CLICK HERE FOR BLOGGER TEMPLATES AND MYSPACE LAYOUTS »

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Carta aos missionários (Uns e outros) X Tele fome (Jota Quest)

Invertendo a ordem com o Eduardo, e continuando a falar sobre os quatro cavalheiros, essa semana quem fala sobre guerra e fome sou eu. Guerra, na forma literal. E quanto à fome, que nos dói e nos faz ter pressa, falo dela. Mas não àquela que se sacia com alimento. Pelo menos, alimento pro corpo. Porque a gente não quer só comida, a gente quer matar a sede e curar a dor. Da alma. Com algum remédio ou antídoto para preencher nosso vazio interminável. Então, falo de fome de amor. É a fome que o mundo precisa saciar. Sendo assim, todos os outros problemas se dissolvem. Para seguir meu discurso, me utilizo de Uns e outros e sua Carta aos missionários, e Jota Quest com seu Tele fome.

Acredito na forte ligação dos temas, em uma era onde os egos que competem pelo poder tem fome de lutar, enquanto os miseráveis emplacam uma guerra por comida, por sobrevivência. Onde foi parar o amor num mundo onde existem gigantescas batalhas que tem como finalidade saciar desejos egoístas, uma fome – que deve ser mais intensa e urgente do que os que não tem alimento – de vencer exércitos a qualquer custo, mesmo que necessite devorar um a um os humanos como eles, pra chegar ao objetivo final?

Missionários e missões em um mundo pagão, resultam em missões suicidas. Se não há um Deus no comando, e crença em nada, como podemos esperar bons resultados dessa guerra?

Ódio e destruição nos quatro cantos da terra, como os quatro cavalheiros que noticiam o fim da espécie humana. Isso parece mesmo a marcha para o fim. Onde todos andam às cegas, em fileiras, indo pra lugar algum, destruindo-se uns aos outros no caminho.

A pureza das crianças não escapa desse revés. Em vez de estarem brincando, as crianças estão tomando a frente da guerra, dissipando sua inocência a cada vida que exterminam. Tem seus pequenos corações manchados pelo sangue faminto por poder e status que os representantes das grandes nações idolatram. A culpa vai para as crianças. As fardas bonitas e as condecorações, para os grandes senhores que não sujam suas mãos com o sangue que tanto sacia sua sede. E fica documentado no nosso passado de absurdos gloriosos, esse rastro sujo de sangue e glória.

Missionários de todas as partes, sem destino e sem saber porquê, obedecem cegamente à generais egocêntricos e inacessíveis. É isso que fica muito bem desenhado em Carta aos missionários. Acredito eu, que essa carta nunca tenha verdadeiramente chegado à eles e os alertado sobre suas realidades.

Em tele fome, falamos de fome de presença, pois as pessoas têm necessidades reais de afeto. Carência de andar de mãos dadas e saber como foi o dia, depois de um beijo na testa. A obrigação da sua voz é estar aqui, no ouvido do meu coração, dentro de mim, porque a tecnologia nos disponibiliza meios de estarmos juntos virtualmente e esquecemos a importância da presença física. Porque estarmos separados (por opção) se podemos estar juntos? Falar de amor ao telefone não basta, não dá pra ler a sinceridade em um aparelho eletrônico, só os olhos podem falar a língua do amor.

Estamos todos cada vez mais urgentes em ser feliz nesses tempos de guerra, com um apetite voraz por saciar nossos desejos. Pra você chegar mais rápido ao meu coração, porque ele está com pressa, no meio de toda essa esperança dispersa. Então não posso esperar. Como diz o slogan, quem tem fome, urge. E eu estou com fome de ser feliz. De amar. De vivenciar tudo o que é simples e banal aos olhos alheios. Porque emoções tendem a mostrar nossa face boba e ridícula, e é esse medo do ridículo que paralisa a todos nós. E nos faz parar no tempo. Numa janela escondida em algum lugar, onde a guerra é normal. Pessoas morrendo de fome, idem. A falta de amor é natural. Ninguém liga pra reforma moral. Pelo que você lutaria? Você tem fome de amor ou está satisfeito com a indiferença?

By Mônica

Links das Letras:

http://letras.terra.com.br/biquini-cavadao/67647/

http://letras.terra.com.br/jota-quest/20293/

0 comentários: