pra onde ir. E nós sempre estamos recomeçando. Independente de você acreditar na força do acaso, e eu, em azar ou sorte. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Será essa estrada uma prisão? Viver no ritmo da infinita highway, requer renunciar ao direito de ser livre. Mas não adianta mesmo ser livre, se tanta gente vive, sem ter como viver. Estamos vivos sem motivos? Que motivos temos para estar? Os motivos estão escondidos nas entrelinhas do horizonte dessa highway...E além do horizonte, existe um lugar...Onde queremos lembrar o que esquecemos e onde queremos aprender o que sabemos, porque isso de “não queremos nem saber” é como dar um grito por liberdade enquanto alguém deixa a porta se fechar. É preferível saber a verdade a se preocupar em não se machucar.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">No jogo do amor e na auto-estrada da vida, estamos a todo instante nos arriscando, vendo placas cortando o horizonte, como facas de dois gumes. E estamos vivos, tão confusos como a América Central...Como não ser irracional vendo placas “não corra”, “não morra”, “não fume”, “não pense”? Tudo é proibido, só nos resta desistir. Devemos correr todos os riscos ou dizer que não temos mais vontade? Nos oferecermos por inteiro ou nos satisfazermos com metades?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span style="mso-spacerun:yes"> </span>E nesse caos, enquanto olhamos pro infinito a sonhar, tem alguém de óculos escuros, que quando eu digo “te amo” só acredita quando eu juro. Mas nem por isso ficaremos parados, com a cabeça nas nuvens e os pés no chão. Por isso eu lanço minha alma no espaço, enquanto muitos pisam os pés na terra. Eu prefiro experimentar o futuro, não vale ficar lamentando não ser o que era. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Não devemos usar nossas frustrações e nossas limitações em acreditar em sonhos para impedir que os outros sonhem. Nem todo o caos que nos cerca. Ele cerca a todos nós, e cada um tira dele, exatamente o pretexto que precisa, pro amor ou para a dor. <span style="mso-spacerun:yes"> </span>Para mudar a vida ou se acomodar em sua mesmice. Então façamos um pacto de não usar a Highway pra causar impacto. E que sejamos inteiros e íntegros para amar. Eu não sou ator, eu não tô à toa do teu lado. Não quero encontrar na boca em vez do beijo, um chiclé de menta e a sombra do sorriso que eu deixei, porque sorrisos não são sombras, e gastar tempo mascando chiclé pra preencher o vazio, é como estar vivendo e morrendo na cidade, tendo tudo ao meu redor, mas sentindo que algo me faltava. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">É necessário, acima de tudo, correr os riscos dessa highway. Não podemos estar vivos sem motivos e nem objetivos. Se o sinal está fechado para nós, que somos jovens, e não mudamos mais o mundo, como há pouco tempo atrás, porque roubaram nossa coragem, que não roubem também nossos sonhos. Nem a paixão latejante que flameja na jovialidade que há <st1:personname productid="em ns. E" st="on">em nós. E</st1:personname> nós podemos estar completamente enganados, podemos estar correndo pro lado errado. Mas a dúvida é o preço da pureza, e é inútil ter certeza. Até porque o alvo, na certa não nos espera. E quando se parte rumo ao nada, qual é a graça de saber o fim da estrada, numa das curvas da Highway? </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">A vida é pra valer, eu fiz o meu melhor. E o meu destino eu sei de cor... </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><b style="mso-bidi-font-weight:normal">By Mônica<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Links das Letras:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal"><a href="http://letras.terra.com.br/biquini-cavadao/1410062/">http://letras.terra.com.br/biquini-cavadao/1410062/</a> </p> <p class="MsoNormal"><a href="http://letras.terra.com.br/paulinho-moska/48065/">http://letras.terra.com.br/paulinho-moska/48065/</a></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><i style="mso-bidi-font-style:normal">* Dedico este Post à Tainá, filhote meu, que me apresentou ambas as músicas e ampliou meu acervo. E à Kamilla, por noites filosofando sobre músicas e seu sentido pro Universo. Parabéns, Milla.<o:p></o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><o:p> </o:p></i></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-73211616925828961942010-04-28T11:27:00.003-07:002010-04-28T13:44:19.263-07:00Alice no País das Maravilhas (Não me Escreva Aquela Carta de Amor)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/S9h-gttBFfI/AAAAAAAAA5c/qSRYOObwEQI/s1600/alice+in+wonderland.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 200px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/S9h-gttBFfI/AAAAAAAAA5c/qSRYOObwEQI/s400/alice+in+wonderland.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5465257248303420914" /></a><br /><div><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">O post dessa semana, talvez seja o mais importante pra mim, desde o início do blog. Isso, por si só, já demonstra o peso da responsabilidade, pelo grau de importância pra mim. Tudo isso por falar de um tempo que me causa admiração e deslumbramento, desde as minhas lembranças mais precoces da infância, com o desenho preferido, no qual eu gostaria de mergulhar e viver a história num mundo real. Então, resolvi lançar um desafio a mim mesma, em torno de tudo isso: Juntar várias idéias numa coisa só, fazendo comparações e descobrindo se existe algo que une tudo isso. A idéia principal? Alice no País das Maravilhas, desenho da Disney baseado na obra literária de Lewis Carroll, que agora virou filme, com Tim Burton por trás das lentes. Então, esse post se dedica à Alice, de todas as formas Possíveis. Alice, de Lewis Carroll, onde tudo começou. Alice, o desenho, que me fascinou na infância, Alice no filme, que me fascinou como adulta. E como não poderia faltar, Alice na música, em composição de Paula Toller e Leoni, com o nome “Alice (Não me escreva Aquela carta de amor)”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Uau. Como começar? Talvez pelo princípio, que é o mais lógico. Ou pelo fim, visto que quando se trata de uma história sem pé nem cabeça, por onde se começa não importa, o que importa mesmo é onde se pretende chegar. Mas se não se sabe aonde ir, não importa que caminho tomar, já dizia o gato sorridente. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Antes de tudo, preciso dar algumas explicações, para que todos entendam as linhas que estão por vir. Comecei a fazer buscas na internet sobre o tema, e coisas marcantes do tema, que acabam invadindo o imaginário de muita gente. Exemplo: Gal Costa tem um CD lançando em 1993 que se chama “O Sorriso do Gato de Alice”, sabe-se lá porque. Com esse mesmo nome, encontrei um blog, com certeza de algum fã inveterado da menininha deslumbrada com um mundo que não existe, a não ser em seus sonhos, “nesse mundo só meu...”, como ela mesma canta. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Achei outro blog, de nome “Siga o Coelho branco”, nome este que seria dado ao CD mais recente de Pitty, mas foi mudado para Chiaroscuro. Porém, a idéia do coelho apressado não sumiu por completo, ao dizer “O Coelho dizendo ´Já é tarde´”, em “Rato da roda”, faixa do CD da Baianinha do Rock. Ainda em minhas buscas, encontrei o blog de Zeca Camargo, que faz uma crítica sobre o livro e o filme, em minha opinião, fabulosas, de fazer viajar na história, para quem a conhece de cabo a rabo como eu, e de fazer querer entrar nela, em quem ainda está descobrindo. Ah! Acrescento que li o livro todo de uma vez só, poucas horas antes de estar aqui escrevendo, para poder fazer algo mais completo sobre Alice. Não seria justo querer falar sobre ela sem saber como foi que ela nasceu de verdade. