Desde a história antiga, a mulher estava relacionada com a fertilidade. Era considerada o alicerce da família, limitada pelo trabalho doméstico (considerado uma virtude) e o papel que desempenhava na sociedade era de colaboradora do marido. No início do século XX, eis que de repente ela resolve então mudar. Uma revolução de operárias em busca de melhores condições de trabalho e melhores salários, torna-se o marco dessa mudança. A mulher percebe que não foi apenas educada pra cuidar e servir. Foram em busca do direito de se expressarem. Muitos protestos ocorreram em vários países. Quase cem anos depois, a mulher brasileira conseguiu o direito a voto.
No século XXI, a mulher vira a mesa, assume o jogo. Não é difícil ver uma mulher
Uma das características mais marcantes da mulher é conseguir ser forte sem perder o encanto e a sutileza. Luta pelo seu espaço e faz questão de se cuidar. O instinto materno, que já é de sua natureza, faz com que ela defenda seus ideais como se estivesse protegendo seus filhotes no ninho. Tudo isso sem perder a beleza excêntrica e zelada.
Tem talento de equilibrista. Busca sempre a dosagem certa entre a razão e a emoção. Quando não consegue, faz a mistura perfeita entre o concreto e o abstrato. O exato e o humano.
Quando você se depara com uma mulher, está diante de várias. É o dom da diversidade. Ela é muitas se você quer saber. Consegue ser mãe, esposa e profissional ao mesmo tempo. E não termina por aí. Depois do lar, do trabalho e dos filhos. Ainda vai pra nigth ferver.
As mulheres são estereotipadas como sexo frágil. Essa busca por igualdade é justamente para se livrar desse rótulo. E o que foi deixado para trás, foi a dependência do homem. As mulheres querem se mostrar, sem a necessidade de estarem escondidas numa figura masculina. Nem serva, nem objeto. Já não quer ser o outro. Hoje ela é o também.
Priscila é mineirinha, aparentemente calada. Mas quando fala, se faz brilhar. Amiga, boêmia, romântica, bobiça, engraçada. Autêntica, sempre surpreende. Tem bom gosto musical. Tem opinião e a fórmula da juventude. Notável pra quem vê, essencial depois de uma simples conversa. É analista contábil. E entende de números tanto quanto cultivar uma amizade.
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"Anna Julia" (Los Hermanos) Por Kon
Eu não sou o maior fã de Anna Julia. Pronto, falei. Confissão difícil essa!
Mas, antes de levar pedradas de fãs fervorosos da alegre canção, acredito que devo me apresentar: sou Conrado Heoli, publicitário em formação e cinéfilo confesso. E sim, sou dotado de egocentrismo inegável, visto que comecei um texto sobre uma música falando de mim... Mas enfim, antes de mais nada, e de sair da escrita em primeira pessoa, quero agradecer o espaço cedido através de um convite feito pela minha excelente amiga Mônica e seu namorado querido Eduardo. Casal que brilha muito e tem um caminho iluminado pela frente, sem dúvidas!
Retomando Anna Julia e minha relação de amor e indiferença para com a canção e a moça que a intitula, devo mencionar primeiramente minha adoração por Los Hermanos. Hermanos meus que conheci através da supracitada canção! E o que me causa desinteresse por Anna Julia hoje é ver que esses meus hermanos cresceram tanto, e desenvolveram tantas outras canções tão mais belíssimas e dilacerantes, que acabo achando a música que projetou um dos melhores grupos para o cenário musical contemporâneo brasileiro bastante insossa. Inocente, até.
Mas é impossível negar a importância de Anna Julia. A música e a moça foram responsáveis pelo primeiro contato de 10 entre 10 atuais fãs com Los Hermanos. Hermanos esses, que hoje se distanciaram para seguir caminhos diferentes... Mas essa já é outra história. Mas a Anna, moça que encantou e deixou Alex Werner (que, em 1999, era empresário da banda) de coração quebrado, deve ser agradecida eternamente. Sem ela, hoje não ouviríamos canções tão emocionantes quanto “Último Romance”, “Sentimental” e “De Onde Vem a Calma” tocando incessantemente em nossos players, memórias e corações.
Essa Anna Julia que, como tantas outras moças, inspirou devaneios de tantos jovens, que criou sentimentos complexos em rapazes apaixonados - e nunca os correspondeu. Histórias mil existem como essa, se replicam constantemente em corações imaturos ainda não muito calejados ou despedaçados. O hino Anna Julia foi e continua sendo declamado por muitos, mesmo após mais de 10 anos, mas não são todos que assumem a empatia com a composição de Marcelo Camelo. Ainda que a melodia não me comova com a simpatia que já me causou tempos atrás, fica a lembrança das vezes que me identifiquei com todas as palavras da canção, incluindo as mais melancólicas: "Quando tudo tiver fim, você vai estar com um cara, um alguém sem carinho, será sempre um espinho, dentro do meu coração".
