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quarta-feira, 10 de março de 2010

Luiza (Tom Jobim) X Beatriz (Chico Buarque)

O post dessa semana é especial pra mim, por vários motivos: pelo MEU dia internacional, por termos convidados especiais e por falar de músicas com um significado especial: Luiza, de Tom Jobim e Beatriz, de Chico Buarque. Músicas especiais porque parecem traduzir o infinito particular que existe em cada uma de nós, pequenas deusas em terra de mortais. Luiza é especial em particular pra mim, porque um dia, do meu ventre para o mundo, a Luiza brilhará. E Beatriz, cuja musa inspiradora de Chico se chama...Marieta Severo, sua ex-esposa, que é atriz. Ser atriz. To be atriz. Beatriz. Logo, fala um pouquinho de todas nós, "Beatrizes" ou não. "Atrizes" ou não, mas que somos protagonistas das nossas próprias vidas. Autoras dignas de oscar das nossas histórias reais.

Beatriz é como uma bailarina, leve e delicada, dançando por onde quer que passe. Ela é moça, porque podemos ser jovens em todas as idades. É triste, porque carregamos fardos, por vezes, demasiadamente pesados. É ao contrário, porque viramos do avesso e temos fases: TPM, euforia,carência, melancolia. Ela é pintura, perfeita, feita à mão: é um quadro e uma escultura, com mil perfis em um só, como toda boa atriz: é estrela, divina, comédia, mentira. São papéis que interpreta, em lares que habita, com paredes de giz, frágeis e passíveis de desmoronar, como louça, que evaporam como éter, são insanos como a loucura, pré-montados para espetáculos como cenários de sua vida. Nada é constante, nem ela o é. Um dia, dança no sétimo céu. Em outro, chora num quarto de hotel.

Pra entrar em sua vida, é preciso aprender a andar sem os pés no chão, é aprender a arriscar-se, pois "para sempre" é por um triz. É preciso não temer
desastres, tragédias, terremotos, porque pode ser perigoso ser feliz.
Sempre há quem peça bis, nós somos todas meio assim. Divinas estrelas a decorar nossos papéis, bailarinas de outro país, prestes a despencar do céu, mas com um anjo a nos passar o chapéu.

Luiza é o outro lado que há em nós, que flutua, navegando no azul do firmamento, entre um silêncio em câmera lenta e um trovador cheio de estrelas. Amadores apaixonados tentam esquecê-la, mas são aprendizes do seu amor: eles desejam sempre os desejos dela, e querem ser exorcizados por essa vontade incontrolável de matar a sede de paixão que ela desperta.
E ela se mantém forte, aparentando distância. Embaixo dessa neve mora um coração?

Acorda, amor, que existe um coração que bate, uma mente que seduz, uma alma enigmática que atrai os sete mil amores guardados somente pra ela. Ela, com raios de sol nos cabelos, rosas na boca e um céu inteiro ao seu dispor, com uma lua a iluminar os sonhos e com as estrelas de um trovador envolvido pelo seu mistério.

"Luizas" e "Beatrizes" ganham canções de seus admiradores. "Luizas" e "Beatrizes" nada mais são do que as nossas versões, nossas faces, nossas vidas paralelas que convergem em um só ponto. A multiplicidade de um ser ímpar. O universo de sentimentos que se resume em um sorriso ao receber uma flor de um apaixonado, uma lágrima com o nascimento de um filho, uma lembrança de um momento especial, um novo patamar alcançado.

Todas somos bailarinas equilibristas, sensíveis, resistentes, choronas, determinadas, sensuais, princesas. Andando na corda bamba entre o nosso lado doce e o lado amargo, e despertando a fera, o bicho, o anjo e a mulher que existe no íntimo das nossas vaidades. Em comum, temos: esse ar de mistério e sedução, que desperta o amor, a proteção, o desejo, a paixão. E um pouquinho mais. E nesse vai-e-vem, entre arriscar, cair e se reerguer como mulheres maravilhas, continuamos. Sem parar de dançar. São dois pra lá, dois pra cá.

By Mônica

Links das Letras:

http://letras.terra.com.br/tom-jobim/20019/

http://letras.terra.com.br/chico-buarque/45115/

3 comentários:

Tainá Crisóstomo disse...

Essa canção é simplesmente maravilhosa... se eu fosse escrever pra este blog, provavelmente falaria de Luiza.
Parabéns, gostei do post.

Unknown disse...

Você não contou isso no texto, ams eu tenho que expor isso. Você na verdade não estava falando das mulheres, e sim de você. Porque ninguém representa melhor a síntese de bailarina, equilibrista e sensível melhor que você. Ninguém é tão visceral quanto você. Você é 80 sempre, mas às vezes gosta do 8, que é quando relaxa e se permite curtir esses momentos únicos como foram estes posts.
Deposi de todos os estresses, esse com certeza é a semana mais utópica deste tópico. Que continue assim, PARCEIRA.
Essa são as palavras apaixonadas deste amador apaixonado que nunca tente te esquecer e que nunca cansa de te amar.

Te amo!

Camila disse...

Só encontrei esse post agora... tenho duas filhas... Luiza, a mais velha, e Beatriz, a caçula... Escolhi os nomes em razão das músicas..
Adorei ler a sua interpretação... Desejo que elas sejam as mulheres fortes que vc traçou e que despertem um grande amor!!!

Camila