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">A Alice do livro, que se transformou em desenho, é uma menininha que viaja a um mundo que seria do jeito que ela deseja, onde as flores falam, coelhos vestem coletes e podemos pintar rosas brancas de carmim, para que a rainha de copas não nos corte a cabeça. Mas vai muito além disso, e a história engloba muitos personagens que passam por Alice, cada um com suas particularidades, que a marcam de alguma forma. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Tem a tartaruga falsa, que não aparece no desenho, e mostra um animalzinho infeliz, contando de como era legal quando ia pra escola no fundo do mar, estudar Educação Química, Algas práticas de desenho e Chuvória antiga e moderna, bem como o professor de línguas, que ensina bolo inglês e pão francês muito bem. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Tem os gêmeos, <span class="apple-style-span">Tweedledee e Tweedledum, que no desenho são como num musical, contando histórias através de canções, e que no filme de Burton, a confundem, apontando diferentes horizontes para Alice, que no filme se apresenta quase adulta, mas não menos sonhadora que a do conto de Carroll. <span style="mso-spacerun:yes"> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="apple-style-span">No filme, ela é uma jovem que foge de um casamento, correndo atrás de um coelho branco, entrando em sua toca. Semelhança com o desenho, porém a Alice do filme, teve o mesmo sonho várias vezes, desde a infância. Sempre com esse mundo de maravilhas, que agora ela mergulhou ao entrar na toca do coelho. Enquanto a pequena Alice do livro acha que tudo é real, apesar de ser apenas um sonho, a Alice do filme acha que tudo é um sonho, quando na verdade é tudo real. São dois momentos da mesma pessoa, onde a infância mostra a fantasia, e a visão emocional de um mundo, que a Alice maior torna racional, achando ser fruto de sua imaginação, pensando que a qualquer momento acordará. Mas ela tem a consciência de que está cada vez mais curiosa, e apesar de tudo, segue sua jornada por esse País das Maravilhas com ares de Terra do Nunca, atrás de um coelho apressado, que sua curiosidade anseia em saber o motivo de tanta pressa para um simples coelho, afinal, ela nunca tinha visto um coelho de colete e de relógio. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><img src="http://2.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/S9h-g8vYVhI/AAAAAAAAA5k/PGmBlSjNn0w/s400/alice23.JPG" />A curiosidade vence a prudência, pois mesmo tentando dar bons conselhos a si mesma, como ela mesma diz no conto infantil, ela segue os avisos de “beba-me” e “coma-me” que encontra pelo caminho, aumentando e diminuindo de tamanho diversas vezes. E aquela história do cogumelo, que leva a muitos a fazerem apologia à drogas, é tudo idéia da lagarta. Sempre soube que ouvir uma largarta não era lá boa coisa a se fazer, ainda mais quando ela não responde perguntas, e a cada cinco segundos pergunta “Quem é você?”.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">A lagarta do filme tem um tantinho de humor ao chamar Alice toda hora de “Menina burra”, pois ela não consegue saber quem ela mesma é, devido a tantas mudanças que já sofreu desde que chegou nesse mundo louco. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Outro ponto marcante da história é a visita de Alice ao Chapeleiro Maluco, que no conto de Carroll se passa como uma visita para um chá de desaniversário, mas que no filme, se estende além disso. O chapeleiro é quase um personagem tão importante quando Alice, que tenta atos heróicos para ajudá-la em sua missão de destruir o reinado da Rainha Vermelha para que a Rainha Branca assumisse de novo, seu trono por direito. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Ah, quase ia me esquecendo de comentar: no filme de Tim Burton, há uma mistura entre as duas obras de Carroll : “ Alice no País das Maravilhas” e “Alice no País dos Espelhos” – segunda essa que não tive oportunidade de ler – trazendo à trama uma heterogeneidade que a diferencia da história que nos recordamos quando crianças, com<span style="mso-spacerun:yes"> </span>as lembranças que temos do desenho.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Porém, não podemos querer uma cópia fiel da obra literária. Como disse Zeca Camargo em seu comentário sobre o filme, se o filme fosse uma cópia fiel da obra, não teria tanta graça e tanto impacto, como teve com as licenças poéticas que Burton fez para torná-lo mais interessante. E quem fala aqui, é uma fã de carteirinha da Alice, que se fascinou com a nova versão, onde até parece que o Chapeleiro Maluco, estava mesmo maluquinho pela Alice, e eu quase cheguei a torcer para que ela ficasse por lá, pelo mundo subterrâneo a fazer chapéus e tomar chá para todo o sempre. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E porque sempre está o Chapeleiro a tomar chá? Ele brigou com o tempo, pois o tempo não é algo, é alguém (“Se você falasse com educação, ele faria com o relógio o que você quisesse”). E agora, que o tempo está bravo com ele, ele parou de correr e são sempre cinco da tarde. Cinco da tarde é hora do chá. Por isso, vive ele a tomar chá sem parar, sempre mudando de lugar. Oferecendo mais chá à Alice, que não entende como tomar mais chá, se ainda não tomou nenhum, mas “mais” é sempre diferente de “nenhum”, e não é preciso entender, apenas tome mais uma xícara. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Vivendo de chá e de charadas sem respostas, o Chapeleiro intriga Alice no conto Original, mas a encanta no filme, onde a mesma charada tem um efeito diferente sobre a menina que está no mundo onde nada é impossível. Qual a semelhança entre o corvo e a escrivaninha? “Não tenho a mínima idéia”, responde ele – o autor da charada, por isso conhecido como maluco, mas essas são as pessoas mais legais. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E assim, tanto no filme, como no desenho ou no livro, tudo acaba como um sonho, pois o mundo real volta para mostrar que aquilo foi apenas uma aventura. Tantos sonhos morrem em poucas palavras, como diz a música. A Alice da música, que esquece do amor e quer mandar uma carta que ninguém quer receber, é uma Alice em muito, parecida com a menininha, ou a jovem da história do País das Maravilhas. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Ela sempre precisa que lhe lembrem das coisas, as idéias que ela tem são temidas, por serem fora dos padrões de normalidade. Ela é tão sincera que é preciso ser treinado para enfrentá-la. “Fica mais uma semana”, Alice. E ela responde: É tarde, é tarde, é tarde! Preciso correr atrás do meu Coelho Branco para viver uma aventura, que seja sonho ou fantasia, mas nesse mundo só meu, o que não fosse, seria. E se eu sou várias no mesmo dia e não sei mais quem sou, só me resta reinventar meu mundo de maravilhas. Nós, crianças de todas as idades.