Oh Anna Juliaaaaaa! Obrigado por inspirar meus hermanos barbudos a elaborarem uma canção com seu nome e sobre você. E você teve suas recompensas por isso, não é mesmo? Seu nome foi cantado ao redor do país por tantas vozes diferentes que fica difícil conseguir imaginar um número para quantificar tal afirmação. E, além de todo o amor e dor de cotovelo declarados à você por desconhecidos, você ficou famosa ao redor do mundo na voz de George Harrison, o ex-Beatle favorito de muita gente... Tem conhecimento da importância disso?
Finalizando, declaro que meu texto é para todas as Annas do mundo. Nos dêem uma chance, pode ser? Somos os românticos incuráveis, que como o Joel de "Brilho eterno de uma mente sem lembranças" se apaixonam apenas por receber um sorriso. Sejam nossa Clementine, não nossa Anna Julia.
"Uou uou uou".
Conrado é cinéfilo, amante da arte e de afetos sinceros. Sabe se fazer presente na ausência. Sabe ser especial a quilômetros de distância. Sabe semear sorrisos e cultivar amizades. É ocupado, mil e uma tarefas em um único ser humano, reles mortal com ares de anjo. Cuida, protege, é cúmplice e engraçado. É doce, cativante, especial. É publicitário, com alma criativa e desejo urgente em reinventar os outdoors das nossas vidas. Ele tem sonhos. E vai. Ao infinito, e além.
Link da Letra:
"Maria de Verdade" (Carlinhos Brown) Por Ed
Fui convidado para a difícil, mas ao mesmo tempo agradável função de escrever sobre a canção “Maria de verdade” gravada magistralmente por Marisa Monte em seu álbum Verde Anil Amarelo Cor de Rosa e Carvão (adoro o nome desse álbum ). Passado o espanto pela coragem de Eduardo e Mônica de me recrutar para tal tarefa, veio o famoso branco total, e agora?
Como definir uma Maria de verdade? Como encontrá-la? Onde mora essa Maria, que um apaixonado e delirante Carlinhos Brown procura até mesmo entre fadas, besouros e pierrôs?
Não precisamos ir tão longe assim, a Maria de verdade mora dentro de cada mulher que sai pra trabalhar, cuida da casa, dos filhos e ainda tem que dar atenção ao seu homem (marido ou namorado) que mesmo sem saber, é programado por ela, e só lhe resta ficar ali parado, emoldurado, esperando chover desse céu que é Maria: amor.
Até ELE quando esteve aqui entre nós ficou sob os cuidados de uma Maria, e desde então este nome que atravessou séculos, criou uma força de revirar trens.
Quem somos nós diante de uma Maria de verdade? Filhos? Amantes? Devotos? Seja lá o que for, sempre que estivermos no profundo poço da poça do mundo, ela virá voando para nos socorrer, voando mesmo! Pois a alma boa sempre voa. Voa e sofre. Ser Maria é padecer no paraíso, mas mesmo que doa, nunca nos abandone Maria Mulher, Mulher Maria.
Edílson é primo, amigo e irmão. Seus pensamentos fervilham. Tem uma opinião sobre tudo e ao mesmo tempo é uma metamorfose ambulante. Ama cinema, Madonna e gosta de bancar o durão, mas tem um grande coração.
Link da Letra:
"As Rosas Não Falam" (Cartola) X "Sou Sua Sabiá" (Marisa Monte) Por Jean
“Olha...
Será que ela é moça
Será que ela é triste
Sera que o contrário
Será que é pintura...”
(Beatriz – Chico Buarque)
O medo que toma conta de nós – medo esse que escondemos para manter nossa postura altiva diante de vocês e, assim, manter o suposto controle – se esvai em um toque de suas mãos em nosso rosto e vocês dizem com os olhos “Eu estou aqui com você!” e nós esquecemos que vocês também sentem medo.
E quando o sol nasce junto ao sorriso em seus lábios e vem acompanhado de um singelo “Bom dia!”, nos tornamos mais fortes, sem perceber que o nosso abraço e o nosso “Bom dia!” também faria de vocês mais fortes.
E quando escutamos a voz do amor que há em vocês, somos as criaturas mais felizes deste mundo, e em troca vocês pedem apenas um... “Eu te amo!”.
Se as lágrimas caírem de nossos olhos, Vênus tem um jeito de consolar que nos torna crianças em seus braços, e o homem vira um garoto diante do seu abraço, e Marte nem lhe perguntou se você precisava de colo...
E como sabiás, se achegam cantarolando palavras que nos cativam, entre olhares e sorrisos que nos apaixonam.
Sempre buscam apaziguar as brigas que nós quase sempre provocamos por motivos banais, ou por ciúmes daquela que amamos, afinal decidimos nós mesmos (homens) que vocês são nossas, sem nem ao menos lhes perguntar se é isso que querem, ou se é isso que precisam... E ainda dizemos “Foi você que provocou!”.
