O post dessa semana levou mais de um mês para ser feito (enquanto o Edu, lóoogico, já estava com seu texto pronto me esperando, pacientemente), e tenho certeza que não busquei inspiração suficiente, e no fim, acharei que poderia ter sido melhor. É o que acontece quando falamos de amor, nenhuma palavra existente no vocabulário parece bastar para tentar expressar o que o coração sente.
Como, ao passar o carnaval, o ano começa verdadeiramente, eu saio do meu ócio reflexivo e venho recomeçar, de forma diferente: sem chocar duas letras, duas músicas em uma idéia, mas falando de alguém que me faz ter motivos para estar aqui. Falo do Eduardo, utilizando Eduardo e Mônica, da Legião Urbana. E tento fazer um paralelo entre o Eduardo da música, composto por Renato, e o meu Eduardo, composto PRA mim.
Ele é menino do Rio, tem um calor que me provoca arrepio. É moreno, alto, bonito e sensual. Preguiçoso, dorminhoco, irresistível, sensacional. Viciado em Coca-cola, e quando foi tomar juízo, só tinha vodca. De manhã, abre os olhos, mas pra que se levantar? Fica enrolando até perder a hora. Faz o melhor pão esperto da cidade, fazia jornalismo, agora faz publicidade. Nos cruzamos um dia, na internet sem querer, e como apenas bons amigos, começamos a nos conhecer. Adora sempre ter algo pra ler, se for jornal, ele delira, tanto quanto futebol na TV. Gol do flamengo?Ele pira. Adora debater sobre política, de Arnaldo Jabor até Xexéo, dois colunistas. Adora fórmula 1, Batman é seu herói, mas Cazuza está no topo, pois ele diz que “morrer não dói”, sabe tocar na ferida.
Era viciado em lanchonete, mas a Mônica disse que ele precisava se cuidar. Não anda sem fones de ouvido ouvindo algum rock legal, desde Led Zepellin até The Beatles e Frejat. Adora feijoada, adora churrascada, mousse de maracujá, com coca bem gelada, sem gás e com rum, românticos, libres. Celular pra quê? Quer ouvir 1001 discos antes de morrer. Quer fazer uma tattoo, tocar bateria, e pegar o diploma ao som de “Ideologia”. É filho único da mamãe, e cresceu com a “primaiada”, nem queria ouvir falar sobre Friends, até ter uma namorada viciada.
Nunca imaginei que o Eduardo existia, e tampouco que eu era a Mônica dele, e que a internet nos uniria. Ele só tinha 19, e eu já tinha terminado a faculdade, fazia pós-graduação e ele procurava estágio. A Mônica queria ir pro Médico Sem Fronteiras, o Eduardo, fazer revolução e acordar a vizinhança inteira. Ele ensinou à ela a gostar de Jornal, ele gostou de se sentir um cara atual. Ela ensinou à ele a jogar baralho, ela gostou de ganhar dele uma jogada. Eles brigaram mil vezes, e fizeram as pazes. Ele lhe apresentou o Arpoador, ela lhe deu amor sem fim. Ele fez mil declarações, ela escreveu a história linda. E eles dividiram filmes, músicas, críticas, lugares, lágrimas, abraços, vitórias e lástimas.
E assim, dispostos, se atraíram, e a vontade crescia, e crescia, e crescia. Como tinha de ser, porque não há razão pras coisas feitas pelo coração. E a sensação de reencontro crescia, preenchia e os tornava cúmplices. Querem construir uma casa, daqui uns dois anos, quando pretendem se casar na primavera. Vão juntar uma grana, e os melhores amigos para a melhor festa que sonharam. Eduardo e Mônica, voltaram-se um pro outro e o início da história dá saudade de lembrar. E eles já conseguem imaginar o jardim, as crianças, o sol e eles, todos juntos, a brincar. Não existe razão pras coisas sonhadas e vividas pelo coração. Mas e se tudo tiver razão?NEOQEAV.
By Mônica
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http://letras.terra.com.br/legiao-urbana/22497/
2 comentários:
Não tenho muito que falr deste texto, né? Ele está incrivelmente lindo. Você é um escritora totalmente fascinante e tira qualquer assunto de letra. Te amo muito. Agradeço a Deus por ter você a meu lado.
Lindo texto. Minhas vistas nem doeram dessa vez. kkkk
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