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><b style="mso-bidi-font-weight:normal">By Alice (Vulga Mônica)<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><b style="mso-bidi-font-weight:normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language:EN-US">Links Interessantes:<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://letras.terra.com.br/kid-abelha/46794/">http://letras.terra.com.br/kid-abelha/46794/</a> (Música)</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://colunas.g1.com.br/zecacamargo">http://colunas.g1.com.br/zecacamargo</a> (Com os ótimos textos que o Zeca escreveu)</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://sorrisodogatodealice.blogspot.com/">http://sorrisodogatodealice.blogspot.com/</a> (Apenas pelo nome)</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://sigaocoelhobranco.zip.net/">http://sigaocoelhobranco.zip.net/</a> (Apenas pelo nome)</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Trailler:</p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><object width="560" height="340"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/uJqMRLFezbo&hl=pt_BR&fs=1&"><param name="allowFullScreen" value="true"><param name="allowscriptaccess" value="always"><embed src="http://www.youtube.com/v/uJqMRLFezbo&hl=pt_BR&fs=1&" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="560" height="340"></embed></object></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><br /></p></div>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-80270755416411244562010-04-22T14:27:00.000-07:002010-04-22T14:28:56.432-07:00Duelo Legionário: "O Descobrimento do Brasil" (Legião Urbana) X "Índios" (Legião Urbana)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/S9C_SsyPFxI/AAAAAAAAA5E/HpMMfhjloNQ/s1600/brasil10.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 370px; height: 243px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/S9C_SsyPFxI/AAAAAAAAA5E/HpMMfhjloNQ/s400/brasil10.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5463076675980826386" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">O post dessa semana era um tema que queria falar semana passada, mas foi preciso adiar por idéias urgentes que brotaram de última hora. Porém, ele não vai acontecer de novo, será novamente adiado, visto que outro tema me surgiu, e que não pode ser adiado. Idéias que já estavam em minha cabeça para serem postas em prática na semana do descobrimento do Brasil e do dia do índio, vão vir agora à tona. Pra tal fato, me utilizo do poeta revolucionário que tanto falava de nosso país em letras protestantes. Renato Russo, em duas canções da Legião Urbana: O descobrimento do Brasil X Índios.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Aparentemente sem nada em comum, O Descobrimento do Brasil e Índios se assemelham quando vomitam seus anseios não satisfeitos. Cada qual à sua forma, mas com o desejo latejante de tornar palpáveis suas inquietações, permitindo-as serem saciadas.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Em “O Descobrimento...”, Renato fala sobre um amor não realizado (“Será que você vai saber o quanto penso em você com o meu coração?”), idealizado (“Quem modelou teu rosto? Quem viu a tua alma entrando?” – ele enxerga muito além do rosto, e consegue visualizar a alma que lhe é tão cara), com marcas suaves que lembram sua infância (“A tia Edilamar e a tia Esperança...”) e com o amargo sofrimento de quem se sente invisível perante os olhos de quem ama (“Quem está agora ao seu lado? Quem para sempre está? Quem para sempre estará?”). <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Ele reforça que o objeto do seu amor ama a outro, e que é algo sólido e difícil de quebrar, pois as famílias se conhecem bem. Tudo o que ele quer, é lugar, papel passado, com festa, bolo e brigadeiro, um canto sossegado, um pouco de sossego. Será pedir demais? Como atingir aquilo que nós queremos, e às vezes, nem estamos sonhando tão alto assim? Ao início da letra, ele diz estar pensando em casamento, mas não quer se casar. Ao final, ele diz ainda pensar em casamento, mas diz que ainda não pode se casar. A vontade mudou, mas isso não o possibilita suas concretizações, pois ele é rapaz direito, e foi escolhido pela menina mais bonita. Mas ela não lhe pertence e ele não se acha no direito de chegar aos seus sonhos de forma suja. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Já em Índios, Renato mostra sua indignação por um mundo que está ao contrário e ninguém reparou. Mundo esse no qual, as pessoas se acostumaram a viver, sem se deixarem abalar pelo caos instalado. Um mundo onde as pessoas podem levar embora até o que não temos. Onde cortamos panos-de-chão de linha nobre e pura seda, pois é cada vez mais comum em nós banalizarmos o que nos é raro e caro. Porque o ritmo frenético em que vivemos não nos permite selecionar o precioso do podre, e assim, misturamos tudo numa coisa só, sem dar a cada coisa, seu devido valor. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Ele diz que o que aconteceu ainda está por vir, pois tudo se repete a todo instante. As mesmas histórias, os mesmos erros, as mesmas ladainhas e falsas promessas. E também diz que o futuro não é mais como era antigamente. Bons tempos que não voltam, onde tudo era melhor do que agora. E o futuro será ainda pior do que hoje. E nesse jogo de antíteses, onde tudo se repete e nada é igual, ele prossegue dizendo que quem tem mais do que precisa ter quase sempre se convence que não tem o bastante, porque nosso ponto de saciedade vai se modificando conforme vamos atingindo novos patamares. E falamos demais quando não temos nada a dizer, porque precisamos preencher o silêncio com palavras vazias, perdendo a preciosa oportunidade de contemplá-lo. Martin Luther King diz que “Nossas vidas começam a terminar no dia em que permanecemos em silêncio sobre as coisas que importam”. E acrescento dizendo que o fim também chega quando falamos demais ao não termos nada de útil a acrescentar. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-tab-count:1"> </span>Nesse mar de lamentações e queixas revolucionárias, ele segue idealizando o mundo que sonha. Quem me dera ao menos uma vez que o mais simples fosse visto como o mais importante. Mas nos deram espelhos, e vimos um mundo doente. Doentes, somos nós, que não enxergamos nada além das nossas vaidades, sem olhar no espelho e ver nossa infinidade de defeitos irreparáveis. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Não dá pra entender como um só Deus ao mesmo tempo é três, quando se quer o perigo e se sangra sozinho, pois isso não traz ninguém de volta, nem a si mesmo: Só quando podemos dividir as nossas dores, começamos a enxergar que deixamos o Deus que nos salvou ficar triste sem nada fazer. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Acho que todos deveríamos acreditar por um instante em tudo o que existe, e acreditar que o mundo é perfeito e que todas as pessoas são felizes, pois só assim, poderemos fazer a nossa parte para que tudo dê certo e para que tudo passe apenas de sonhos utópicos. Acho que merecemos algo além de ser atacados por sermos inocentes. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Nós, acomodados e revolucionários reprimidos, nada mais somos do que índios andando em círculos nos nossos rituais de sobreviver, nos vitimizando de inocentes aos ataques injustos, quando na verdade, podemos pegar nossas lanças e lutar pela nossa liberdade, que nos permitirá redescobrir o país inteiro que há dentro de nós, e que ele não seja careta e covarde. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Temos que descobrir a melhor forma e o melhor caminho que nos levem ao doce equilíbrio de aceitar as nossas limitações, sem nos tornarmos indiferentes com as coisas que podemos mudar para melhor. <span style="mso-spacerun:yes"> </span>Só assim, poderemos transpor barreiras e verdadeiramente amar. Não só nossa família, amigos, amores. Mas nosso país, nosso “Eu” que faz a diferença. E todos aqueles que queremos que percebam o nosso coração. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Será que você vai saber o quanto penso em você com o meu coração? Descobri que é sempre só você que me entende do início ao fim. E é só você que tem a cura pro meu vício de insistir nessa saudade que eu sinto de tudo que eu ainda não vi. Mas quero ver. Brasil, mostra a tua cara, confia <st1:personname productid="em mim. N ̄o" st="on">em mim. Não</st1:personname> venderemos todas as almas dos nossos índios em um leilão. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal">By Mônica<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><o:p> </o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Links das Letras:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><a href="http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46959/">http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/46959/</a></p> <p class="MsoNormal"><a href="http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/92/">http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/92/</a></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-50251921243085814692010-04-13T21:36:00.000-07:002010-04-13T21:38:05.047-07:00Encontros e Despedidas (MIlton Nascimento) X Só de Passagem (Pitty)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://1.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/S8VGXeuoLvI/AAAAAAAAA4s/TrBCxfwbBMs/s1600/abismo.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 265px; height: 356px;" src="http://1.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/S8VGXeuoLvI/AAAAAAAAA4s/TrBCxfwbBMs/s400/abismo.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5459847492456165106" /></a><p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:.9pt;margin-bottom:0cm; margin-left:13.85pt;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;tab-stops:36.0pt; mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="mso-bidi-font-weight:bold">“Se eu morrer, sobrevive a mim com tamanha força<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:.9pt;margin-bottom:0cm; margin-left:13.85pt;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;tab-stops:36.0pt; mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="mso-bidi-font-weight:bold">que acordarás as fúrias do pálido e do frio,<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:.9pt;margin-bottom:0cm; margin-left:13.85pt;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;tab-stops:36.0pt; mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="mso-bidi-font-weight:bold">de sul a sul, ergue teus olhos indeléveis,<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:.9pt;margin-bottom:0cm; margin-left:13.85pt;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;tab-stops:36.0pt; mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="mso-bidi-font-weight:bold">de sol a sol sonha através de tua boca cantante.<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:.9pt;margin-bottom:0cm; margin-left:13.85pt;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;tab-stops:36.0pt; mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="mso-bidi-font-weight:bold">Não quero que tua risada ou teus passos hesitem.<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:.9pt;margin-bottom:0cm; margin-left:13.85pt;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;tab-stops:36.0pt; mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="mso-bidi-font-weight:bold">Não quero que minha herança de alegria morra.<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:.9pt;margin-bottom:0cm; margin-left:13.85pt;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;tab-stops:36.0pt; mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="mso-bidi-font-weight:bold">Não me chames. Estou ausente.<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:.9pt;margin-bottom:0cm; margin-left:13.85pt;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;tab-stops:36.0pt; mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="mso-bidi-font-weight:bold">Vive em minha ausência como em uma casa.<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:.9pt;margin-bottom:0cm; margin-left:13.85pt;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;tab-stops:36.0pt; mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="mso-bidi-font-weight:bold">A ausência é uma casa tão rápida<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:.9pt;margin-bottom:0cm; margin-left:13.85pt;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;tab-stops:36.0pt; mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="mso-bidi-font-weight:bold">que dentro passarás pelas paredes<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:.9pt;margin-bottom:0cm; margin-left:13.85pt;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;tab-stops:36.0pt; mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="mso-bidi-font-weight:bold">e pendurarás quadros no ar.<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:.9pt;margin-bottom:0cm; margin-left:13.85pt;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;tab-stops:36.0pt; mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="mso-bidi-font-weight:bold">A ausência é uma casa tão transparente<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:.9pt;margin-bottom:0cm; margin-left:13.85pt;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;tab-stops:36.0pt; mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="mso-bidi-font-weight:bold">que eu, morto, te verei, vivendo, <span style="mso-spacerun:yes"> </span><o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="margin-top:0cm;margin-right:.9pt;margin-bottom:0cm; margin-left:13.85pt;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;tab-stops:36.0pt; mso-layout-grid-align:none;text-autospace:none"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span style="mso-bidi-font-weight:bold">e se sofreres, meu amor, eu morrerei novamente.” (Pablo Neruda)<o:p></o:p></span></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">O texto dessa semana, para não fugir à regra, foi parido num tempo maior do que deveria. Mas dessa vez, tenho o álibi, um assunto que justifica. É adiar o inadiável e estender por um tempo maior, o que inevitavelmente chegará, cedo ou tarde. Mas na verdade, é muito além do que eu planejava fazer. Quando pensei nas músicas em questão, estava com uma idéia inicial. Fatos nos últimos dias, colaboraram para expandir minhas idéias, aliados às influências que andei lendo, e como resultado, não sei onde essa bomba vai explodir.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span style="mso-spacerun:yes"> </span>Explico-me, para que entendam que o objetivo pode ser um, e o resultado final ser diferente: a minha idéia era falar da vida. De como estamos nesse mundo de passagem, entre erros, acertos, tropeços e saltos, tentando fazer valer a pena, tendo sempre pessoas ao nosso redor que nos influenciam. Tendo crenças que nos influenciam, tendo percepções do mundo que nos influenciam. Para isso, escolhi duas músicas que cabem certo com a minha idéia inicial. Daí pensei: como falar de vida e não abranger parte impreterível dela? Então, vários pensamentos relacionados à finitude da vida, me vieram à mente. E sim, no meio de tudo, falarei dela, a temida, ou a salvação. A evitada ou o fim do sofrimento. Morte, entre de forma sutil aqui, para que todos possam refletir sobre você, dessa vez com um novo olhar. Vamos lá, vamos pelo menos tentar. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Grandes influências de hoje, Milton Nascimento e Pitty, me ajudam com “Encontros e Despedidas” e “Só de passagem”. Não sei nem por onde começo. Se exponho minhas idéias e depois falo das músicas, ou vice-versa. Mas vamos tentar focar, e<span style="mso-spacerun:yes"> </span>começar pela músicas, visto que são protagonistas desse blog.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Milton Nascimento fala de uma música que sempre me foi meio familiar. No tempo de escola, o meu Eu de catorze anos escreveu, certa vez, uma redação que falava sobre a vida. Falava sobre a vida como uma viagem de trem, onde podemos descer em várias estações para realizar grandes feitos, mas descer ou não é uma opção nossa, e reembarcar é nossa falta de opção, porque se ficarmos ali parados, não iremos a lugar algum. O embarque é só de ida, e se passarmos toda a viagem sem descer em estações para conhecer novos lugares dentro de nós mesmos, chegaremos ao fim da viagem sem ter tido nada de proveitoso. Okay. Chega do meu Eu de catorze anos, que foi desacreditada pela professora quanto à autoria. Ela queria saber qual livro utilizei, mas isso não vem ao caso.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Encontros e despedidas, de uma forma ou de outra, fala disso. E fala mais, fala do mundo de lá. O outro lado da vida. Ele quer saber noticias de lá, e saber quem está desse lado. Ele quer ser recebido por pessoas queridas, independente de que lado da vida esteja, seja a finita, seja a eterna. Ele gosta de poder partir sem ter planos, e poder voltar sempre que quer (espíritos são livres, espíritos só passam por aqui), nas nossas idas e vindas ao longo de várias vidas pela eternidade. A vida se repete na estação (mudaram as estações, nada mudou), o que mudam são apenas os protagonistas, com histórias parecidas ou divergentes, porém o que não podemos é ser coadjuvantes da nossa própria história. Tem gente que veio só olhar. Que sejamos quem chegue pra ficar, ou aqueles que vão pra nunca mais, para ancorar em um porto diferente, mas deixando uma marca de eternidade por onde passamos. E assim, vivendo a sorrir e a chorar, chegamos e partimos, de encontro aos dois lados da mesma viagem. A hora do encontro é também despedida, porque toda partida é a chegada a um outro lugar. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Momento de fechar ciclos e finalizar etapas. E de reencontros tão antigos que ficaram no esquecimento em nossa memória. A plataforma dessa estação, são as vidas que adiam sem explicação. Vidas que Pitty mostra por um olhar passageiro em “Só de passagem”. Ela diz que não é nada daquilo presente no universo em que vive, e sim está naquela situação de forma temporária, como um caixeiro viajante a espera do próximo destino. Não tenho cor nem cheiro, eu não pertenço a lugar nenhum. Porque posso estar em todos os lugares sem estar acorrentada a nenhum deles. Ela mostra nossa existência como uma fotografia. Um registro de um momento, um recorte no tempo, onde estávamos naquela cena, sob aquela lente, naquele foco, vestindo aquela identidade. Mas não significa que ficaremos ali, parados, com sorrisos congelados, pela eternidade. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Nada me toca, nem aprisiona. Como diz Paulo Leminski, “Esta vida é uma viagem, pena eu estar só de passagem”. Eu possuo muitas coisas, mas nada disso me possui. É como aquela história de “Desejo que ganhe dinheiro, pois é preciso viver também. E que você diga à ele, pelo menos uma vez, quem é mesmo o dono de quem.” </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">O lance, é não inverter as peças do jogo e as ordens dos fatores, porque isso vai alterar todo o resultado final. Eu posso possuir coisas, mas não posso me aprisionar a elas, deixando que elas me possuam. É mais ou menos isso que as pessoas materialistas sentem. Elas são tão presas ao que tem e ao que desejam ser, que esquecem a que vieram e o que verdadeiramente são. E o que essencialmente importa. O necessário não é possuir nada. E tampouco se deixar possuir por invólucros temporários. Que sejamos espíritos livres, que passeiam por aqui, sem explicação, acima da carne e do metal.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Que aceitemos a complexidade que é viver e que consigamos lidar com o fantasma da finitude da nossa existência material sem nos assombrarmos diariamente, quando na verdade, deveríamos agradecer por cada dia que podemos nos reinventar e sermos algo novo. Nós vamos morrer, e isso nos torna afortunados. A maioria das pessoas nunca vai morrer, porque nunca vai nascer, li certa vez. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Não há separação, nem distinção entre matéria e espírito. O que existe é uma liberdade maior quando conseguimos enxergar além dos nossos olhos. Eu posso (e devo) viver o aqui, e o agora, que pode ser o primeiro ou o último momento dentro desse minúsculo espaço de tempo na eternidade onde nos tornamos suscetíveis ao acaso fatídico. Esse espaço onde se valoriza demais pequenos gestos que fazem grande diferença, porque uma oportunidade perdida pode jamais ser recuperada. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">O autor de “O Pequeno Príncipe” diz que o que se leva da vida, é a vida que se leva. Então, esse barco, quem conduz somos nós, tendo ou não experiência <st1:personname productid="em navegar. Teremos" st="on">em navegar. Teremos</st1:personname> que aprender a lidar com o mar calmo e o turbulento, sem ninguém para nos dizer pra que lado girar o leme. Mas devemos aproveitar as circunstâncias para nos fazer crescer em nossas certezas e nos permitir novos horizontes, sendo sempre nós mesmos, certos de que não seremos os mesmos por toda a eternidade, pois só o que está morto não muda. E querendo ou não, somos todos eternos, e estamos agora, infinitos enquanto duramos. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E se houver uma pedra bem grande no meio do caminho? E se uma encosta cair e tivermos que mudar o rumo, pegando um atalho ou um caminho mais longo? E se for tudo diferente do que planejamos, sonhamos? Se levarmos uma vida que não foi a almejada? Respondo parafraseando Fernando Pessoa: "Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas que já não têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre ao mesmos lugares.É o tempo de travessia...E se não ousarmos fazê-la,teremos ficado para sempre,à margem de nós mesmos.” </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Então, nossa próxima parada: viver o agora. Eternizá-lo. Porque devemos viver como se fossemos morrer no próximo segundo, para não gerar arrependimentos futuros. Frases clichês, que todos cansamos de ouvir, eu sei. Mas quando se trata de morte, muitos sentimentos entram em pauta: dor, irreversibilidade, saudades, inconformismo, indignação, impotência. E por aí vai.