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quarta-feira, 7 de julho de 2010

"Canção da América" (Milton Nascimento) X "Minha Vida" (Rita Lee)

A idéia desse mês, eram dois amigos por semana, falando de amizade, e depois que todos se pronunciassem, entraríamos Edu e eu, para fechar o tema com nossos posts. Porém, contratempos, é isso aí. Abriremos o mês, a ordem dos fatores não altera o conteúdo. E para falar desse assunto, presente em nossa vida, simples e complexo, doce e por vezes, diverso, estou eu aqui, com “Canção da América”, de Milton Nascimento e “Minha Vida”, de Rita Lee.

Quem não tem amigos? Todos experimentamos, ao longo de nossas vidas, diversas vezes, o sabor de uma amizade verdadeira e talvez o de uma amizade simulada. Levamos conosco, afetos sinceros, deixamos pra trás, personagens inventados. O tempo passa, os dias vão e vem, mas quem ficou, no pensamento voou. E quem voou, no pensamento ficou. Porque AMIGO é coisa pra se guardar debaixo de sete chaves, do lado esquerdo do peito. Dentro do coração. Assim eu ouvi, certa vez, numa canção que na América ouvi. A letra que sempre me emociona.

Quem nunca chorou ao ver um amigo partir? Pra um outro país, uma outra realidade, uma outra filosofia de vida, pra um outro mundo, para um outro plano. Não importa o tipo de separação: física, emocional, espiritual. Mesmo esquecendo a canção, com a lembrança o outro cantou. Mas se você não pode ser forte, seja pelo menos humano. É difícil quando alguém importante não pode estar ali, mais uma vez, dividindo um momento crucial de nossa existência. Todo mundo é parecido quando sente dor, mas só verdadeiros amigos ouvem a voz que vem do nosso coração, mesmo que o tempo e a distância digam não.

E guardado debaixo de sete chaves, ficam as lembranças, dos que passaram e passam por nós. Dos que permanecem e dos que deixaram apenas marcas. Tem aquela amiga que era companheira de aventuras, de passar a noite fora e acordar no estacionamento do supermercado pra voltar pra casa de manhã. Tem lugares que me lembram minha vida, por onde andei. Tem a amiga que cresceu com você, com promessas de um futuro onde tudo seria dividido, e de alguma forma, isso ficou numa janelinha encantada que sempre vai esperar acontecer, mesmo que um oceano inteiro as separe. Cenas do meu filme em branco e preto. Tem a amiga que madrugou pra te levar pra fazer uma prova, que viajou com você por dias inesquecíveis, que te proporcionou a primeira chance de dormir fora de casa. Personagens do meu livro de memórias.

A que estudava com você, madrugadas adentro, para provas na faculdade, fazendo mais bagunça do que estudando. Aquela que você mimava enquanto ela guardava uma vida dentro de si. As histórias, os caminhos. A amiga que você conheceu pela internet e nem se lembra mais que foi assim que se conheceram. Que se visitam com freqüência, ou pelo menos nos aniversários. A amiga que você conheceu pela internet, e só ela entende suas piadas, e só ela está com você todos os dias, te vendo rir e chorar, mais perto do que parece. Entre todos os amores e amigos, de você me lembro mais. Aquele amigo com quem você teve inesquecíveis momentos e que mesmo sumindo por vezes, não deixa o vento o levar embora. Que o vento levou, e o tempo traz.

Aquele amigo que você conheceu através de outra amiga, e que hoje, você não vive sem. Daria a vida por ele. Entre corações que tenho tatuados, de você me lembro mais. Aqueles que eram seus amigos, e você apresentou pra outros amigos seus. O destino que eu mudei. Aquela com quem você dividia seus momentos adolescentes, de tietagem, jogos em tardes intermináveis. A que te viciaria em algo tão legal e benéfico, que te traria um mundo inteiro a descobrir. Que foi pra longe, e está sempre na memória. Desenhos que a vida vai fazendo. Aquela amiga que você conheceu por ter perdido alguém especial, e como “recompensa”, ganhou algo tão bom que nem podia acreditar. Aquela que se parece tanto com você, que assusta. A que você gosta de cuidar como se fosse mãe dela e a que você vê muito raramente, mas que é tão especial, que fica se perguntando por que as oportunidades de conviver estão ficando tão poucas, nessa vida corrida que nos toma tempo para ser gente grande. Tem pessoas que a gente não esquece nem se esquecer.

Tem aquela amiga que te deixou cedo demais, e nunca será esquecida. De você, me lembro mais. Tem aqueles que te deixaram por opção, e deixaram um espaço vazio que não dá pra explicar a sensação. Desbotam alguns, uns ficam iguais. Tem aquela que era pra ser mãe, mas é amiga. Porto seguro onde eu voltei. Meu mar e minha mãe. Aquele que era pra ser pai, mas te escuta. Meu bálsamo benigno. Aquela que é o sonho de todo mundo. Amigos como irmãos. Irmã amiga. Desde o início estava você. Tem aquele que já é especial por si só, mas não basta ser amor, precisa ser amigo. Não basta estar na alma, ocupa o coração. Entre todas as novelas e romances, de você me lembro mais. Mas venha, o que vier, qualquer dia amigo a gente vai se encontrar. De vocês, não esqueço jamais...

“You just call out my name,

and you know wherever I am

I'll come running,

to see you again.

Winter, spring, summer or fall,

all you have to do is call

and I'll be there,

You've got a friend.”

By Monica

Links das Letras:

http://letras.terra.com.br/milton-nascimento/27700/

http://letras.terra.com.br/rita-lee/63084/

3 comentários:

Anônimo disse...

Quando você me contou da idéia de post especial para o dia dos amigos, tive a certeza de que você faria um texto espetacular. E não me enganei. Este texto tem a sua marca registrada, lirismo , alegria com uma pequena ponta de melancolia e sua alma. Todos os textos tem a sua alma e nesse você se desnudou, colocou sua alma para fora e escreveu lindamente sobre este tema que eu sei que você ama.
Parabéns, mais um texto brilhante.

Te amo!

Jean disse...

Não vivo, sem duvida, sem essa amizade, mesmo que as vezes distante, distraido, eu esteja, mas so de saber que voce esta ai ja é confortante e encorajador! =D

Unknown disse...

Acho que todos nós temos amigos para qualquer momento. Nenhum é mais importante que o outro. São todos essenciais para aqueles momentos que você mais precisa. Tenho orgulho de me "achar" aí nesse texto. Mas amizades não necessita de agradecimentos, é uma troca. E é bom parar e lembrar do que compartilhamos nos mesmos momentos. Por esse motivo, mesmo com a distância, sinto como se você fosse minha amiga de infância.
Amooooo, bobiça!