Quase sempre dão tudo que podem e o melhor que tem. Dedicam seu tempo aos nossos interesses e ainda arrumam tempo para se mostrarem lindas aos nossos olhos.
Eu poderia dizer agora que vocês são como rosas... Mas como, se o poeta disse que “simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam de ti”? Creio que as rosas que inspiraram-se em vocês.
E esse perfume que nos conquista e nos domina… Ah! Se todos os domínios fossem perfumados assim, não haveriam libertos!
O que vocês dizem com o olhar é o segredo que só vocês sabem, só entende quem tem a sensibilidade da alma e o amor do coração... Jamais sentiremos como vocês sentem, e jamais amaremos como amam.... Somos o corpo, vocês a nossa alma! Só nos resta agradecer... Obrigado mulher!
E a quem contestar este merecido 8 março...
Pense todos em todos os dias que foi cuidado por sua mãe, as noites em claro, os dias que somos amados por nossas lindas namoradas e esposas, dias em que nós homens nos apaixonamos pela milésima vez pela mesma mulher enquanto ela simplesmente arrumava o cabelo de forma singela, e com toda a delicadeza que cabe a um ser tão divino. Sem dizer nos dias que elas acordam estressadas (sem explicação aparente! Mas uma vez me disseram que mulher não é para ser entendida, é para ser amada! Então confie e ame!), mas ainda assim não perdem a beleza e você pensa: “Ela nervosa fica mais linda!”. Pense que elas não são tão incansáveis como aparentam, e que apesar de serem múltiplas em um único ser, elas carecem, mas não se deixam derrotar jamais! E apesar de tudo, nunca desistiram e ainda conseguem amar. E quando as tratamos como objetos, elas se mostram humanas e choram... Por isso, e o muito mais que só elas têm, que merecem um dia dedicados a elas!
Meninas... Mulheres... Agora olhem para si e não vejam apenas um belo corpo, apenas uma mãe, uma Amélia ou só como a esposa do fulano, do beltrano... Olhem e vejam que sem vocês nada seria possível!
Devo crer senhoritas que vocês, como unidade e multiplicidade, seja como Maria ou Mariana, Aline ou Beatriz, sendo você ou Janaína, no fundo são essência, amor e ternura... São mães, pais, avós, irmãs... Amigas, companheiras, amores e o tudo para nós.
Dedico esse texto e meu sincero amor para as mulheres poderosas da minha vida: Ana, minha mamãe; Luiza, minha afilhada sapeca; Thais, Jana, Lys, Nine, Wall, Vanessa (Val), Grazi, amigas que amo com minha vida! Sou um homem de sorte por tê-las comigo! PARABÉNS MENINAS!
E como tudo começa e termina com música...
“Garotos não resistem aos seus mistérios
Garotos nunca dizem não
Garotos como eu sempre tão expertos
Perto de uma mulher...
São só garotos!”
4 comentários:
A dinda simplesmente ARRASOU nesse post!!!
ameeeeeeei!
P.S: o posto da amélia! rsrs
Como anfitriã, sinceramente HONRADA, preciso dizer...Pri, você precisa escrever mais, sério. Você soube desconstruir a Amélia com a alma de uma feminista. Kon e a paixão platônica que todo homem teve um dia por Anna Julia, mostrou de uma forma simples, como surge um amor, algo sutil e delicado, como ele sabe fazer com louvor. Ed, sempre visceral e profundo nas palavras, definiu alguém simples com intensidade, e emocionou com suas palavras bem arranjadas. Jean, transbordou parte de sua alma para o texto, e falar que fiquei emocionada é pouco. Teve momentos que "uauuu" não conseguiram ficar retidos em minhas cordas vocais. Se traduzir o amor e sua intensidade em palavras é possível, é através de você, meu caro poeta,anjo,pierrô apaixonado. Certas pessoas sabem a sorte que tem?rsrs
Beijos, meus caros brilhantes. São mais que especiais pra mim.
Bom... Como o outro anfitrião, devo dizer que fiquei extremamente feliz com o post dessa semana. Quero dizer que todos vocês arrasaram. Pri, eu sabia que você iria conseguir desconstruir Amélia com uma intesidade única, mas não imaginava que iria também nos dar uma aula de feminismo histórico. Kon, você conseguiu expor a passionalidade de todo homem quando tem um amor platônico pelas Annas que despedaçam nossos corações. Ed, você é sempre incrível, sempre consegue encontrar características novas em tudo. Maria nunca mais será a mesma depois deste texto.
Jean... Bom, você é poeta. Eu devo confessar, quero aprender a falar de amor tão bem quanto você. Sua sutileza é tão visceral que consegue transforma uma vírgula em um texto. As rosas irão roubar o perfume que exala do seu texto.
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