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Como diz Martha Medeiros, morrer é um verbo carregado pra se falar da nostalgia que a saudade traz, mas talvez seja o mais real. Porque a única saudade não saciada é a de quem não volta mais. Na nossa mente que entende que morte é o fim, é separação, é um eterno abismo entre duas almas que estavam ligadas, e que agora, tem um vão de separação. Um vão simples, na verdade, alcançável com um pulo. Um pulo de fé, esperança ou credibilidade no futuro que nos aguarda e no sentido que precisamos encontrar em nossas vidas. Não devemos esperar sermos poeiras de estrelas para que possamos brilhar. As próprias estrelas morreram há tanto tempo e querem continuar eternas. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Mas a nossa eternidade não começa quando a vida termina. Ela começa em atos bem vividos e palavras bem colocadas, nas frases certas, no tempo devido. Nos sentimentos vividos com a intensidade de um romance shakespeareano. Um velhinho barbudo e grisalho, adorado por toda a garotada que é fã do bruxo mais famoso do mundo, disse uma frase interessante: “Para uma mente bem estruturada, a morte é apenas a etapa seguinte”. Porém é muito difícil alguém estar tão estruturado que no momento da perda e da separação, tenha estrutura para agir com naturalidade diante do que deveria ser natural a todos nós. Ainda temos dentro de nós um algo, uma fagulha divina, que nos faz sensibilizar e nos sentirmos amputados em alguma coisa. É essa mesma fagulha que nos mantém como pessoas que podem fazer algo por um mundo melhor, porque ainda deixamos sangrar dentro de nós, emoções sinceras por algo temporariamente irreparável.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Morrer não dói, já dizia o poeta, que diz que as borboletas só vivem 24 horas. Mas isso é só uma questão de opinião. Há quem ache a morte bem dolorosa, para quem vai, e sobretudo, para quem fica desse lado. Acontece que certas coisas existem, independente de acreditarmos ou não. Independente da nossa fé e dos nossos princípios. A morte é uma dessas coisas. E todos temos que encarar isso, tendo preparo prévio ou não. O fato de que a vida continua (e se entregar é uma bobagem) também. Seja como vida eterna, seja com a pluralidade das existências, seja como for, e com o que se queira acreditar. Mas o fim absoluto não existe. O que existe, é o recomeço para algo novo. O para sempre, sempre acaba. E recomeça. Para dar lugar ao que é eterno. E aí, começo a pensar que nada tem fim. E não tem explicação, não tem, não tem...</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> “<i style="mso-bidi-font-style:normal"><span style="mso-bidi-font-weight:bold">Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar teus olhos que são doces, porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto. No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida. E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.</span></i></o:p></p><p class="MsoNormal"><i style="mso-bidi-font-style:normal"><span style="mso-bidi-font-weight:bold"> Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado. Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados, para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada, que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado. Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.<br />Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada. Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite. Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa. Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço. E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado. Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos. Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir. E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas. Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz perenizada.”<br /></span></i><span style="mso-bidi-font-weight:bold"><br />(Ausência - Martha Medeiros)</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><b style="mso-bidi-font-weight: normal">By Monica<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Links das Letras:</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://letras.terra.com.br/milton-nascimento/47425/">http://letras.terra.com.br/milton-nascimento/47425/</a></p> <p class="MsoNormal"><a href="http://letras.terra.com.br/pitty/69133/">http://letras.terra.com.br/pitty/69133/</a></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-80663059474634614422010-03-24T20:50:00.000-07:002010-03-24T20:51:49.368-07:00Do Fundo do Meu Coração (Roberto/Erasmo Carlos) X É mágoa (Ana Carolina)<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://2.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/S6rdip5TYSI/AAAAAAAAA3k/1FG08aB5xt8/s1600/amor7.JPG"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 290px; height: 271px;" src="http://2.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/S6rdip5TYSI/AAAAAAAAA3k/1FG08aB5xt8/s400/amor7.JPG" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5452413886316896546" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Pra variar, o post dessa semana veio com atraso. Sete dias depois, eis-me aqui, terminando com mais uma espera do meu assíduo Edu. O tema é simples e complicado ao mesmo tempo. Não tem quem não tenha sentido e quem não tenha ouvido falar, mas o turbilhão de sensações que o tema nos faz sentir, aumentam a minha responsabilidade em algo tão frágil e difícil de abordar: a dor de um amor não resolvido. Ou o fim de um amor que urge <st1:personname productid="em viver. Ou" st="on">em viver. Ou</st1:personname> apenas, dor de cotovelo, se assim preferirem. Pra tal feitio, uso de “Do fundo do meu coração”, de Roberto e Erasmo - que aliás, fica belíssima na voz da Calcanhoto – e “É mágoa”, da intensa e sentimental Ana carol. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Falar desse tema é algo desafiador, pois exalta a parte hemorrágica que há em mim, que adora e necessita falar de dor de cotovelo, porque cada um tem uma visão tão diferente dos sofrimentos de amor,e é sempre bom ver uma situação por novos ângulos.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Começo meu ritual: leio as letras e começo ouvir as canções em pauta, e sangra pelos meus poros uma vontade de falar tanta coisa que me vem à mente e não consigo traduzir <st1:personname productid="em palavras. Droga. No" st="on"><st1:personname productid="em palavras. Droga." st="on">em palavras. Droga.</st1:personname> No</st1:personname> fim das contas, vou ser incompleta. Mas quando se trata de fim, é assim mesmo. Sempre nos sentimos amputados, faltando um pedaço vital nosso, que não entendemos como sobreviveremos sem. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Na letra de Roberto e Erasmo, o fim é tratado com lamentos e uma mágoa dolorida. É um alguém que se lamenta ainda amar e se entregar a um outro alguém, que pouco se importa com as feridas que abre nesse coração que ama sem receber amor. E essa pessoa, intensa, que ama e teme dizer seus sentimentos cada vez que é questionada sobre eles, esquece do seu orgulho, se sufoca em sua solidão, esquece o desprezo que sofreu e tenta novamente se entregar, achando que agora, será diferente. E percebe a estupidez quando o doce fica amargo e o sorriso do abandono é indiferente às cicatrizes que permanecem sangrando em sua alma. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Já Ana, não padece muda curtindo a sua dor. Ela grita. Ela tem raiva, mágoa viva, latejante em seus olhos coléricos, de quem tem pulsando dentro de si a vontade de se libertar de todo o mal que a indiferença aos nossos sentimentos nos faz sentir. Ela já diz de antemão, que está com três pedras na mão, portanto, que o semeador desses sentimentos passe longe. Ela diz que “só queria distância da nossa distância”, como quem quer distância de estar longe, porque sente saudades e quer ficar perto. E ao mesmo tempo, como quem quer distância disso tudo, porque não agüenta mais a situação e quer mesmo sair procurando uma contramão.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Ela sabe que cada um devia ficar na sua, mas quer, de toda forma, atingir quem a fez sofrer. E quando tenta fazer isso, se arrepende, por que lá no fundo do seu coração, teme acertar quem ela queria acertar. E quando vê que não dá em nada, percebe que não tem nenhum valor, porque não conseguiu acertar o coração. Pior que ter boca e não falar, ter olhos e não ver, é ter coração e nada sentir. E ela via um coração que era imune a qualquer atitude dela.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Ana, se vê como o alvo, de tanto que tinha sofrido. Na canção de Roberto, ele também se vê como alvo, carregando consigo as cicatrizes desse amor que o faz ficar ali, chorando a mesma dor e tendo que saber como é viver sem a pessoa amada. Ambos se sentem sós, um que tinha até a sua solidão na dela, outro, depois de tanta solidão, não querendo a volta nunca mais. Acabe com essa droga de uma vez, não volte nunca mais pra mim. E se eu for embora, não sou mais eu. Porque eu, nunca iria embora e te deixaria pra trás. Só que água de torneira não volta pelo ralo. E eu vou embora como ela. Adeus. Ponto final. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Será que com o fim decididamente decretado, tem-se a garantia do fim da dor lacerante? </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">A raiva, não ajuda <st1:personname productid="em nada. Lamentar" st="on">em nada. Lamentar</st1:personname>, muito menos. Porque nenhuma dessas alternativas é garantia de um coração mais leve e uma vida mais aliviada, se libertando dos fantasmas que tanto nos angustiam. Somos meros mortais, choramos água com sal. Mas o que tem uma importância relativa pra nós, fica guardado em um lugar especial, um lugar inatingível que não gostamos que seja afetado, nem destruído. E por isso, as dores demoram a se curar, porque não queremos nos libertar de tudo aquilo, porque a parte sonhadora que há em nós ainda acredita que um acontecimento extraordinário irá mudar o rumo das coisas e consertar os erros, fazendo a relação ser retomada de forma mágica. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Grandes acontecimentos milagrosos só acontecem em filmes água com açúcar, e a realidade é um pouco mais amarga que isso. E engorda um bocado, contraditoriamente. Uma relação não precisa apenas de amor, porque ele só não basta. Ela exige, sim, muito esforço de ambas as partes e o reconhecimento dos passos errados, para que não se estabeleça uma guerra de culpas que termina em tragédia. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E se nada adiantar, ainda há a renovação. Todo fim leva ao começo de algo novo. Temos medo do novo, e de reviver situações e repetir sofrimentos, mas só há como saber vivendo, experimentando, porque as delícias que nos envolvem devem ser degustadas como pratos únicos e sem nos lambuzarmos, que gosto tem? </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Citando uma frase de um filme bom que vi esses dias, “500 dias com ela”, a menina, ao aconselhar o irmão, que está abalado pelo fim de um amor que ele acreditava ser mais perfeito que tudo, lhe mostra, que na verdade, não era bem assim que as coisas funcionavam. Mas era apenas esse o ponto de vista dele da relação.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">E ela lhe diz “Quando você olhar pra trás, dê um segundo olhar, e tente não ver apenas o lado bom”. Com isso, ela o faz perceber que esse amor perfeito era apenas uma ficção de sua mente, porque no fim das contas, amor mesmo, só ele sentia. E amor é um fluxo de ir e vir, não pode simplesmente ir e não voltar, ele precisa ser retroalimentado. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">“Pra terminar, dizer que o amor chegou ao fim, esqueça de me perguntar se ainda há amor em mim”, diz Ana em outra canção. Porque quando ainda há amor de uma das partes, a sensação de fim não chega, fica uma idéia de “pausa para intervalo” como se a qualquer momento fossemos apertar o play e seguir em frente, mas não é assim. Isso de “dar um tempo” não funciona, porque, ou o amor existe, ou não.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Quando o tempo do amor passa, e o tempo age no desgaste dos sentimentos que deveriam se renovar todos os dias, não há nada que possa ser feito além de encerrar decentemente uma história que teve começo, meio e fim. E o final feliz? Fica pra mais tarde, após virar a página e iniciar o próximo capítulo. De preferência, sem repetir os erros. Contando coisas bonitas. E até lá, devemos viver. Temos muito ainda por fazer. Não olhe tanto pra trás, o mundo começa agora. E nós, apenas começamos.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">(Obrigada, Boa noite.)</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><b style="mso-bidi-font-weight:normal">By Mônica<o:p></o:p></b></p> <p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal"><br />Links das Letras:</p> <p class="MsoNormal"><span style="color:#555555"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal"><a href="http://letras.terra.com.br/ana-carolina/75939/">http://letras.terra.com.br/ana-carolina/75939/</a></p> <p class="MsoNormal"><a href="http://letras.terra.com.br/roberto-carlos/48582/">http://letras.terra.com.br/roberto-carlos/48582/</a></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-36741385898244029462010-03-10T19:03:00.000-08:002010-03-10T19:04:03.301-08:00Clube dos Cinco<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://4.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/S5hdjSg0wCI/AAAAAAAAA24/A9NbDeX8Kxw/s1600-h/friends1.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 400px; height: 270px;" src="http://4.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/S5hdjSg0wCI/AAAAAAAAA24/A9NbDeX8Kxw/s400/friends1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5447206610150932514" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Caros leitores, amigos e bisbilhoteiros de plantão. Essa semana, resolvemos inovar, reinventar, e criar mais um tópico utópico para dar cores ao nosso espaço musical pluriexistencial.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Resolvemos fazer um intercâmbio temático. Pra isso, nada melhor que...Amigos. Tema? Já devem ter percebido, e puxo sardinha pro meu lado, nosso lado, nós, mulheres. Que temos um dia internacional, que nesse espaço, virou uma semana internacional.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Então, convidamos amigos queridos e leitores especiais do nosso blog, pra falarem de músicas com o tema mulher. E eles foram além do nosso alcance. Nos surpreenderam, empolgaram, e nos deram a honra de palavras da mais alta categoria, agora postado nesse espaço. Espero que leiam, apreciem e possam sentir o que nós sentimos ao ler.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Queridos amigos, Obrigada! Isso foi muito importante pra nós, e a parceria se reacenderá em outras oportunidades. Para os que passarem curiosos, sendo mulheres, deliciem-se. Sendo homens, percebam. O mundo existe com a soma magnífica entre um homem e uma mulher. Mas sem a existência dela, não haveria cor, doçura e encantamento. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Tudo bem, meninos...É melhor vocês se cuidarem, ela vai partir seu coração em dois, em alguns momentos. Ela pode ser uma provocadora que faz coisas pra agradar. Garotinho, ela vai sorrir, ela vai te fazer de bobo, ela é uma mulher fatal. Todas, doidas ou santas, são mulheres fatais, com partes adormecidas e partes ensandecidas dentro de seus universos de pimenta e mel, com cheiro de flor. Mas acima disso tudo, mostrando seu lado angelical ou mulher fatal, ouve o jeito que ela fala, perceba o jeito como ela anda. Ela é uma boneca perfeita...*</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Mônica (E seu Edu)</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i><span class="Apple-style-span" style="color:#FF9966;">* Com trechos de “Femme Fatale”, </span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#FF9966;">Velvet Underground</span></span><o:p></o:p></i></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-6178749579726410030.post-19782907840576041672010-03-10T18:59:00.000-08:002010-03-10T19:03:02.920-08:00Luiza (Tom Jobim) X Beatriz (Chico Buarque)<p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="apple-style-span"><span style="color:black;"><img src="http://4.bp.blogspot.com/_1-OWK3wdxKo/S5hdA2GqohI/AAAAAAAAA2w/ScBCaWb9UOk/s400/bale9.JPG" /><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">O post dessa semana é especial pra mim, por vários motivos: pelo MEU dia internacional, por termos convidados especiais e por falar de músicas com um significado especial: Luiza, de Tom Jobim e Beatriz, de Chico Buarque. Músicas especiais porque parecem traduzir o infinito particular que existe em cada uma de nós, pequenas deusas em terra de mortais. Luiza é especial em particular pra mim, porque um dia, do meu ventre para o mundo, a Luiza brilhará. E Beatriz, cuja musa inspiradora de Chico se chama...Marieta Severo, sua ex-esposa, que é atriz. Ser atriz. To be atriz. Beatriz. Logo, fala um pouquinho de todas nós, "Beatrizes" ou não. "Atrizes" ou não, mas que somos protagonistas das nossas próprias vidas. Autoras dignas de oscar das nossas histórias reais.</span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="apple-style-span"><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Beatriz é como uma bailarina, leve e delicada, dançando por onde quer que passe. Ela é moça, porque podemos ser jovens em todas as idades. É triste, porque carregamos fardos, por vezes, demasiadamente pesados. É ao contrário, porque viramos do avesso e temos fases: TPM, euforia,carência, melancolia. Ela é pintura, perfeita, feita à mão: é um quadro e uma escultura, com mil perfis em um só, como toda boa atriz: é estrela, divina, comédia, mentira. São papéis que interpreta, em lares que habita, com paredes de giz, frágeis e passíveis de desmoronar, como louça, que evaporam como éter, são insanos como a loucura, pré-montados para espetáculos como cenários de sua vida. Nada é constante, nem ela o é. Um dia, dança no sétimo céu. Em outro, chora num quarto de hotel.<o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="apple-style-span"><span><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Pra entrar em sua vida, é preciso aprender a andar sem os pés no chão, é aprender a arriscar-se, pois "para sempre" é por um triz. É preciso não temer</span></span></span><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><br /></span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">desastres, tragédias, terremotos, porque pode ser perigoso ser feliz.</span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><br /></span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Sempre há quem peça bis, nós somos todas meio assim. Divinas estrelas a decorar nossos papéis, bailarinas de outro país, prestes a despencar do céu, mas com um anjo a nos passar o chapéu.<o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="apple-style-span"><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Luiza é o outro lado que há em nós, que flutua, navegando no azul do firmamento, entre um silêncio em câmera lenta e um trovador cheio de estrelas. Amadores apaixonados tentam esquecê-la, mas são aprendizes do seu amor: eles desejam sempre os desejos dela, e querem ser exorcizados por essa vontade incontrolável de matar a sede de paixão que ela desperta.</span></span></span><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"><br /></span><span class="apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">E ela se mantém forte, aparentando distância. Embaixo dessa neve mora um coração?<o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="apple-style-span"><span><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> </span></span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Acorda, amor, que existe um coração que bate, uma mente que seduz, uma alma enigmática que atrai os sete mil amores guardados somente pra ela. Ela, com raios de sol nos cabelos, rosas na boca e um céu inteiro ao seu dispor, com uma lua a iluminar os sonhos e com as estrelas de um trovador envolvido pelo seu mistério.<o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="apple-style-span"><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">"Luizas" e "Beatrizes" ganham canções de seus admiradores. "Luizas" e "Beatrizes" nada mais são do que as nossas versões, nossas faces, nossas vidas paralelas que convergem em um só ponto. A multiplicidade de um ser ímpar. O universo de sentimentos que se resume em um sorriso ao receber uma flor de um apaixonado, uma lágrima com o nascimento de um filho, uma lembrança de um momento especial, um novo patamar alcançado. <o:p></o:p></span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span class="apple-style-span"><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Todas somos bailarinas equilibristas, sensíveis, resistentes, choronas, determinadas, sensuais, princesas. Andando na corda bamba entre o nosso lado doce e o lado amargo, e despertando a fera, o bicho, o anjo e a mulher que existe no íntimo das nossas vaidades. Em comum, temos: esse ar de mistério e sedução, que desperta o amor, a proteção, o desejo, a paixão. E um pouquinho mais. E nesse vai-e-vem, entre arriscar, cair e se reerguer como mulheres maravilhas, continuamos. Sem parar de dançar. São dois pra lá, dois pra cá. </span></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><span><o:p><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> </span></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><b><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">By Mônica<o:p></o:p></span></b></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><span><o:p><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;"> </span></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><span><span class="Apple-style-span" style="color:#FFFFFF;">Links das Letras:</span><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="apple-style-span"><span style="color:black;"><o:p> </o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://letras.terra.com.br/tom-jobim/20019/">http://letras.terra.com.br/tom-jobim/20019/</a><span class="apple-style-span"><span style="color:black;"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://letras.terra.com.br/chico-buarque/45115/">http://letras.terra.com.br/chico-buarque/45115/</a><span class="apple-style-span"><span style="color:black;"><o:p></o:p></span></span></p>Alinehttp://www.blogger.com/profile/06478419043219087316noreply@blogger.com3